Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

domingo, julho 21, 2013

1200. O Presidente de Oz

Deve ser um sonho. Sim, sonhei que o Presidente da República anunciou um acto eleitoral para 2014 independentemente do acordo dos partidos da "troika". Hoje acordo com a mesma figura de Estado a dizer que nada muda. Após uma semana de acrescida instabilidade política, o Presidente vem dizer que apesar de tudo foi pedagógico. Haja paciência!

quinta-feira, julho 11, 2013

1199. À falta de uma palavra melhor escolho: circo

O Pedro e o Paulo ou o Paulo e o Pedro não fazem o circo sozinhos. Tem que haver sempre, para além do malabarista e do que cospe fogo, um que todos nós sabemos o que faz, mas que não podemos dizer para não ocupar o Ministério Público.

Isto de não promover a queda do Governo - que até compreendo - mas colocar-lhe uma validade de um ano independentemente do que fizer, com a obrigatoriedade do PS fazer parte, com uma figura independente a mediar o feitio dos meninos, nem o diabo se lembraria de sugerir.

O que vai resultar daqui já todos sabemos, por isso resta-me sentar - com uma dor na alma - e assistir ao circo.

segunda-feira, julho 08, 2013

1198. À falta de uma palavra melhor escolho: atónito

Vamos por partes. Portas sai com poderes executivos reforçados, mas com a credibilidade irremediavelmente afectada com o que todos perceberam ser uma luta de poder. Passos mostra ter sido capaz de evitar o (seu) mal pior (as eleições), mas sai claramente inferiorizado como líder uma vez que entrega ao CDS bem mais que o proporcional de 12% que este partido representa. Mas isto tudo foi um espectáculo de mau gosto de luta de poder em público e o que importa analisar é o efeito no nosso débil projecto de país.

O positivo do espectáculo que assistimos é que finalmente o CDS está a bordo do Governo e vai ter que responder pelos seus resultados. Por consequência temos um Governo mais unido e estável. A viragem do foco das Finanças para a Economia também parece positivo. Mas há também a sensação que estamos a começar de novo, sem a margem de manobra que o início de mandato oferece. Há ainda uma clarificação que assusta: o que se fez até agora terá continuidade limitada, o que com os indicadores actuais, parece (e é) o assumir de um falhanço. E como um Governo pode ser mobilizador com um líder fraco e um vice sem credibilidade? Com tanta falta de sentido de Estado só me resta continuar emigrado e, bem pior, com o que ganho num banco estrangeiro.

segunda-feira, julho 01, 2013

1197. "Swap" nas Finanças



A hora de fazer um balanço do legado de Vítor Gaspar ainda não chegou, até porque quero ser justo e fazê-lo de forma mais ponderada. Neste momento não me ocorre nada agradável mas um homem não deve viver de rancores. Ser substituído (ou alvo de um "swap") pela Secretária de Estado que foi uma das executantes dos contratos de risco que o Estado celebrou (e que tantas cabeças fez rolar) só mostra que devemos olhar para tudo isto com a mesma relatividade com que um burro olha para o palácio.

Não cai com Gastar a visão ideológica reinante que o poder executivo tem sobre o papel do Estado, mas por outro lado se estivessemos para colher frutos em breve também não me parece que acontecesse esta mudança. Dentro de momentos assistiremos a outra queda, caminhando com "passos" "seguro"(s) para mais um "swap" inútil, fazendo definhar cada vez mais o nosso projecto de país.