Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

domingo, junho 23, 2013

1196. Edward Snowden (II)

Aske, Edvard Munch

Enquanto o nosso excelentíssimo Presidente da República insiste em ocupar os recursos (já por si escassos) do Ministério Público com as suas palhaçadas, o que só por si revela a sua dimensão política, Edward Snowden começou a sua fuga rumo (provavelmente) à Venezuela. Entristece-me. Por vários motivos. Passo a explicar.

1) Mais uma vez há uma completa indiferença em relação às liberdades individuais, sujeitando-as ao primado da segurança (o que também revela que os países preferem manter as suas relações diplomáticas inalteradas do que defender os seus próprios cidadãos); 2) Porque prova-se que os tribunais não são independentes do poder político porque também aplica-se o primado da segurança em detrimento da veracidade do que se denuncia (ou seja a acusação de traição prevalece sobre a investigação do conteúdo); 3) Porque são as democracias musculadas (como a Venezuela) que, pelos piores motivos, permitem a denúncia dos Estados que se intitulam de Direito.

Como disse, entristeço-me, e muito.