Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

segunda-feira, abril 19, 2004

19 de Abril de 2004 (5) – A Mentalidade Portuguesa (2)


É um programa semanal da SIC Notícias, já se chamou de Conversas Afiadas, agora não passam de Outras Conversas. A convidada do programa apresentado pela Maria João Avillez (que realmente já foi mais afiada) chama-se (e vamos esquecer os títulos) Maria Filomena Mónica. Numa pacata conversa sobre um sem número de generalidades, a certo ponto, discutiu-se Portugal. Esta sociológica falou na falta de brio e de capacidade de trabalho dos Portugueses. Afirmou que têm pouca mobilidade interna e só quando a miséria as empurra é que aventuram-se no estrangeiro. Falou ainda da ignorância e impreparação técnica dos seus alunos universitários, onde era preciso estar constantemente a negociar para interessarem-se em aprender. Mas, adiantou, nem tudo é mau em Portugal porque a melhoria do Bem Estar Material e a política do betão retirou aos Portugueses a preocupação com a fome e, eventualmente, fará desviar as suas atenções para a leitura e o conhecimento. Como sempre eu não discordo nem concordo, porque cada um reflecte da maneira que quer e opina quando lhe apetece. Viva a liberdade e a democracia onde cada afirmação só responsabiliza a pessoa que a profere, com todas as vantagens e desvantagens que daí surgem.

Porém uma ideia interessante destacou-se (do meu ponto de vista, que é a única coisa que ofereço). Não se pode, nem é preciso, ser-se tudo... é preciso escolher!... e tentar ser bom em qualquer coisa, por mais pequena que seja! Uma vida sem escolhas (ou concessões) é uma vida paralisada, a busca da perfeição deve levar-nos à aceitação das nossas maravilhosas imperfeições! Ou então não...