(283) Balanço de 2004: O Novo Mundo
Destaco aqui alguns dos acontecimentos mundiais que marcaram 2004 e a forma como estes afectaram o mundo!
11 de Março: A Europa foi atacada pela nova vaga de terrorismo que está a marcar o mundo. E a Espanha reagiu com maturidade. Os suspeitos foram detidos e a rede desmantelada, num quadro de respeito pela legalidade que devia servir de exemplo a outros países. A retirada das tropas espanholas do Iraque foi polémica mas insere-se numa política coerente de respeito pela legalidade internacional que Zapatero defende.
Beslan: O sequestro da escola primária de Beslan foi um pesadelo. Não houve limites para o braço de ferro entre as diferentes trincheiras de ideias e reinvindicações. A Rússia é cada vez mais implacável na condução da sua política externa, sem qualquer tipo de contemplações. A Rússia promete voltar a dar que falar este ano e a Ucrânia é um exemplo de como o orgulho ferido da nação russa pode ser perigoso na sua tentativa de restaurar o domínio sobre partes do antigo império.
União Europeia, o Alargamento a 25: A UE entrou numa nova fase, perigosa mas corajosa. A adesão de países ex-membros do bloco comunista dá a estes países a segurança duma menor interferência russa mas cria sérios problemas às instituições europeias, paralisadas pela falta de reformas. Os próximos dois anos vão ser críticos para a UE e serão um teste à sua capacidade de ser flexível e mobilizadora.
Abu Ghraib: As torturas nas prisões Iraquianas, Guantanamo e a forma como os EUA combatem o terrorismo à margem do Direito Internacional marcam um novo posicionamento dos EUA no mundo. No futuro ninguém vai poder, à luz do mesmo Direito Internacional, exigir a protecção de jornalistas, prisioneiros e cidadãos perante situações similares. A “Velha Europa” está num dilema entre defender um status quo obsoleto ou embarcar numa nova ordem mundial que tem riscos assustadores. O “ouro negro” continuou a comandar as guerras já que em Darfur, no Sudão, ninguém se lembrou de “libertar” o país.
Maremoto na Ásia: Os fenómenos naturais são incontornáveis e até são essenciais à regeneração da própria Nartureza. E servem também para nos lembrar que a vida não é um dado adquirido. A vida é aleatória e não há tecnologia que a torne segura ou imortal. Assim sendo, cada fôlego, cada momento de vida deve ser encarado como um bónus. Temos que ter humildade porque nada depende inteiramente de nós...
2 Comments:
At 3:29 da manhã, mfc said…
Por vezes esquecemo-nos de uma desgraça permanente: a Palestina!
At 11:02 da manhã, Unknown said…
No meio disto tudo... E boas novas, há?
2004 foi um ano de tragédias, e estúpidos actos bárbaros por sociedades "civilizadas".
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