981. Santana Lopes e o caso Bragaparques
A estratégia de Santana Lopes quando confrontado com o insólito negócio que a Câmara de Lisboa fez com a Bragaparques é não vi, não ouvi e nem sequer cheirei o negócio. Só que, curiosamente, Santana Lopes era o Presidente da Câmara. Declarações como "este não era o meu acordo", que esteve quase "a impugnar a venda", que requereu o acompanhamento do Tribunal da Relação, que durante o processo resolveu "envolver os serviços, ficando de fora", que só avançou porque "tinha sido aprovado pela Assembleia Municipal", que tinha "dúvidas relativamente ao direito de preferência", repito, declarações deste tipo são absolutamente insólitas e confirmam que, mesmo não beneficiando do negócio, deixou que algo que lhe parecia estranho fosse para a frente. O que Santana Lopes parece querer dizer é que o negócio parecia merda, cheirava a merda, sabia a merda e, por isso, devia ser merda mas, mesmo assim, avançou. Deixou que os lisboetas engolissem a matéria fecal porque, afinal, foram os serviços que a criaram, porque fez o seu papel ao enviar para o Tribunal uma amostra para que estes confirmassem que era excremento e porque esta não era a cagada que inicialmente tinha proposto.
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1 Comments:
At 10:23 da tarde, Pedro Morgado said…
O Parque Mayer foi a grande aposta de Santana Lopes. Redundou num valente fiasco e numa enorme teia de suposta corrupção.
Portugal!
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