1063. Em DVD: Prison Break - Season 1
Prison Break (Fuga da Prisão) é actualmente uma das séries de maior sucesso da caixa mágica nos EUA. A ideia que dá corpo à série é original - um homem provoca a sua própria prisão de modo a protagonizar uma fuga que permita salvar o irmão da execução na cadeira eléctrica - e o pormenor da planta da prisão estar literalmente tatuada no corpo do detido é delicioso. Prison Break é facilmente identificável com a estação que o produz já que a Fox (24) começa a ser especialista em séries ligeiras de acção com um visual muito profissional e com actores de indiscutível qualidade, séries essas que, invariavelmente, têm uma pitada de conspiração política. É uma série com imensos pormenores de suspense inteligente e com um ritmo bastante frenético.
Mas agora que já esgotei os elogios à série passo à enumeração das imensas fragilidades da mesma. À semelhança do que acontece com o 24 é preciso uma certa habituação à distorção da realidade em prol do entretenimento e, mesmo após ultrapassarmos essa fase, é irritante a forma como as situações são forçadas e manipuladas para atingir esse fim. Adicionalmente a conspiração que concentra todo o destaque das cenas fora da prisão é chapa batida e desinteressante e mesmo as cenas dentro da prisão seguem uma fórmula repetitiva e diria que inconsequente (o pico dramático dum episódio é um acontecimento sem importância dois episódios depois), e acrescento que se só visse o primeiro e último episódio perdia muita tensão mas não ficava diminuído na compreensão do que se passa no enredo. Finalmente acrescento que há um excessivo número de personagens que não têm dimensão dramática e que se resumem a um esboço ou uma caricatura com a agravante de que a muitos destes foi-lhes dado um enquadramento moral simplista (o ladrão íntegro que só rouba o necessário para dar um "mimo" à namorada, o veterano de guerra do Iraque que se perdeu na vida após denunciar torturas a prisioneiros) ou que são meros clichés (a médica que quer fazer a diferença, o mafioso, o velho que tem uma fortuna enterrada, o pedófilo).
Em suma é uma série com um bom ritmo de acção e suspense, com um visual irrepreensível e com bons actores mas sem densidade dramática, com excesso de lugares comuns e com uma fórmula repetitiva.
Mas agora que já esgotei os elogios à série passo à enumeração das imensas fragilidades da mesma. À semelhança do que acontece com o 24 é preciso uma certa habituação à distorção da realidade em prol do entretenimento e, mesmo após ultrapassarmos essa fase, é irritante a forma como as situações são forçadas e manipuladas para atingir esse fim. Adicionalmente a conspiração que concentra todo o destaque das cenas fora da prisão é chapa batida e desinteressante e mesmo as cenas dentro da prisão seguem uma fórmula repetitiva e diria que inconsequente (o pico dramático dum episódio é um acontecimento sem importância dois episódios depois), e acrescento que se só visse o primeiro e último episódio perdia muita tensão mas não ficava diminuído na compreensão do que se passa no enredo. Finalmente acrescento que há um excessivo número de personagens que não têm dimensão dramática e que se resumem a um esboço ou uma caricatura com a agravante de que a muitos destes foi-lhes dado um enquadramento moral simplista (o ladrão íntegro que só rouba o necessário para dar um "mimo" à namorada, o veterano de guerra do Iraque que se perdeu na vida após denunciar torturas a prisioneiros) ou que são meros clichés (a médica que quer fazer a diferença, o mafioso, o velho que tem uma fortuna enterrada, o pedófilo).
Em suma é uma série com um bom ritmo de acção e suspense, com um visual irrepreensível e com bons actores mas sem densidade dramática, com excesso de lugares comuns e com uma fórmula repetitiva.
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