"A participação de acionistas, detentores de títulos subordinados
e,depois, depositantes sem garantia de depósitos vai passar a ser a
norma quando uma instituição financeira cair numa situação difícil"
"Se não há um risco moral, os bancos obteriam enormes benefícios em
negócios de risco, mas, em caso de falência, as perdas seriam
socializadas, ficariam a cargo de toda a sociedade - e isso não pode
ser"
Wolfgang Schauble, ministro das Finanças da Alemanha, "Wirtschaftswoche"
Parece que a solução aplicada no Chipre não vai ser a excepção, vai ser a regra. Presumo que os grandes depositantes e accionistas comecem a retirar dinheiro dos países em risco, começando pelas instituições bancárias mais frágeis. Vai sem dúvida de encontro ao que Lagarde defendeu há umas semanas, muitos bancos vão falir.
Chocados? Na minha opinião não deveriam estar. O que é mesmo grave é nacionalizar bancos, dividir pela sociedade os prejuízos e obrigar outros bancos a absorver os restos. Defendo este modelo em que os pequenos depositantes estão seguros e os accionistas e os grandes depositantes estão expostos ao risco do banco. Mas com estas declarações onde é que os especuladores vão colocar o seu dinheiro? Ora, nos sólidos bancos alemães.
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