Filho do 25 de Abril

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domingo, junho 27, 2004

(97) A Democracia Podre da Madeira (3)

Continua a saga da imperfeita Democracia na Madeira. A discussão está lançada, a responsabilidade por um país melhor é de todos nós.

Mercado de Trabalho – Que dizer duma região onde todo o mercado de trabalho passa pelas reuniões informais de alguns na noite Madeirense? O sector público é gigantesco na Madeira e, a partir de certos cargos, completamente blindado para pessoas sem cartão de militante. E os que não são militantes conhecem bem quem tem influência ou então calam-se sobre as suas ideias e convicções. No sector privado a situação não é muito melhor. Os cargos de topo são cautelosamente distribuídos mas há situações onde as empresas protegem os seus cargos intermédios de critérios que não tenham nada a ver com o desempenho. Mas uma coisa tenho de admitir, e com orgulho porque adoro a Madeira, o profissionalismo também tem aumentado. É só pena que o desempenho seja incentivado mas que só haja acesso de alguns a esse patamar.

Mentalidade – Nem todas as pessoas, como eu, que criticam a Madeira deviam ser considerados traidores. Eu tenho a Madeira no coração, critério indispensável no regime Madeirense. Mas a tendência é criticar fortemente e excluir socialmente quem o faz. Mas não pensem que o Madeirense não é uma pessoa informada e especial. Só que todos sabem que a situação actual beneficia a Madeira e sair dessa situação seria mau para a Região. Mas desenganem-se! O povo Madeirense não é assim tão fechado, chega a ser mais cosmopolita que o povo regionalista do Porto. É muito aberto com os turistas e é muito profissional no sector do turismo.

Qualidade de Vida – Costumo dizer que se vive bem na Madeira. O clima é muito bom, o mar é o nosso companheiro, a ilha é muito bonita. As pessoas não se enfiam em centros comerciais, têm muitas e boas escolhas de lazer. Pena é a pouca oferta cultural. Só tem um defeito associado a todas as ilhas, às vezes é uma prisão mas mais psicológica que real. De avião chego mais depressa a Lisboa do que de carro vindo do Porto. Mas o custo de ser insular é mesmo muito grande. Mas valia a pena se podéssemos exprimir as nossas opiniões sem censura e consequências. Não é o caso, infelizmente!

Volto a fazer um apelo. Agora não a Durão Barroso mas ao nosso próximo Primeiro Ministro. Tenha a coragem de reflectir sobre os vários temas que estão aqui expostos e diga-me se não é hora de fazer alguma coisa. Pelo bem da unidade nacional e da liberdade individual. Por uma Madeira e um Portugal mais unido e mais desenvolvido!

1 Comments:

  • At 12:10 da manhã, Blogger Unknown said…

    Se o próximo Primeiro Ministro for o Santana Lopes acho muito, muito pouco provavél que te dê ouvidos...

     

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