(93) O Portugal do Futebol
Em fuga do defice...
Durão vai para Bruxelas! Estou pasmado que alguém defenda este homem iluminado para um cargo de tal importância! Mas já percebi... as suas “Zandinguices” são o que a Europa precisa para entrar em debate, já que a indiferença é enorme. A explicação avançada pelo Financial Times é curiosa. O Presidente Francês acha que é uma pessoa competente mas obscura, não vai fazer-lhe sombra. Chirac equivocou-se, a sua imagem é bem melhor que a sua competência. O bom aluno vai ser o novo professor. De qualquer modo, Parabéns!
E Portugal? Sempre defendi que esta política económica estava errada logo é um alívio. O pior vem depois. Eleições ou não? Segundo a interpretação do nosso regime semi-presidencialista parece-me que não há razão para tal porque quem nós elegemos são os deputados. Mas todos sabemos que, na prática, não funciona desta maneira. Os cidadãos olham para os nomes e elegem o que lhes oferece mais confiança. Logo defendo eleições.
Daqui nasce um novo problema! Havendo ou não eleições os nomes em cima da mesa assustam-me! Santana Lopes, sempre defendi, é um populista da pior espécie, da oportunista e demagógica. Ferro Rodrigues é uma pessoa séria mas pouco mobilizadora fechado num pequeno círculo de amigos. Onde está o nosso Dom Sebastião para voltar a pôr o país na rota do desenvolvimento?
Última nota digna de registo! Como explicar aos portugueses que os sacrifícios feitos nos últimos dois anos, em nome duma política defendida por um homem, perdem o seu pai? Como explicar aos portugueses que estamos num país tão insignificante que perde-se um primeiro ministro em início de ciclo político para um cargo numa Europa que é (ainda) uma anã política? Como explicar aos portugueses que um primeiro ministro que acusou outros de fugirem, depois de ter tido uma derrota histórica, abandone o cargo?
3 Comments:
At 3:09 da manhã, Unknown said…
Um cargo que teve grunhos como o Santer ou o Prodi não é um cargo importante.
Acho até que o Durão, apesar de tudo, vai fazer um papel muito melhor do que aqueles dois grunhos.
De qualquer forma, nomear Durão para este cargo só mostra que a UE já deu o que tinha a dar.
Quanto a Portugal não acho que seja nenhum alívio, antes pelo contrário. É a catástrofe completa pelas seguintes razões:
a) Com o Durão em Bruxelas a possibilidade de a Constituição passar em Referendo aumentam (não vamos deixar mal o nosso compatriota...);
b) Vamos aturar o Santana Lopes como Primeiro Ministro (iremos ter um túnel de Lisboa ao Porto?);
c) As possibilidades do PSD nas próximas eleições aumentão (a nossa política é tão correcta que a Europa rendeu-se a ela...);
O Ferro Rodrigues não é grande espingarda mas sempre seria melhor do que o Durão.
Quanto a fugas... este não fugiu, foi levado...
O facto que o Guterres também poderia ter tido o mesmo cargo e recusou para não falhar o seu compromisso com o país será naturalmente esquecido...
At 2:58 da tarde, Ricardo said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 2:59 da tarde, Ricardo said…
O Regime Semi-presidencialista que temos tem um inconveniente; a única eleição directa é a do Presidente da República mas este não tem poderes reais nem na política externa.
O cargo de primeiro ministro, nestas circunstâncias, não deve ser alvo dum golpe palaciano. Estou descrente quanto ao futuro, não me revejo na actual oposição e muito menos no actual Presidente da Câmara de Lisboa.
Mas que acho que não perdemos nada de especial, acho... e com toda a convicção...
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