Filho do 25 de Abril

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segunda-feira, fevereiro 21, 2005

(330) Maioria Absoluta

Os resultados são claros e absolutos! Não vou festejar porque o futuro ainda é incerto e Sócrates ainda tem que provar o que vale. Vou estar atento. Mas confesso o meu alívio por Santana Lopes e Paulo Portas saírem do Governo.

Agora é importante pensar no futuro. É a primeira maioria absoluta dum partido de esquerda em Portugal e é a maior responsabilidade que um secretário geral do PS alguma vez teve. É também um enorme desafio para o novo Primeiro Ministro que tem o dever de retirar Portugal deste impasse.

Boa sorte, engenheiro josé Sócrates. Os próximos quatro anos são cruciais para Portugal e nos próximos seis meses espero muita coragem de Sócrates mesmo tendo em consideração que estamos nas vésperas de eleições locais...

Nota 1: Jacinto Serrão (PS Madeira) insiste em chamar de excelentes os resultados negativos do PS na Madeira. Ficar a 10 pontos percentuais do PSD neste contexto (mesmo com empate de deputados) é tudo menos excelente. Mesmo no Funchal perdeu apesar de por apenas 85 votos.

Nota 2: Em Espanha o "Sim" ao Tratado Constitucional foi claro. 78.5% dos eleitores votantes votaram "Sim" e 16.2% votaram "Não". A participação neste Referendo foi baixa, sendo de apenas 41.5%.

4 Comments:

  • At 2:47 da manhã, Blogger mfc said…

    A ver vamos....
    Gostava imenso que ele dissipasse as dúvidas que tenho.

     
  • At 12:40 da tarde, Blogger Unknown said…

    Discordo do que dizer sobre a Madeira. Esta noite deve ter sido das piores noites que o Jardim passou.
    A sua invencibilidade foi posta em causa. Enquanto que nos Açores e PS ganhou com uma maioria à Jardim (mais de 50%), na Madeira o Jardim não conseguiu chegar aos seus 50% e ficou empatado em deputados eleitos com o PS. Isso, para já, diminui-lhe a margem de manobra no Parlamento, margem essa de que ele sempre usou e abusou.
    Acho que depois deste susto o Jardim já não se voltará a candidatar novamente a presidente do governo regional. Seria muito arriscado.
    Depois ter um Sócrates duro de roer no Governo da República também não lhe deve agradar nada, mesmo nada.
    Apesar de ter ficado a dez pontos percentuais do PSD concordo com o Jacinto Serrão, foi um bom resultado.
    Quanto ao "Sim" ao Tratado Constitucional em Espanha, acho que foi tudo menos claro. Um referendo em que mais de metade da população ignora nunca pode ser considerado claro. Ainda por cima um referendo em que praticamente só houve campanha pelo "Sim" e em que o debate esteve ausente.
    É preciso ser muito faccioso (desculpa lá ó Ricardo) para se ficar satisfeito com um resultado destes. A conclusão que se tira é que a União Europeia já anda às migalhas...

     
  • At 2:19 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio... fico irritado com os adjectivos usados por Jacinto Serrão. Excelente seria ganhar, mesmo neste contexto bastante favorável. Acredita que Jardim não fica com menos margem de manobra e acredita também que não é por este resultado que não vai ser candidato nas próximas eleições (na "onda" rosa ainda ficou a dez pontos).

    Não percebo onde leste que fiquei satisfeito com o resultado da Constituição, apenas acho que o resultado foi claro!

     
  • At 4:28 da tarde, Blogger Unknown said…

    Na Madeira o PSD caíu (em número de votos) 5,5% em relação a 2002 e o PP caíu 39.9%.
    Quanto ao PS teve uma impressionante subida de 52,8%, o BE 33.8% e a CDU 63.5%. Isto sem falar no MRPP com uma subida de 85,9%!
    Em resumo, a direita perdeu 7.872 votos (inckuindo o PND) e a esquerda ganhou 20.248 votos (não incluindo o PH que eu já não sei onde classificar).
    Isto num universo de cento e trinta e tal mil votos é muito.
    Não dúvido de que o Jardim começa a perder a aura de invencibilidade e, um político que tenha feito a sua carreira à custa desta aura, quando a perde, está tramado.
    Quanto à Constituição, só o dizeres que o resultado foi claro indica uma opinião. É claro que o resultado de nenhuma forma foi claro. O que este resultado mostra é que a população espanhola não mostra nenhum entusiasmo pela integração europeia, nada mais.

     

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