1077. Cenas Memoráveis da Sétima Arte (17): O último encontro entre Noodles e Max em Once Upon a Time in America
Era Uma Vez na América (Once Upon a Time in America - 1984) é um filme épico e incontornável da história do cinema. É difícil destacar uma cena desta obra-prima (a última) de Sergio Leone mas vou fazê-lo na mesma.
O filme não é mais do que uma história de amizade que se estende por 50 anos. Acho o último encontro entre Max (James Woods) e Noodles (Robert De Niro) tocante. É o culminar de uma amizade inesquecível que criou laços profundos e que chegou a um ponto sem retorno e isso está expresso no olhar triste e resignado de ambos. Se a vida - e as suas circunstâncias - são capazes de terminar esta amizade então nada é eterno. Ao revelar a sua traição a Noodles, Max espera que seja o seu amigo que o liberte do impasse a que a sua vida chegou e pede que seja ele, e não outro qualquer, a pegar na arma e a acabar com tudo. Mas Noodles recusa a oportunidade de vingar-se do homem que lhe roubou toda a sua vida e não se nota ressentimento, só tristeza. A maneira formal como Noodles trata o seu "irmão", como "Mr. Bailey", marca o fim de uma amizade que a memória não deixa desaparecer mas que as circunstâncias da vida trataram de terminar de forma abrupta e definitiva...
O filme não termina sem mais duas cenas - a do camião de lixo e a da casa de ópio (com um dos mais famosos "close-ups" do cinema) - e quem viu o filme recorda-se com certeza de ambas as cenas. Mas essas cenas dariam uma interminável discussão especulativa e, por isso, e já não é pouco, fico-me pela cena que escolhi.
Desafio todos os leitores deste blogue a contribuírem para esta rubrica (Cenas Memoráveis da Sétima Arte). Pode ser uma cena ou um pormenor, seja técnico ou de representação, do vosso filme favorito ou de um outro qualquer filme que, por alguma razão, emocional ou técnica, vos marcou. Basta uma pequena descrição da cena ou um pequeno apontamento que justifique a escolha, o nome do filme e, eventualmente, o vosso apelido e blogue. O mail é, como sempre, filhodo25deabril [at] gmail.com.
O filme não é mais do que uma história de amizade que se estende por 50 anos. Acho o último encontro entre Max (James Woods) e Noodles (Robert De Niro) tocante. É o culminar de uma amizade inesquecível que criou laços profundos e que chegou a um ponto sem retorno e isso está expresso no olhar triste e resignado de ambos. Se a vida - e as suas circunstâncias - são capazes de terminar esta amizade então nada é eterno. Ao revelar a sua traição a Noodles, Max espera que seja o seu amigo que o liberte do impasse a que a sua vida chegou e pede que seja ele, e não outro qualquer, a pegar na arma e a acabar com tudo. Mas Noodles recusa a oportunidade de vingar-se do homem que lhe roubou toda a sua vida e não se nota ressentimento, só tristeza. A maneira formal como Noodles trata o seu "irmão", como "Mr. Bailey", marca o fim de uma amizade que a memória não deixa desaparecer mas que as circunstâncias da vida trataram de terminar de forma abrupta e definitiva...
O filme não termina sem mais duas cenas - a do camião de lixo e a da casa de ópio (com um dos mais famosos "close-ups" do cinema) - e quem viu o filme recorda-se com certeza de ambas as cenas. Mas essas cenas dariam uma interminável discussão especulativa e, por isso, e já não é pouco, fico-me pela cena que escolhi.
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Etiquetas: Cenas Memoráveis da Sétima Arte, Sétima Arte
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