Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

terça-feira, janeiro 11, 2005

(289) As Listas (Continuação)

Depois de ter reflectido sobre os vícios estruturais da formação das listas no último post vou comentar algumas das suas consequências. É que a formação das listas e as listas propriamente ditas dos candidatos a deputados da Nação para as eleições que se avizinham têm todas as características duma boa trágico-comédia, daquelas que só a TVI sabe fazer. Só é possível analisar a problemática das listas com alguma ironia!

Já que todo o tipo de movimentos e orgãos dos partidos têm direito a quotas as pessoas ligadas ao futebol também acharam que mereciam. Pôncio Monteiro, conhecido pelo seu trabalho árduo a favor dos cidadãos, ganhou o segundo lugar da lista no Porto. Afinal não podemos duvidar do mérito duma pessoa que nem era amiga do Primeiro Ministro. Talvez por isso, pela sua competência assustar, foi abruptamente retirado das listas depois de ter elogiado de forma apaixonada o colega de partido Rui Rio. O nosso Primeiro Ministro, amante duma boa contradição, resolve fazer a compensação com fortes críticas a Rui Rio enquanto dava um prémio a ... Pinto da Costa. Podemos concluir que Santana fez o pleno, cumprir a quota sem colocar nenhum dirigente desportivo nas listas.

Melhor é o "amigo de Ourique" que vai concorrer pelo Porto. Dizem as más línguas que vai fazer um estudo sobre o impacto da comida alentejana no estilo de vida dos tripeiros. A partir da próxima semana vai oferecer migas aos cidadãos na Rua de Santa Catarina, aproveitando os saldos para vender barato as suas propostas para a região, ou será para a nação? E o nosso fadista, o Nuno da Câmara Pereira? Vai animar a Assembleia da República com uma banda sonora personalizada na bancada do PSD, cantando sobre os nostálgicos tempos em que Cavaco era líder e arranjava tachos duradouros para todos.

Mas ainda melhor é Coimbra! A cidade dos estudantes vai ter os cabeças de lista mais originais do país. A viúva de Sousa Franco é mesmo isso, a viúva de Sousa Franco. A perita em cambalhotas ideológicas Zita Seabra aparece porque fica feio um homem insultar uma viúva. Para completar o quadro faltava Nobre Guedes para capitalizar os votos dos cidadãos que só querem ouvir falar de co-incineração se quem estiver nos fornos fôr José Sócrates! E Luis Filipe Menezes? Qual é a lógica do candidato anunciado à Câmara de Gaia ser cabeça de lista por Braga?

Num tom mais sério acho que as listas para deputados são extraordinariamente pobres. Há demasiados candidatos de último recurso retirados das profundezas dos partidos ou candidatos cujo critério para a sua escolha foi simplesmente o seu impacto mediático. Este problema agudiza-se num PSD fragmentado que ainda por cima quer um compromisso com os candidatos para uma vez eleitos votarem sempre de acordo as indicações da direcção. Desta situação não admira que só sobrem os políticos rejeitados por outros líderes, os carneiros e alguns ingénuos. As listas do PS estão melhores mas com sinais de fraca renovação. Nomes como José Lello, Pina Moura e João Cravinho lançam um sinal de fraca adesão da sociedade civil para renovar as listas. O episódio do Paulo Pedroso é mais um nim, nem respeitando a ilibação aos olhos da Justiça nem o excluindo das listas num gesto de solidariedade.

Começa mal o que eu espero ser uma ruptura com o passado recente que consiga retirar Portugal do pântano em que se afundou nos últimos 5 anos...

12 Comments:

  • At 9:03 da tarde, Blogger Unknown said…

    Pois começa. Pensemos positivo: Só pode melhorar!!!

     
  • At 9:26 da tarde, Blogger armando s. sousa said…

    Ricardo, se ficares à espera de uma ruptura com o passado recente é melhor esperares sentado numa poltrona e bem instalado.
    Com os nomes anunciados, espero bem que não seja um regresso a um passado recente, porque aí, as coisas podem ficar muito mal para Portugal e abalar profundamente o regime democrático.

     
  • At 3:53 da tarde, Blogger pindérico said…

    És seguramente um filho do 25 de Abril.
    Parabéns.
    Nunca queiras ultrapassar a barreira do sonho.Mantem-te do lado de cá do sonho.

     
  • At 5:06 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Pintelho... não partilho do teu optimismo. Ainda pode piorar e muito!

     
  • At 5:09 da tarde, Blogger Ricardo said…

    A.S. ... O regime Democrático encontra-se já abalado pela falta de soluções que consegue gerar à resolução dos problemas nacionais. Claerio que a solução encontra-se dentro da própria Democracia que precisa de ser refundada. Porque no fundo continuo a ser democrata por convicção.

     
  • At 5:12 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Micróbio... apesar das dificuldades no pós 25 de Abril a nossa economia, muito por culpa da adesão à UE, tinha um rumo e apresentava soluções. O problema português, na minha óptica, começou a agravar-se após o início das facilidades que a UE nos deu e que os nossos governates teimaram em não aproveitar para reconverter totalmente a nossa economia. Nos últimos anos o problema agravou-se com o desgoverno a que fomos sujeitos, com políticos incapazes de furarem a pressão dos lobbies. Hoje estamos num beco, onde tudo volta a ter que ser questionado.

     
  • At 5:13 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Pindérico... os sonhos comandam a vida e a vontade de mudar. Eu é que digo, não deixes de sonhar!

     
  • At 11:54 da tarde, Blogger Unknown said…

    Ricardo:
    "apesar das dificuldades no pós 25 de Abril a nossa economia, muito por culpa da adesão à UE, tinha um rumo e apresentava soluções."

    ????? Desculpa mas esta é espantosa! A adesão à CEE (a UE só veio depois) retirou qualquer rumo e solução à economia portuguesa.
    A propaganda na altura da adesão é que íamos ter um mercado de 400 milhões de consumidores e o objectivo era "Para a Europa e em força"... muitos empresários portugueses ainda se viraram para a Europa para descobrirem que os outros já lá estavam e não tinham a mínima hipótese e ao mesmo tempo descobrirem que o que aconteceu é que os outros nos invadiram e cá ficou-se também sem a mínima hipótese.
    O único Primeiro Ministro português com alguma réstea de visão foi António Guterres que depois do descalabro cavaquista, a primeira coisa que fez foi pegar nos empresários portugueses e leva-los ao Brasil. No caminho disse-lhes que "tudo o que era bom da Europa já veio, agora só falta o que é mau".
    E foi assim. As empresas portuguesas que conseguiram internacionalizar-se e sobreviver foi as que investiram no Brasil ou as que investiram na Polónia, muito antes da Polónia aderir à UE. Dificilmente se cita uma empresa portuguesa que tenha sobrevivido e crescido devido a Portugal estar na UE e a ter aproveitado o tal mercado de 400 milhões de consumidores...
    A adesão à CEE desnorteou toda a economia portuguesa e fez-lhe perder o rumo.

    "O problema português, na minha óptica, começou a agravar-se após o início das facilidades que a UE nos deu e que os nossos governates teimaram em não aproveitar para reconverter totalmente a nossa economia."

    Nem vale a pena discutir isto. A única conclusão que se pode tirar da tua afirmação é que essas "facilidades", a existirem, foram uma má estratégia pois tiveram só o efeito de agravar o problema português!

    "Nos últimos anos o problema agravou-se com o desgoverno a que fomos sujeitos, com políticos incapazes de furarem a pressão dos lobbies."

    Lóbis há em todo o mundo. E muito mais fortes dos que o de cá.
    Cada vez estou mais farto deste tipo de argumentos, são os lóbis, é a corrupção, é a economia paralela, é o analfabetismo dos nossos gestores, é,.., é,... é tudo o que esteja há mão para nos culpar e ilibar o verdadeiro culpado da situação´em que estamos, os poderes que nos governam, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

    Bolas, ninguém dúvida de que cada vez mais os países europeus são governados pelas instâncias comunitárias. Mas estas nunca são culpadas de nada, são sempre inocentes, a culpa é geralmente atribuída aos "egoismos nacionais". No nosso caso, como queremos ser diferentes, a culpa atribui-se à nossa incapacidade genética. São os empresários que são incapazes, é o povo português que é ignorante e não trabalha, os que são políticos incompetentes, são os famosos lóbis, etc. Ricardo, achas-te incapaz? Achas-te inferior aos cidadãos dos outros países da Europa? Achas que os genes que herdastes do teu Pai e da tua Mãe são genes de terceira? Deves achar, pois és português e certamente não te consideras acima dos teus compatriotas!

    "Hoje estamos num beco, onde tudo volta a ter que ser questionado."

    Enfim, concordo contigo! E a primeira coisa a ser questionada é este inferno da União Europeia!

     
  • At 11:57 da tarde, Blogger Unknown said…

    Ricardo:
    "apesar das dificuldades no pós 25 de Abril a nossa economia, muito por culpa da adesão à UE, tinha um rumo e apresentava soluções."

    ????? Desculpa mas esta é espantosa! A adesão à CEE (a UE só veio depois) retirou qualquer rumo e solução à economia portuguesa.
    A propaganda na altura da adesão é que íamos ter um mercado de 400 milhões de consumidores e o objectivo era "Para a Europa e em força"... muitos empresários portugueses ainda se viraram para a Europa para descobrirem que os outros já lá estavam e não tinham a mínima hipótese e ao mesmo tempo descobrirem que o que aconteceu é que os outros nos invadiram e cá ficou-se também sem a mínima hipótese.
    O único Primeiro Ministro português com alguma réstea de visão foi António Guterres que depois do descalabro cavaquista, a primeira coisa que fez foi pegar nos empresários portugueses e leva-los ao Brasil. No caminho disse-lhes que "tudo o que era bom da Europa já veio, agora só falta o que é mau".
    E foi assim. As empresas portuguesas que conseguiram internacionalizar-se e sobreviver foi as que investiram no Brasil ou as que investiram na Polónia, muito antes da Polónia aderir à UE. Dificilmente se cita uma empresa portuguesa que tenha sobrevivido e crescido devido a Portugal estar na UE e a ter aproveitado o tal mercado de 400 milhões de consumidores...
    A adesão à CEE desnorteou toda a economia portuguesa e fez-lhe perder o rumo.

    "O problema português, na minha óptica, começou a agravar-se após o início das facilidades que a UE nos deu e que os nossos governates teimaram em não aproveitar para reconverter totalmente a nossa economia."

    Nem vale a pena discutir isto. A única conclusão que se pode tirar da tua afirmação é que essas "facilidades", a existirem, foram uma má estratégia pois tiveram só o efeito de agravar o problema português!

    "Nos últimos anos o problema agravou-se com o desgoverno a que fomos sujeitos, com políticos incapazes de furarem a pressão dos lobbies."

    Lóbis há em todo o mundo. E muito mais fortes dos que o de cá.
    Cada vez estou mais farto deste tipo de argumentos, são os lóbis, é a corrupção, é a economia paralela, é o analfabetismo dos nossos gestores, é,.., é,... é tudo o que esteja há mão para nos culpar e ilibar o verdadeiro culpado da situação´em que estamos, os poderes que nos governam, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu.

    Bolas, ninguém dúvida de que cada vez mais os países europeus são governados pelas instâncias comunitárias. Mas estas nunca são culpadas de nada, são sempre inocentes, a culpa é geralmente atribuída aos "egoismos nacionais". No nosso caso, como queremos ser diferentes, a culpa atribui-se à nossa incapacidade genética. São os empresários que são incapazes, é o povo português que é ignorante e não trabalha, os que são políticos incompetentes, são os famosos lóbis, etc. Ricardo, achas-te incapaz? Achas-te inferior aos cidadãos dos outros países da Europa? Achas que os genes que herdastes do teu Pai e da tua Mãe são genes de terceira? Deves achar, pois és português e certamente não te consideras acima dos teus compatriotas!

    "Hoje estamos num beco, onde tudo volta a ter que ser questionado."

    Enfim, concordo contigo! E a primeira coisa a ser questionada é este inferno da União Europeia!

     
  • At 12:08 da manhã, Blogger Unknown said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 12:28 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Raio... novamente a discutir o mesmo! Por isso não vou alongar-me muito. Parece-te credível que os problemas portugueses sejam totalmente por causa da UE? Se é por ser periférico há outros exemplos de sucesso (como a Irlanda), se é por não conseguir vender na Europa porque é que outros conseguem, se nem as infraestruturas financiadas pela UE deram um salto significativo na nossa competitividade porque será? Eu tenho orgulho de ser portugues, europeu e cidadão do mundo mas não vou branquear o estado que nós temos deixado o ´país com esta produtividade ímpar! A UE também tem culpas e isso tem que ser salientada, mas a culpa não morre solteira!

     
  • At 2:08 da manhã, Blogger Unknown said…

    "novamente a discutir o mesmo!"

    Não fui eu que comecei!
    Estou farto é deste tipo de discurso que vai desde o filhodo25deabril.blogspot.com até à TVI passando pelo Correio da Manhã, Diário Económico, etc., etc. que branqueia totalmente o poder (a União Europeia) e nos atribuem todas as culpas!

    "Parece-te credível que os problemas portugueses sejam totalmente por causa da UE?"

    Parece sim senhor.
    Antes do 25 de Abril em ditadura e com uma guerra em três frentes Portugal crescia muito mais do que actualmente. Quando, na década de sessenta, entrou na EFTA o crescimento disparou. Em 1973 o PIB português crescia a dois dígitos (um pouco mais de dez por cento).
    No 25 de Abril o atraso português em relação à média europeia era inferior a vinte anos. Quando o Guterres abandonou o governo já era de 75 anos, agora é infinito, isto é, nunca atingiremos a média europeia.
    Se olhares para as séries históricas de crescimento do PIB vês que sempre que a integração europeia avançou nós caímos, foi a crise de 1993 (mercado único), a de 1999 (Euro) e depois com a introdução física do Euro foi o descalabro. Coincidências?
    Já agora, não respondestes a uma pergunta, tens a Portugal Telecom, a SONAE, o BCP, o Jerónimo Martins, empresas portuguesas que se contam entre as maiores e mais sólidas que temos. Quais destas empresas é que devem o seu crescimento a termos aderido à CEE/CE/UE? Por outras palavras, cita-me uma empresa portuguesa que tenha crescido devido à integração na CE/CEE/UE?

    "Se é por ser periférico há outros exemplos de sucesso (como a Irlanda)"

    A Irlanda é um caso muito especial. Mais de metade do investimento americano na União Europeia é feito na Irlanda.Além de que a Irlanda tem problemas enormes (costumo ler jornais irlandeses na Internet). Actualmente já tem o maior custo de vida da UE (ultrapassou a Finlândia) e continua com a inflação muito maior do que a média da zona Euro. A continuar assim acabará por estoirar.



    "se é por não conseguir vender na Europa porque é que outros conseguem"

    Conseguem? Boa piada, quem é que consegue? Conseguem as firmas dos grandes e uma ou outra periférica como a Nokia finlandesa mas sempre empresas anteriores à UE e que já vendiam antes da UE.
    A UE não abriu as fronteiras, sabias? Ainda Portugal estava na EFTA e devido aos acordos entre a CEE e a EFTA os mercados europeus encontravam-se totalmente abertos às nossas exportações.
    No 25 de Abril o peso das exportações portuguesas no PIB era de 30%. Agora o peso das exportações portuguesas no PIB é de... 30%!

    "se nem as infraestruturas financiadas pela UE deram um salto significativo na nossa competitividade porque será?"

    Sim, porque será? Primeiro é, no mínimo irritante, isso de estar sempre a falar nas infraestruturas financiadas pela UE. A UE financia-nos com o nosso dinheiro e sempre que o faz obriga-nos a colocar um cartaz enorme com aquela bandeirinha azul com estrelas douradas para toda a gente ver e pensar que nos estão a ajudar nalguma coisa.
    Depois temos uma resposta simples, o problema se calhar não eram as infraestruturas e fomos obrigados a gastar rios de dinheiro em infraestruturas que nem seriam prioritárias.

    É que se está sempre a falar no problema da nossa baixa competitividade e nunca se fala nos verdadeiros problemas, as causas da nossa baixa competitividade, por exemplo. A baixa competitividade não é a doença, é um sintoma. E o que é necessário é atacar a doença, não os sintomas. Já te interrogastes porque é que dantes eramos mais competitivos?

    "Eu tenho orgulho de ser portugues, europeu e cidadão do mundo"

    Até acredito. Mas disfarças bem. Atacas o teu país e branqueias aqueles que nos estão a prejudicar.

    "mas não vou branquear o estado que nós temos deixado o país com esta produtividade ímpar!"

    ????

    "A UE também tem culpas e isso tem que ser salientada, mas a culpa não morre solteira!"

    É evidente que nós também temos culpas. Muitas até, a começar por nos termos deixado embalar nos cantos de sereia soaristas e termos aderido à então CEE.
    Só que a partir do momento em que estamos na CEE/CE/UE e a partir do momento em que as principais funções do Estado passaram para Bruxelas dificilmente podemos atribuir as culpas aos portugueses.
    É mesmo uma das razões porque acho que devemos sair da UE. A UE desresponsabiliza-nos totalmente.
    As pescas estão mal? Como é possível? Há uma política comum de pescas. A agricultura está mal? Como é possível? Há uma política agricola comum? As finanças estão mal? Bahh.. isso é problema do Banco Central Europeu... e assim por diante.

    Mais, como é que podes estimular a juventude que está agora nos bancos da escola enas Universidades e que amanhã será responsavel pelo país se o que lhe dizes é "somos uns merdas mas felizmente que há uns gajos porreiros lá no centro da Europa que nos vão sustentando"!

    E depois há quem tenha a lata de falar de "gerações rasca". Geração rasca, se é que a houve, foi a minha que enterrou este país no inferno da CEE/CE/UE.
    E eu não quero morrer com isso na consciencia. Sim, quando os meus netos me perguntarem "avô, o que é que fizeste ao nosso país" eu quero poder dizer-lhes que eu, pelo menos, tenho a consciencia limpa...

     

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