Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

999. Queiram por favor repetir...

Há um mês nove marcas de tabaco num total de nove milhões de maços foram apreendidos porque a Direcção-Geral de Saúde (DGS) concluíu que os níveis de alcatrão e monóxido de carbono eram superiores aos que são permitidos e às próprias indicações dos ingredientes que estão visíveis no exterior dos maços de tabaco. Hoje a mesma DGS afirma ter recebido uma nova informação, "que vêm confirmar que os produtos em causa registam valores de alcatrão e monóxido de carbono dentro das margens de tolerância". Agora os nove milhões de maços vão ser libertados e voltam para o mercado.

Fim da história? Quer dizer... já está? O consumidor não tem que ser esclarecido sobre o que é que se passou? Os cigarros estavam adulterados mas agora os mesmos cigarros não estão e ninguém explica o que se passsou? Por exemplo, se os cigarros afinal estavam dentro da legalidade, porque é que antes de serem retirados do mercado não houveram contra-análises conclusivas ou porque é que a British American Tobacco nem está a pedir publicamente uma indemnização por ter sido lesada? Sou obrigado a engolir o silêncio dos reguladores ou tenho o direito de achar que o que se passou foi, no mínimo, suspeito?