1128. Eleições Regionais Madeira (21): Notas Finais
1. Campanha Eleitoral: Não me lembro, sinceramente, de assistir a uma campanha eleitoral tão pobre. O rol de insultos foi tão extenso que não me apetece enumerá-los, os discursos demagógicos foram a norma, o medo do inimigo externo foi o tema escolhido, as propostas foram praticamente nulas e a mistura entre meios privados, meios públicos e meios partidários foram gritantes. Um retrato perfeito do estado a que a Democracia da região chegou;
2. Propostas eleitorais: Neste ponto tanto o PSD como o PS foram, por razões diferentes, uma desilusão. O primeiro centrou a resolução dos problemas da região na negociação das condições financeiras com o Governo Nacional ignorando por completo os problemas já identificados antes da aprovação desta lei. Aliás, convém relembrar, que foi o próprio Presidente do Governo Regional que, há alguns meses, referia que o Modelo de Desenvolvimento da região tinha que mudar mas, sobre isso, na campanha, nem uma proposta. Nem uma palavra sobre o PREMAR, sobre mudanças no tipo de investimento público, sobre formas de diminuir os gastos do Estado, sobre como transferir para o sector privado a responsabilidade do crescimento, nada.
O PS, por sua vez, fez propostas e promessas. Na minha opinião, porém, caiu no frequente erro dos políticos de fazer promessas que não dependem dos próprios para cumprir, ou seja, por exemplo, quantificar o número de empregos e empresas a criar. Noutras propostas ficou só a intenção como, por exemplo, em relação às Sociedades de Desenvolvimento faltou explicar o que fazer com as dívidas destas e que novo modelo adoptar. Mas depressa abandonou qualquer discurso construtivo e centrou a campanha em lamurias - embora algumas tenham fundamento, já deviam saber que a eficácia desse discurso é nula - e em posições dúbias em relação à Lei das Finanças Regionais;
3. Posto isto, fica a pergunta, já que amanhã é dia de reflexão, reflectir sobre o quê?
2. Propostas eleitorais: Neste ponto tanto o PSD como o PS foram, por razões diferentes, uma desilusão. O primeiro centrou a resolução dos problemas da região na negociação das condições financeiras com o Governo Nacional ignorando por completo os problemas já identificados antes da aprovação desta lei. Aliás, convém relembrar, que foi o próprio Presidente do Governo Regional que, há alguns meses, referia que o Modelo de Desenvolvimento da região tinha que mudar mas, sobre isso, na campanha, nem uma proposta. Nem uma palavra sobre o PREMAR, sobre mudanças no tipo de investimento público, sobre formas de diminuir os gastos do Estado, sobre como transferir para o sector privado a responsabilidade do crescimento, nada.
O PS, por sua vez, fez propostas e promessas. Na minha opinião, porém, caiu no frequente erro dos políticos de fazer promessas que não dependem dos próprios para cumprir, ou seja, por exemplo, quantificar o número de empregos e empresas a criar. Noutras propostas ficou só a intenção como, por exemplo, em relação às Sociedades de Desenvolvimento faltou explicar o que fazer com as dívidas destas e que novo modelo adoptar. Mas depressa abandonou qualquer discurso construtivo e centrou a campanha em lamurias - embora algumas tenham fundamento, já deviam saber que a eficácia desse discurso é nula - e em posições dúbias em relação à Lei das Finanças Regionais;
3. Posto isto, fica a pergunta, já que amanhã é dia de reflexão, reflectir sobre o quê?
Etiquetas: Madeira, Política Local/ Regional
3 Comments:
At 10:35 da tarde, VFS said…
Já soubeste do novo mínimo atingido? Pum!, um tiro!
At 11:12 da tarde, Ricardo said…
Vítor,
Sem dúvida que é uma situação lamentável que podia ter tido consequências muito más. Mas é preciso afastar o incidente da esfera política. Pelo que julgo saber um adolescente, com 14 anos, disparou uma arma de pressão de ar a partir da sua casa. Lamentável mas é um caso, quanto muito, para ser resolvido pelas autoridades competentes.
Nesta campanha, numa análise puramente política, houve muitas situações (mais) graves, talvez tenha sido a campanha menos esclarecedora e com mais distorções democráticas. É pena porque, a prazo, este défice de discussão política vai-nos prejudicar a todos.
Abraço,
At 12:28 da tarde, José Leite said…
O debate democrático foi paupérrimo. Jardim esgrimiu contra o "papão socrático", esquecendo-se de dar resposta a todos os opositores internos que lhe perguntam como vai reduzir o défice, que medidas vai tomar para combater o clientelismo, como vai "domesticar" as ânsias "golpistas" do aparelho, como vai criar mais justiça social, que medidas vai tomar para minorar o desemprego e a indigência larvar que assola alguns estratos da sociedade.
Jardim agride de forma pouca ética os seus adversários, mas não responde de forma clarividente e lúcida às interrogações formuladas,
mostrando que o seu prazo de validade esgotou... é como aquele jogador de futebol já entradote, sem pernas, nem velocidade, mas que usa o antigo prestígio, o nome, a camisola, para intimidar os adversários... Em suma : È O MATATEU DA POLÍTICA!
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