(37) E mais um Domingo passou à história
Um Domingo como qualquer outro! Em Grozni um atentado sangrento, no Iraque tudo na mesma, o Futebol Clube do Porto festejou mais uma vitória (ganhando mais um campeonato)... tudo na mesma, enfim...
No sempre interessante mas cada vez mais sectário programa Outras Conversas, de Maria João Avillez (MJA) comemorou-se o trigésimo aniversário do PSD, que está de parabéns e destaca-se como um partido estruturante da nossa Democracia. Os convidados foram Francisco Pinto Balsemão (FPB) e José Pacheco Pereira (JPP).
FPB foi, na minha opinião, mais consistente no seu balanço dos 30 anos deste partido. Explicou as difíceis de explicar linhas ideológicas do PPD/PSD, descreveu a sua criação e ainda deixou umas notas interessantes para o futuro. Explorou a diferença entre a esquerda e a direita retirando-lhe actualidade e sublinhando que as diferenças actuais centram-se mais entre os conservadores e os progressistas .
Já JPP foi mais polémico como sempre. Define o PSD como o único partido reformador de Portugal, o que discordo absolutamente apesar de concordar que tem feito reformas importantes em Portugal. Quando tentou descrever o PSD ficou-se por partido que defende a modernidade o que, na prática todos (ou quase todos) defendem, e que não é um partido de direita. Acrescentou que o PSD é um partido que se define como europeísta (que novidade... e ainda bem!) e que promove os “self made men”. Diz que o PSD fala para os “self made men” mas com um discurso desadequado aos “self made men” actuais.... enfim!
JPP criticou ainda as Juventudes Partidárias (concordo parcialmente) explicando que hoje são só circuitos de compadrios e cumplicidades e não um treino para a política tal como ela devia ser feita. Afirma ainda que as campanhas eleitorais só servem para mandar mensagens internas, não têm eco na sociedade. Mas uma coisa concordo inteiramente, a coligação Força Portugal não é natural, é mesmo contraditória! As posições europeias dos dois partidos são diametralmente opostas.
Interessantes foram também as análises ao futuro do PSD e do PP pós-coligação. Vão ser tempos interessantes, sem dúvida!
Sobre o Portugal moderno ou progressista esse não é exclusivo do PSD. Há, obviamente, áreas dentro dos próprios partidos mais conservadoras e outras mais progressistas. De qualquer maneira parabéns ao PSD e a Pinto Balsemão pela (R)Evolução que fez na Comunicação Social (Expresso, SIC, a Generalista, a Notícias e a Radical). Quanto ao Portugal das mentalidades a erradicar destaco o Rio Ave, cuja classificação permitia o acesso à Taça UEFA mas que o clube “esqueceu-se” de fazer a inscrição. Quanto ao Portugal moderno as técnicas de trabalho e a ambição de José Mourinho, homem de discursos polémicos e nem sempre enobrecedores, mas que sem dúvida representa o homem moderno (conhecedor do que faz, ambicioso, eficaz, mobilizador, corajoso, que gosta do risco).
Parabéns, PSD! Parabéns, Mourinho! Façam deste país um país progressista e moderno!
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