Filho do 25 de Abril

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domingo, julho 03, 2005

480. Produtividade: Conceito(s) (2)


Salvador Dali - The Broken Bridge and the Dream

A Produtividade não é um conceito irreal ou inquantificável e muito menos inalcançável. Convém clarificar este conceito...

A Produtividade pode ser vista de forma absoluta, isto é, a quantidade de metros de tecido produzidos por hora num determinado sítio usando um determinado número de trabalhadores ou pode ser vista de forma relativa, comparando a produção de uma hora aqui ou na China. Mas convém alargar esta definição usando o conceito de competitividade, leia-se, entrar em linha de conta com os custos de produzir o mesmo produto ou produtos que competem directamente e não esquecer da capacidade de produzir artigos cuja qualidade é perceptível e que conseguem libertar-se da concorrência directa dos artigos de qualidade inferior.

Não nos podemos esquecer que temos uma das mais baixas produtividades laborais da União Europeia o que tem consequências gigantescas para o crescimento, para o desenvolvimento e para o Estado Social deste país. Interessa assim que cada trabalhador seja capaz de produzir mais e melhor (produzir o dobro no mesmo tempo ou produzir algo que tenha vantagem competitiva no custo e/ou na qualidade) para que Portugal possa voltar a ter controlo sobre o seu futuro e sobre a sua capacidade de disponibilizar condições sociais justas.

Convém também realçar que os objectivos de maior competitividade e produtividade são o grande quadro. Todas as medidas que o Estado está a implementar agora devem ter em conta este objectivo económico e por isso é tão importante libertar recursos para dar condições ao próprio Estado e à economia em geral para produzir mais e melhor. Só assim podemos almejar obter valor acrescentado que permita aumentar os salários e a protecção social de forma sustentada...

(Continua...)

31 Comments:

  • At 1:04 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ricardo,

    A divisão internacional do trabalho faz aumentar, ainda mais, a produtividade e, de um ponto de vista económico, a integração do mercado possui um elevado grau de eficiência mas a cada vez maior ausência de intervenção do Estado, a nível da repartição da riqueza, leva a que a divisão do trabalho produza, cada vez mais, um maior número de vencidos do que de vencedores.

    O processo de globalização tem sido conduzido de uma forma totalmente alheia a quaisquer valores morais ou éticos; é uma autêntica hipocrisia sociopolítica.

    Esta política é economicista, baseia-se na racionalização dos custos e no crescimento económico; todas e quaisquer componentes de cariz mais humanista estão, à partida, excluídas dos seus cânones; o desemprego e a pobreza crescentes não têm a menor importância, pelo que não podem ser fonte de qualquer preocupação. O seu único objectivo é o crescimento económico, ou aumento da riqueza criada, que se traduz pelo acréscimo do PIB.

    Porém, hoje, como ontem, «a riqueza nacional, por maior que seja, acaba por cair nas mãos de um pequeno número de indivíduos que só deixam aos outros indigência e miséria», tal como afirmou Tomás Morus.

    As actividades votadas ao sucesso estão ligadas à destruição. Destruição do que quer que seja, também do emprego.


    Um beijo,

     
  • At 2:09 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Anastácia:
    -então, que fazemos nós?Simplesmente esperamos?

     
  • At 2:44 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Índico,

    É consabido que em situações de grande perigo devemos tentar manter a serenidade e não entrar em pânico.

    A minha opinião é precisamente essa. Manter a calma e cruzar os braços!

    A única forma de mostrarmos o nosso poder é fazendo boicote ao consumo! Deixemos de ser escravos das necessidades fictícias e das que nos levam ao consumo dos bens e serviços produzido pelos nossos algozes.

    Mostremos que um dos agentes económicos mais poderosos é o que se designa por "famílias" - consumidores - e que sem elas não há economia!

    Os ricos só eniqueceram à custa dos pobres: não há nenhum rico que tenha enriquecido à custa de outros ricos! Aliás, a pobreza é um subproduto da riqueza!

    De qualquer forma, estou expectante quanto às propostas que querem sugerir para podermos sair deste caos!

    Um beijo,

     
  • At 6:52 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Anastácia,
    Se é assim que pensas que a nossa situação se vai resolver é melhor ires para o Alentejo e sentares-te á sombra de uma azinheira.Vivemos numa economia capitalista. E vamos viver.Contudo temos vários formatos sociais, onde os elementos mais diferenciadores são a Capacidade de Regulação do Estado contra as tendências monopolizadoras,a educação e saude do povo, uma justiça credível, uma segurança de pessoas e bens efectiva efectiva,etc,etc,.O que está a acontecer é o PODER financeiro controla cada vez mais os Estados, e estes assim não intervêm na defesa das liberdades indiduais.É UMA GUERRA PLANETÁRIA:DE MULTINACIONAIS CONTRA OS ESTADOS, E OS ESTADOS GRANDES CONTRA OS PEQUENOS.Os teóricos do neoliberalismo não apontam os Est.Unidos como exemplo a atingir-é demasiado social !!!-mas o Brasil!(Ler o "Dinheiro Louco" de...um francês, grande empresário europeu, e "A ARMADILHA DA GLOBALIZAÇAO",TERRAMAR. Parar o consumo?E a natureza humana?Um país sózinho, Portugal, na frente da guerra?Acusar que a construção europeia tem desde o inicio um forte vector económico,mas de que outro modo poderia ser?
    Eu não sei indicar a solução, mas estou absolutamente convicto de 2 coisas:a)O nosso Estado lutar com outros de Leste para que a União se aprofunde(mantendo o paradigma de que uma economia só é sã se os cidadãos partilharem dos seus beneficios e serem tendencialmente mais livres, a começar pelo estomago....)b)que este governo para felicidade de todos,areje esta velha casa e adolescente democracia, abra as janelas pois o ar está a feder, de tanto privilégio encapotado,de tanto laxismo de tantos trabalhadores,
    a usura de tantos patrões, a corrução de tantos politicos, de sindicatos que são cobertura só de amigalhaços,etc,etc.Fico por aqui pois falta-me linguagem económica e sociológica para escrever de modo enxuto.E se alguma violência for necessária, também aceito.

     
  • At 7:25 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    ÀS ARMAS, ÀS ARMAS... VAMOS A ELES!
    É por isso que temos que comprar mais armamento, ter um TGV, um aeroporto do século XXI.

     
  • At 8:00 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Índico,

    Concordo, em absoluto, quando dizes que é o poder financeiro que domina o mundo.
    O mercado financeiro é constituído praticamente por estabelecimentos norte-americanos que dispõem de infra-estruturas a nível mundial. Devido à informática e através das máquinas monetárias dos bancos e dos fundos de investimento, os países passaram a estar todos ligados; cada vez é mais fácil o auto-financiamento dos grupos industriais, ou seja, o capital, sob os seus mais diferentes aspectos, está concentrado numa pequena franja da população mundial. Os EUA são o país que mais beneficia da livre circulação de capitais, conseguindo o maior proveito das poupanças dos outros países.

    Acredita que o meu maior desejo é ficar tão afastada, quanto possível, do que se decidiu apelidar de "mundo civilizado". Reduzir, ao máximo, qualquer interacção com esse mundo. Mas não no Alentejo, pois não gosto de regiões áridas. Prefiro ficar sentada à sombra de um pinheiro (se ainda restar algum) num cantinho situado algures no interior do centro do país.

    Lamento dizer-te que tu terás duas alternativas:

    a) escolher uma bela e agradável sombra no local que for da tua preferência, ou

    b) como diz o TNT, pegar nas armas, porque

    este governo não tem o perfil necessário para fazer essa limpeza e arejar a casa, muito pelo contrário, já dá para ver que, não só está a encher a casa de LIXO, mas também a meter lá dentro companhias pouco recomendáveis!

    Um beijo,

     
  • At 10:06 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Anastácia,

    Eu simplesmente adoro e subscrevo as tuas ideias! Sou o primeiro a aceitar que esse é o mundo que quero. Mas desisti de ser D. Quixote, não tenho energia e ambição para tanto até porque tudo pode ser visto de vários pontos de vista. E o que parece bom pode nem ser! Por isso acusam-me de ser pragmático em excesso mas não confudas isso com insensível...

    "O processo de globalização tem sido conduzido de uma forma totalmente alheia a quaisquer valores morais ou éticos; é uma autêntica hipocrisia sociopolítica."

    (...)

    "O seu único objectivo é o crescimento económico, ou aumento da riqueza criada, que se traduz pelo acréscimo do PIB."

    Eu posso falar muito em produtividade e crescimento mas os aspectos sociais também são reflectidos por mim. Ultimamente não tenho feito isso talvez porque o vento sopra para os males da economia que estão a minar os avanços sociais. Mas o objectivo é o desenvolvimento, não o crescimento.

    Não podemos redistribuir o que não existe nem esperar que o social per si resolva os problemas da humanidade. Por isso sou tão pragmático... mas insisto, não é sinónimo de liberal ou insensível.

    Um beijo,

     
  • At 10:09 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Fernanda...

    Obrigado pelas palavras carinhosas! Eu estou um pouco pessimista e quase sem esperança, mas ainda tenho energia suficiente para acreditar que este país ainda vai ter oportunidade de mostrar o que pode valer. Só depende de nós...

    Um beijo,

     
  • At 10:19 da tarde, Blogger Ricardo said…

    C. Indico,

    Concordo com duas ideias:

    - Portugal precisa de arejar e expulsar velhos hábitos ultrapassados que mantém a nossa economia como um equilíbrio entre grupos de interesse para manter pequenos feudos;

    - ...e apesar de achar saudável manter a UE fora deste debate da porodutividade porque acredito que esta é uma batalha que só depende de nós e não podemos ter alibis, tenho que concordar que a UE tinha que ter uma orientação económica antes da social. Não podia ser feito doutra forma porque a real dificuldade para defender o modelo social europeu perante a globalização passa pela quebra da competitividade europeia ao nível económico e comercial (logo também político). Por isso a UE é necessária e por isso Portugal tem que aproveitar as oportunidades e desafios que aparecem com a integração para poder suplantar as dificuldades e ameaças que a mesma integração tem.

    Abraço,

     
  • At 10:20 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT...

    Eu compreendo a dificuldade que tens em ver a utilidade de grandes projectos em Portugal porque raramente as suas potencialidades são aproveitadas (veja-se o Alqueva). Mas tenho que insistir que nem todos os Elefantes Brancos são maus desde que feitos com rigor e profissionalismo e, mais importante, com visão estratégica...

    Abraço,

     
  • At 11:27 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Ricardo:
    Nunca falei do Alqueva e nunca falarei mal do Baixo Sabor. Mas não se pode pôr esses Projectos ao nível do TGV ou da OTA porque o TGV, uma vez em actividade, não produz "merda" nenhuma. O mesmo para a OTA. Devo acrescentar que países como o nosso, que embarcam nos projectos impostos pela UE, são vistos como terceiromundistas por aqueles a quem esses projectos interessam. Peço desculpas pela minha forma de falar mas é uma característica minha: "pão-pão, queijo-queijo".

     
  • At 11:32 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Antes de mais cada um tem o seu estilo e ninguém tem um estilo melhor que o outro. Por isso as desculpas são despropositadas...

    O Alqueva é um enorme barrete porque nunca foi aproveitado. Constroi-se o mais difícil e ninguém, do sector público ou privado, aproveita as potencialidades daquela barragem. Só os espanhois e os holandeses é que apostam naquela estrutura porque mais ninguém parece interessado em fazer isso.

    Quanto à UE, como disse, não queria usá-la nesta discussão porque o desafio da produtividade pertence a nós, sem alibis!

    Abraço,

     
  • At 12:13 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    O Alqueva, que eu saiba, produz energia o que já é qualquer coisa. Lembro-me da besta do Durão a ligar o interruptor. O Baixo Sabor foi chumbado pela UE porque não interessa aos donos da UE que se escudam atrás de pseudo-ambientalistas como a Quercos. O TGV, repito, a OTA e o ARMAMENTO são indefensáveis mas vão ser feitos porque os interesses envolvidos (Siemens, BP, Shell e outros) sobrepõem-se ao interesse do povo.

     
  • At 12:56 da manhã, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    "Quanto à UE, como disse, não queria usá-la nesta discussão porque o desafio da produtividade pertence a nós, sem alibis!"

    Sim, o teu artigo, como eu temia, é uma longa colecção de lugares comuns, agora sobre produtividade.
    E, a frase que escreves resume todo o erro em que laboras.
    a falta de produtividade portuguesa tem muito a ver com a CEE/CE/UE.
    Quando se desloca um centro de decisão para outro país a nossa produtividade diminui, não só porque a produtividade do centro de decisão é grande mas também porque atrás do centro de decisão vão as actividades mais produtivas.
    Olha, por exemplo, a Autoeuropa, uma fábrica de automóveis com uma produtividade muito elevada.
    Mas o gabinete de estudos da Volkswagen, na Alemanha ainda tem uma produtividade mais elevada e o Centro de Decisão ainda mais.
    A UE escazia-nos e impede que os governos por nós eleitos nos defendam.
    Aí é que está o cerne do problema.

    Um abraço,

     
  • At 1:27 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Ricardo,

    Eficiência e eficácia – medidas pela produtividade – são palavras de ordem no actual sistema e, em consequência, as empresas que empregam mais trabalhadores vão sendo substituídas pelas que utilizam mais máquinas, condenando milhões de pessoas ao desemprego.

    A concentração de empresas, através de alianças e de fusões a um ritmo alucinante, proporciona-lhes atingir dimensões que permitem uma maior eficiência com o consequente aumento da produtividade.

    Para se ter uma leve noção da concentração do capital tome-se o exemplo da Volkswagen e da Audi que compraram a Seat espanhola e a Skoda, a principal empresa do Leste.

    Constata-se, deste modo, não só a concentração do capital num número cada vez mais reduzido de enormes empresas, mas também a transnacionalização do capital e, sobretudo, do mercado financeiro, ou seja, já não se sabe a que países pertence o capital. O comércio de acções sem fronteiras dissolve as ligações nacionais de uma forma mais profunda do que o encadeamento da produção.

    É impossível delinear quaisquer projectos económicos autónomos para a economia portuguesa. A realidade é que Portugal está inserido na UE e no Mundo.

    Um beijo,

     
  • At 12:35 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Tenho alguma dificuldade em aceitar que o Alqueva foi e é um sucesso! Até porque o objectivo inicial era contornar a falta de água paraa agricultura no Alentejo.

    Quanto às outras obras eu só vou aceitá-las como úteis se houver bom senso na sua projecção e construção, isto é, minimalistas e eficientes. Sem percursos em Z ou em W no TGV e sem megalomanias na OTA.

    Abraço,

     
  • At 12:43 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Eu não queria discutir a UE exactamente por causa disto! A falta de produtividade não tem nada a ver com a UE. Podias até afirmar que temos problemas de competitividade por causa da concorrência directa (sem barreiras) de produtos europeus mas a produtividade só depende de nós.

    É óbvio que discutir a produtividade é discutir lugares comuns porque é bem mais simples do que pensamos. Quando referes-te à questão do capital é, ao mesmo tempo, um lugar comum e uma ideia simples que tem que ser pensada e implementada pelos empresários.

    Abraço,

     
  • At 12:56 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Anastácia,

    "(...)em consequência, as empresas que empregam mais trabalhadores vão sendo substituídas pelas que utilizam mais máquinas, condenando milhões de pessoas ao desemprego."

    Minha blogamiga... como contrariar essa evidência? Impossível! Nem é esse o meu objectivo! Mas a grande questão é: tens capacidade de mudar o rumo do mundo? Ou vamos ser o único país do mundo a percorrer outro caminho. Correcção: as únicas duas pessoas a percorrer esse caminho.

    "É impossível delinear quaisquer projectos económicos autónomos para a economia portuguesa. A realidade é que Portugal está inserido na UE e no Mundo."

    Eu não posso estar mais de acordo! É exactamente por isso que ou nos adaptamos aos tempos ou ainda vamos sofrer mais ao nível social do que estamos a sofrer agora. Mas nós podemos e devemos influenciar o rumo da UE para que esta possa influenciar o Mundo. Não podemos é pensar que fora destes movimentos europeus e mundiais vamos chegar lá...

    Um beijo,

     
  • At 2:29 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Caro Ricardo:

    Quer então dizer que seja qual for a "merda" que se faça, desde que seja feita com projectos decentes, está bem? Porquê? E não há que pensar nos benefícios a longo prazo dos projectos? Que benefícios advêm da compra de armamento ao estrangeiro? E do TGV? E da Ota? Eu só quero entender a lógica destes investimentos novo-riquenhos, mais nada. Se têm lógica explique, por favor. Quero entender. Envher os bolsos dos corruptos? Ah! Bem, isso já faz muita lógica. A única que eu consigo divisar. Mas tenha a palavra.

     
  • At 11:32 da manhã, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Eu exprimi-me mal! Quando falava em "bom senso na sua projecção e construção, isto é, minimalistas e eficientes" queria implicitamente passar a ideia que seriam projectos com benefícios no longo prazo. Concorde-se ou não acho que a EXPO 98 e o EURO 2004 foram exemplos de elefantes brancos "bem" sucedidos e que a Capital da Cultura 2001 ou os aviões em 2ª mão foram maus negócios para o país. Quanto ao armamento que solução sugerias para o país? como podemos, ao mesmo tempo, respeitar os acordos internacionais de mútua defesa e desinvestir? Eu também gostaria de desinvistir mas...

    Abraço,

     
  • At 11:47 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Para mim, a EXPO 98, O EURO 2004, a Ponte Vasco da Gama, a ponte Santa Isabel, os submarinos foram enormes elefantes brancos. Não os há bem sucedidos por definição. Em alternativa, Energias renováveis, transportes rodoviários, transportes urbanos e apoio às pescas, agricultura, indústria, saúde, educação e segurança social seriam opções de verdadeiros responsáveis. Qual é afinal a função do estado? Empresário, tal como o Belmiro? Se este abre o maior centro da europa, o estado constrói a maior ponte da Europa? Estádios de futebol produzem o quê com o dinheiro de quem? Xulos de merda é o que são os que se abotoam com o dinheiro do povo. Já viste que a maior parte desses estádios se encontram às moscas agora? Para além de estragarem a paisagem? Vai a Leiria, a Aveiro e etc.. Monstros, elefantes vermelhos, amareos e azuis. Dá vontade de chorar quando há tanta gente na miséria mais profunda.

     
  • At 11:58 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Agora vamos ao armamento. Se, para respeitar tratados, temos que comprar armamento é porque esses tratados visam defender o quê? Os países produtores de armamento? Temos que respeitar tratados para defender a democracia? Mas qual democracia? A tal que vai roubar petróleo na terra dos outros? Bardamerda para esta democracia. DEMONOCRACIA, NÃO.

     
  • At 12:01 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Sabias que com o valor dos submarinos se podia ter construído a barragem do Baixo Sabor?

     
  • At 12:01 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Os estádios de futebol não foram assim tão caros para o Estado porque este foi racional com os custos e recuperou o investimento com o turismo adicional e com as infraestruturas que construíu e rentabilizou. O pior foram as autarquias que pagaram o que deviam, o que não deviam e o que não lhes interessava pagar...

    E quanto ao armamento? Que fazer?

    Abraço,

     
  • At 12:05 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Mais valia pagar para nos defenderem? O que temos que fazer é só comprar o que podemos rentabilizar. Por exemplo podenmos fazer manutenção em Portugal de navios e submarinos e podíamos comprar conforme essa lógica. Podíamos utilizar parte desse armamento para patrulhar a costa e tornar de váriuas formas rentável e útil o equipamento. Claro que preferia não comprar mas o mundo não funciona assim.

    Podemos é não aceitar qualquer porcaria e podemos investir com seriedade e retorno!

    Abraço,

     
  • At 12:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Tudo bem. Mas não vês que essas opções impedem AS OPÇÕES QUE COMPETEM VERDADEIRAMENTE AO ESTADO? Os contribuintes, ao verem o que se faz com o seu dinheiro ficam mais motivados para trabalhar mais? Não! Da minha parte podem contar com produtividade mínima. Faço só o estritamente necessário para não ter consequências negativas. Darei o máximo de faltas permitidas, farei greve de zelo, etc., etc..

     
  • At 12:48 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Pagar para nos defenderem de quem? Dos espanhóis, dos marroquinos, dos ET's?

     
  • At 12:51 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Os estádios não foram caros para o estado? E as autarquias o que são? Estada?

     
  • At 12:58 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Onde disse Estado leia-se Governo.

    A questão da defesa não se resume ao nosso território. Temos que cumprir compromissos para manter a solidariedade internacional. Podes considerar inútil e estás no teu direito mas considero que é possível conciliar a nossa obrigação de termos forças armadas com a sua rentabilidade. O que já acho útil mudar é a nossa forma de contribuir militarmente nas organizações internacionais.

    Abraço,

     
  • At 1:31 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Ricardo:

    A tua argumentação parte toda do pressuposto que somos escravos. Tens razão, compete-nos fazer aquilo que os patrões querem que seja feito, nem que para isso tenhamos que nos resignar à miséria. VIVA A ESCRAVATURA!

     
  • At 11:02 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Eu acho positivo colocarmos em questão tudo o que não achamos positivo. Eu também considero que a questão do armamento retira-nos recursos que podíamos estar a utilizar de forma mais produtiva. Também concordo que somos escravos dos lobbies do armamento. Só que há sempre um mas. O mas é estarmos integrados num sistema de defesa que apesar de poder e dever ser alterado obriga-nos a certos compromissos. As questões de defesa têm que ser solidárias até pelo que assistimos na ex Jugoslávia onde tivemos que "implorar" aos EUA que nos resolvessem os problemas que tínhamos no "quintal" da Europa. O que eu duvido é que dois submarinos sejam úteis para portugal e para a defesa global da Europa. E é aí que temos que reflectir e essa reflexão pode até não conduzir a um desinvestimento. Considero é que esse investimento tem que ser mais bem planeado para que o possamos rentabilizar e retirar utilidade. Por exemplo em fragatas construídas em Portugal que possam servir, por exemplo, para patrulhar e para missões humanitárias onde portugueses precisem de ser evacuados.

    Abraço,

     

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