562. Sala de Cinema: Land of the Dead
Realizador: George A. Romero
Elenco: Simon Baker, John Leguizamo, Dennis Hopper
Para enquadrar o que vou escrever sobre o filme convém relembrar que este é um sub género dos filmes de terror (série B) onde os zombies são os protagonistas. Eu não tenho preconceitos quanto ao género de filme. Não gosto muito de comédias românticas, por exemplo, porque há poucas que me agradam mas não critico estes filmes pela sua qualidade porque cada género trata o seu produto de uma forma diferente, não necessariamente pior. Por isso os filmes de zombies não são filmes com uma boa fotografia, boas interpretações ou material para Óscar. Mas, quando o espírito é captado, podem ser filmes que entretêm bastante.
Este filme tem a qualidade duvidosa do costume mas acabou por ser agradável muito por culpa de George A. Romero, uma das lendas vivas deste género de filme. E já que John Carpenter nunca mais lançou nada aproveitei para ir ver este filme ao cinema, uma vez que geralmente prefiro ver filmes de série B no aconchego de casa. A novidade deste filme é não ser tão mau como é normal a nível visual e aproveitar o género para lançar algumas mensagens sobre o nosso estilo de vida. Além disso o filme é muito mais visceral do que é habitual com cenas de violência bastante explícitas. Por vezes não sabia se não eram os zombies que melhor retratavam os seres humanos!
De resto as interpretações são sofríveis, os diálogos lineares e a história banal. Mas neste género de filme se não fosse assim o resultado final seria pretensioso e não captaria o espírito da série B.
Síntese da Opinião: Só mesmo para os apreciadores deste género de filme. Quem não perceber a piada de ver zombies a ficarem sem cabeça então é melhor nem irem ver!
5 Comments:
At 2:59 da manhã, H. Sousa said…
Caro Ricardo,
A terra dos mortos ou da morte faz sentido, muito sentido até. Os actuais senhores do mundo estão empenhados em matar os poucos que ainda possam ter alguma Vida. Infelizmente, sabe-se que a grande maioria das pessoas apenas se preocupa com a satisfação das necessidades básicas, ou seja, não passa de gente "morta-viva".
Quem, de algum modo, possa ser agente de mudança, está a sofrer pressões para que se torne subserviente. Caminhamos para uma ditadura como os cordeirinhos caminham para o altar da imolação. Contudo, o sacrifício será em vão, porque a corja de corruptos que manda, a nível mundial, nunca terá que ser imolada porque se encontra defendida pelos imensos conhecimentos que detém e que utiliza para o Mal.
Abraço,
P.S. Far-te-ei chegar o meu email, tal como pediste.
At 2:30 da tarde, Ricardo said…
TNT,
Vejo com igual preocupação a evolução do mundo. Não estou nem pessimista nem optimista porque tudo tem os seus ciclos e a humanidade sempre conseguiu encontrar os seus frágeis equilíbrios.
Somos muitas vezes zombies ao serviço das necessidades que superfluamente criamos. Mas não podemos ser ingénuos e deixarmos de lutar por um país mais eficiente mesmo que inserido num sistema injusto. Porque só com pequenos passos e exigência democrática o mundo pode (re)conquistar os seus equilíbrios.
Abraço e bom fim de semana,
P.S. Obrigado pela disponibilização do mail. O assunto que queria abordar já deixou de ser pertinente. De qualquer forma vou guardá-lo para futuros contactos.
At 12:48 da tarde, Ricardo said…
Bárbara,
Já tive para ir ver a Chave mas não sei se vou gostar. Geralmente não gosto de filmes de terror comerciais. Mas, seguindo tua recomendação, vou ver se tiver hipótese.
Obrigado pela visita e um beijo,
At 11:53 da manhã, gonn1000 said…
Gostei do filme, mas dentro do género o "28 Dias Depois" ainda é o melhor que vi ultimamente. Ah, e se fosse a ti só via "A Chave" em DVD (e mesmo assim...).
At 5:39 da tarde, Ricardo said…
gonn1000,
Sem dúvida... "28 Dias Depois" é bem melhor!
Quanto à Chave fica para ver (ou não) depois de ver Red Eye.
Abraço,
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