1098. Greve Geral a 30 de Maio
A CGTP convocou a primeira greve geral com os socialistas no poder para o dia 30 de Maio. O direito à greve é um direito inalienável e merece, da minha parte, um tremendo respeito porque esta é uma das heranças do 25 de Abril. Respeito, porém, não é sinónimo de concordância.
“Esta greve geral é um cartão vermelho ao Governo, com o qual exigimos uma mudança de rumo para as politicas económicas e sociais e para o país”
Manuel Carvalho da Silva, CGTP
É preciso compreender, antes de mais, o que motiva esta greve para poder analisar o que está em jogo. Apesar de não serem precisas - as tais motivações - é evidente que há um enorme desconforto com o PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central) e com as consequências duma política de austeridade financeira. Não vale a pena, novamente, sublinhar que o Estado que construímos durante duas décadas não era sustentável (a economia real não tinha capacidade para O sustentar naqueles moldes) e que, esta geração, inevitavelmente, ia ter que pagar essa factura. Vamos esquecer as condicionantes do passado - que podem parecer uma desresponsabilização - e olhar para o futuro que almejamos. E esse futuro, e aí estou de acordo com os sindicatos, tem que ser diferente e não contesto a necessidade de políticas sociais mais eficientes, de não desmantelar sem regras alguns direitos adquiridos com o tempo e a necessidade de haver condições para um desenvolvimento mais solidário.
Deste modo, e sem minimizar estas preocupações, é evidente que a Administração Pública necessita de profundas reformas para que se torne capaz de efectuar os mesmos ou melhores serviços públicos com uma realidade que não permite manter o mesmo nível de custos, pelo menos enquanto a economia não for capaz de os sustentar. Para que isso seja possível é, obviamente, necessária a colaboração dos funcionários públicos mas estes também têm que estar dispostos a trabalhar num ambiente diferente em que a exigência e a responsabilização são pedras basilares. O que revolta os funcionários, e aí compreendo, é a dúvida se essa exigência e responsabilização vai ser iguais para todos. Mas um ponto é claro e independente desta última observação, concretizando, as mudanças têm que ser profundas e tem que haver essa consciencialização.
(Continua)
“Esta greve geral é um cartão vermelho ao Governo, com o qual exigimos uma mudança de rumo para as politicas económicas e sociais e para o país”
Manuel Carvalho da Silva, CGTP
É preciso compreender, antes de mais, o que motiva esta greve para poder analisar o que está em jogo. Apesar de não serem precisas - as tais motivações - é evidente que há um enorme desconforto com o PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central) e com as consequências duma política de austeridade financeira. Não vale a pena, novamente, sublinhar que o Estado que construímos durante duas décadas não era sustentável (a economia real não tinha capacidade para O sustentar naqueles moldes) e que, esta geração, inevitavelmente, ia ter que pagar essa factura. Vamos esquecer as condicionantes do passado - que podem parecer uma desresponsabilização - e olhar para o futuro que almejamos. E esse futuro, e aí estou de acordo com os sindicatos, tem que ser diferente e não contesto a necessidade de políticas sociais mais eficientes, de não desmantelar sem regras alguns direitos adquiridos com o tempo e a necessidade de haver condições para um desenvolvimento mais solidário.
Deste modo, e sem minimizar estas preocupações, é evidente que a Administração Pública necessita de profundas reformas para que se torne capaz de efectuar os mesmos ou melhores serviços públicos com uma realidade que não permite manter o mesmo nível de custos, pelo menos enquanto a economia não for capaz de os sustentar. Para que isso seja possível é, obviamente, necessária a colaboração dos funcionários públicos mas estes também têm que estar dispostos a trabalhar num ambiente diferente em que a exigência e a responsabilização são pedras basilares. O que revolta os funcionários, e aí compreendo, é a dúvida se essa exigência e responsabilização vai ser iguais para todos. Mas um ponto é claro e independente desta última observação, concretizando, as mudanças têm que ser profundas e tem que haver essa consciencialização.
(Continua)
Etiquetas: Economia, Política Nacional, PRACE
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