1090. A questão do Referendo ao Tratado Constitucional
Enquanto o Presidente da República e o Presidente da Comissão Europeia pressionam o Primeiro Ministro para que este não cumpra uma promessa eleitoral, a de convocar um referendo sobre o Tratado Constitucional Europeu, algo que, convenhamos, não deve ser difícil de acontecer, eu ainda preciso de perceber um pequeno pormenor. O que vamos (não) referendar? Não interessa perceber isso antes de avançar?
O único dado que tenho, de momento, é a Declaração de Berlim que acorda que os Estados-Membros têm que chegar a um acordo até uma data previamente acordada. Ouço Durão Barroso pedir que não se façam grandes alterações ao Tratado inicial mas, é impressão minha, ou já não houveram países que rejeitaram, em referendo, este Tratado? Confesso que a gestão deste processo, que devia ter sido feito antes (e não depois) do alargamento, só está a lançar confusão e temo que nunca tenha havido a intenção, após os referendos, de reflectir sobre o conteúdo do Tratado mas unicamente reflectir sobre as formas de o aprovar com o mínimo de danos colaterais possíveis.
É urgente reformar as instituições da União Europeia mas insistir neste erro de tentar ressuscitar o que já morreu - o Tratado Constitucional Europeu - vai colocar em causa todo o processo de integração e espero que Durão Barroso esteja consciente do risco da opção que está a promover.
O único dado que tenho, de momento, é a Declaração de Berlim que acorda que os Estados-Membros têm que chegar a um acordo até uma data previamente acordada. Ouço Durão Barroso pedir que não se façam grandes alterações ao Tratado inicial mas, é impressão minha, ou já não houveram países que rejeitaram, em referendo, este Tratado? Confesso que a gestão deste processo, que devia ter sido feito antes (e não depois) do alargamento, só está a lançar confusão e temo que nunca tenha havido a intenção, após os referendos, de reflectir sobre o conteúdo do Tratado mas unicamente reflectir sobre as formas de o aprovar com o mínimo de danos colaterais possíveis.
É urgente reformar as instituições da União Europeia mas insistir neste erro de tentar ressuscitar o que já morreu - o Tratado Constitucional Europeu - vai colocar em causa todo o processo de integração e espero que Durão Barroso esteja consciente do risco da opção que está a promover.
Etiquetas: Política Nacional, União Europeia
1 Comments:
At 1:02 da tarde, Samir Machel said…
Atencao que os nossos representantes para resolver os becos por onde se enfiam também tendem a abusar do mandato que tem.
Em vez de mandatos sujeitos a um programa especifico querem cheques em branco para fazerem o que quiserem. Tal nao é aceitável.
Vejam http://obitoque.blogspot.com/2007/04/democracias.html
Abraco,
Samir
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