1131. Eleições Regionais Madeira 2007: Noite Eleitoral (em actualização)
17. (21:10) As posições já estão claras. Alberto João Jardim sabe que o próximo mandato vai ser o mais difícil de todos, vai governar com restrições orçamentais. Jacinto Serrão não se demite apesar do resultado catastrófico. O PS/Nacional vai apostar em desvalorizar completamente as consequências desta eleição e, verdade seja dita, não tem cabimento que a LFR seja referendada na região. Eu sei para que estas eleições serviram, ou seja, só serviram, única e exclusivamente, para que Alberto João Jardim arranjasse um bode expiatório para a situação financeira da região e, assim, apesar do futuro da região ser muito difícil, a "culpa" vai ser sempre da América, desculpem, de Lisboa. Obrigado a todos os que acompanharam, neste blogue, esta campanha eleitoral;
16. (21:05) Vitalino Canas (PS/Nacional) considera que as eleições foram marcadas pelo "populismo" e que foram um "exercício inútil". A Lei das Finanças Regionais não muda. José Sócrates não comenta os resultados, ou seja, a estratégia é desvalorizar os resultados e relembrar que a LFR não é referendável pela região;
15. (21:00) Alberto João Jardim acrescenta que "a situação nacional exige bom senso, calma e ponderação". Será o mesmo homem que chamou de "fascistas" aos mesmos que agora pede "bom senso"? Após este discurso fico com a certeza que Alberto João Jardim tem discursos que se contradizem uns aos outros, tem registos emocionais completamente díspares em dias consecutivos, enfim, é imprevisível;
14. (20:54) Alberto João Jardim interpreta esta vitória sem euforia porque avizinham-se um conjunto de problemas e dificuldades para a região. Apesar do tom conciliador - diria que finalmente - não consegue resistir a culpar o "continente" pelas dificuldades da Madeira em crescer. Pede uma autonomia muito mais alargada;
13. (20:46) Jacinto Serrão critica a campanha eleitoral do PSD que transformou este acto num "referendo às relações financeiras" com a República. Relembra que não é fácil ser oposição na Madeira. Não perdeu a "esperança". No fundo, neste discurso, não encontrou nenhuma responsabilidade própria para a derrota;
12. (20:42) Jacinto Serrão queixa-se da "falta de normalidade democrática" e da "utilização abusiva dos meios do Estado", e cita a CNE que, em tempos, disse "que nestas condições o voto não é totalmente livre". Sublinha a "inércia dos órgãos de soberania" para solucionar esta situação. Não se demite;
11. (20:20) Parece unânime que o paradigma de desenvolvimento vai, obrigatoriamente, ter que mudar na região. É curioso que um tema desta importância não tenha sido alvo de qualquer discussão política na campanha eleitoral. Foi preferível, infelizmente, fazer o discurso do "inimigo externo", o bode expiatório ideal para a situação financeira na região;
10. (20:13) Marcelo Rebelo de Sousa diz que os interesses da região e do país têm que ser convergentes. Após esta campanha eleitoral não sei, sinceramente, se foram dados passos nesse sentido;
9. (19:59) António Vitorino enaltece Jardim como grande responsável pelos desenvolvimento da Madeira, nos últimos 30 anos. Acrescenta, porém, que esta vitória - além de reforçar a sua trincheira na "guerra contra Sócrates" -, obrigará Jardim a demonstrar que possui capacidade para regenerar o paradigma de desenvolvimento. O actual, alicerçado no betão, caducou. Um dia, Jardim, no mais pobre concelho do País - Câmara de Lobos -, amarfanhou o saber, assumindo-se como o homem que dá "comer" ao povo. O povo exultou. Novo paradigma? Mesmo que Jardim queira conceder prioridade ao "saber", o povo quer mais pão e circo.
8. (19:27) António Vitorino acertou no alvo. A LFR é uma lei da responsabilidade da República. Acrescento eu que a Madeira não pode referendar a sua própria mesada;
7. (19:24) A reacção de Bernardo Trindade demonstra bem o desnorte do PS local. Dizer que o que esteve em causa nestas eleições foi a LFR é dar um tiro no pé e mostra bem que as tensões entre o PS local e o nacional vão ser enormes;
6. (19:17) Guilherme Silva considera que a votação prova de "que lado está a razão" em relação à Lei das Finanças Regionais. Relembro que este acto eleitoral não pode ser um referendo a uma lei nacional e, mesmo que fosse, não me parece que aqueles que recebem a mesada, num cenário de maior restrição, devessem ser os únicos a dar opinião sobre a tal mesada;
3. (19:00) As primeiras projecções indicam que a maioria absoluta do PSD/M é substancialmente reforçada. Em 2004 o PSD/M obteve 53,71%, e as projecções, tanto a da Católica (RTP/RDP) como a da Eurosondagem (SIC) indicam os seguintes intervalos, respectivamente, 62-67% e 67,1-70,1%;
2. (18:37) Neste momento, a menos de meia hora das primeiras projecções, já é possível referir que: i) tudo aponta que a abstenção vai ser muito semelhante à das eleições de 2004 (logo elevada); ii) repetem-se as já habituais polémicas relacionadas com supostas irregularidades nos votos dos cidadãos acompanhados;
16. (21:05) Vitalino Canas (PS/Nacional) considera que as eleições foram marcadas pelo "populismo" e que foram um "exercício inútil". A Lei das Finanças Regionais não muda. José Sócrates não comenta os resultados, ou seja, a estratégia é desvalorizar os resultados e relembrar que a LFR não é referendável pela região;
15. (21:00) Alberto João Jardim acrescenta que "a situação nacional exige bom senso, calma e ponderação". Será o mesmo homem que chamou de "fascistas" aos mesmos que agora pede "bom senso"? Após este discurso fico com a certeza que Alberto João Jardim tem discursos que se contradizem uns aos outros, tem registos emocionais completamente díspares em dias consecutivos, enfim, é imprevisível;
14. (20:54) Alberto João Jardim interpreta esta vitória sem euforia porque avizinham-se um conjunto de problemas e dificuldades para a região. Apesar do tom conciliador - diria que finalmente - não consegue resistir a culpar o "continente" pelas dificuldades da Madeira em crescer. Pede uma autonomia muito mais alargada;
13. (20:46) Jacinto Serrão critica a campanha eleitoral do PSD que transformou este acto num "referendo às relações financeiras" com a República. Relembra que não é fácil ser oposição na Madeira. Não perdeu a "esperança". No fundo, neste discurso, não encontrou nenhuma responsabilidade própria para a derrota;
12. (20:42) Jacinto Serrão queixa-se da "falta de normalidade democrática" e da "utilização abusiva dos meios do Estado", e cita a CNE que, em tempos, disse "que nestas condições o voto não é totalmente livre". Sublinha a "inércia dos órgãos de soberania" para solucionar esta situação. Não se demite;
11. (20:20) Parece unânime que o paradigma de desenvolvimento vai, obrigatoriamente, ter que mudar na região. É curioso que um tema desta importância não tenha sido alvo de qualquer discussão política na campanha eleitoral. Foi preferível, infelizmente, fazer o discurso do "inimigo externo", o bode expiatório ideal para a situação financeira na região;
10. (20:13) Marcelo Rebelo de Sousa diz que os interesses da região e do país têm que ser convergentes. Após esta campanha eleitoral não sei, sinceramente, se foram dados passos nesse sentido;
Nota: Por problemas no blogger é impossível publicar as reacções com a velocidade que queria;
9. (19:59) António Vitorino enaltece Jardim como grande responsável pelos desenvolvimento da Madeira, nos últimos 30 anos. Acrescenta, porém, que esta vitória - além de reforçar a sua trincheira na "guerra contra Sócrates" -, obrigará Jardim a demonstrar que possui capacidade para regenerar o paradigma de desenvolvimento. O actual, alicerçado no betão, caducou. Um dia, Jardim, no mais pobre concelho do País - Câmara de Lobos -, amarfanhou o saber, assumindo-se como o homem que dá "comer" ao povo. O povo exultou. Novo paradigma? Mesmo que Jardim queira conceder prioridade ao "saber", o povo quer mais pão e circo.
8. (19:27) António Vitorino acertou no alvo. A LFR é uma lei da responsabilidade da República. Acrescento eu que a Madeira não pode referendar a sua própria mesada;
7. (19:24) A reacção de Bernardo Trindade demonstra bem o desnorte do PS local. Dizer que o que esteve em causa nestas eleições foi a LFR é dar um tiro no pé e mostra bem que as tensões entre o PS local e o nacional vão ser enormes;
6. (19:17) Guilherme Silva considera que a votação prova de "que lado está a razão" em relação à Lei das Finanças Regionais. Relembro que este acto eleitoral não pode ser um referendo a uma lei nacional e, mesmo que fosse, não me parece que aqueles que recebem a mesada, num cenário de maior restrição, devessem ser os únicos a dar opinião sobre a tal mesada;
5. (19:10) A grande incógnita desta noite é a mesma que existiu no momento da demissão, ou seja, para que serve este resultado? Depende, só e exclusivamente, da importância que o Governo da República a quiser dar;
4. (19:05) O PS, segundo as projecções, pode ter o pior resultado de sempre na região. Os intervalos indicam, no conjunto das duas projecções que vi, um resultado entre 11,2-17%;
4. (19:05) O PS, segundo as projecções, pode ter o pior resultado de sempre na região. Os intervalos indicam, no conjunto das duas projecções que vi, um resultado entre 11,2-17%;
3. (19:00) As primeiras projecções indicam que a maioria absoluta do PSD/M é substancialmente reforçada. Em 2004 o PSD/M obteve 53,71%, e as projecções, tanto a da Católica (RTP/RDP) como a da Eurosondagem (SIC) indicam os seguintes intervalos, respectivamente, 62-67% e 67,1-70,1%;
2. (18:37) Neste momento, a menos de meia hora das primeiras projecções, já é possível referir que: i) tudo aponta que a abstenção vai ser muito semelhante à das eleições de 2004 (logo elevada); ii) repetem-se as já habituais polémicas relacionadas com supostas irregularidades nos votos dos cidadãos acompanhados;
1. As eleições regionais na Madeira, e suas consequências, vão ser comentadas, a par e passo, neste espaço;
Etiquetas: Madeira, Política Local/ Regional
6 Comments:
At 12:40 da manhã, Dinarte Vasconcelos said…
Bom trabalho!
At 1:36 da manhã, Pedro Morgado said…
Espero que a Madeira se liberte depressa de ALberto João Jardim e que perca os complexos do colonialismo.
Fizeste aqui um excelente e bastante imparcial trabalho.
Parabéns.
At 1:45 da manhã, Ricardo said…
Dinarte,
Obrigado.
Pedro,
Também agradeço as tuas palavras mas quero fazer um reparo. Não me cabe ser imparcial nem o tento. O que tento é ser sério nos argumentos que defendo, o que é bem diferente. Dito isto não fui imparcial o que aliás demonstra bem a minha indignação com o que se passa nesta região.
Cumprimentos,
At 9:31 da manhã, Jorge Soares Aka Shinobi said…
Como bem sabes, o resultado foi a meu contento!
Mesmo assim destacaria além da retumbante vitória do PSD, o facto de todos os partidos que se propuseram a estas eleições, terem conseguido por representantes seus na Assembleia Legislativa da RAM, o que para mim é positivo e demonstra as vantagens do círculo único regional.
Embora o teu trabalho fosse parcial, como admitiste, não deixou de ter elevada qualidade. Pelo exposto, dou os parabéns ao Filho do 25 de Abril!
Glória aos vencedores e honra aos vencidos!
At 10:14 da manhã, Nuno Raimundo said…
BoAs...
Fizeste uma excelente cobertura da campanhã das eleicções regionais.
Parabens.
Só foi pena o Alberto João continuar no lugar que está.
Mas se votaram nele, que se aguentem depois...
Abraços Profanos
At 3:21 da tarde, José Leite said…
Pela votação e pelo modus operandi usado em campanha, dir-se-ia estar-se a caminhar para a "saddamhusseinização" do "sistema"...a ver vamos.
Parabéns a todos os RESISTENTES!
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