(44) O Filho do 25 de Abril, comentando os comentários (3)
Sobre o post 42, 13 de Maio: Religião (6), “Simão A.” escreveu:
“Enfim... com todo o respeito, tornaste-te o teu próprio deus! É pena que te veneres (que adores a própria condição humana divinizando-a)! Pensei que esta tua viajem espiritual acabasse de outra forma, lúcida e Verdadeira.”
Simão A. (TRIBUNO)
Simão, respeito imenso a tua opinião apesar das nossas diferenças de opinião serem maiores que as semelhanças. É isso que nos faz crescer, reflectir e muitas vezes apercebermo-nos das nossas falhas de raciocínio.
Posto isto, deixa-me contrariar alguns pontos da tua análise. Eu não me venero, o homem é apenas um grão de areia no Universo. Não é insignificante porque interage, mas é dono dum conhecimento limitado do funcionamento global das coisas. O que eu não acredito é nos conceitos (bastante úteis, confesso!) que usamos para ir criando os “deuses” ao longo da história. Ou é punitivo porque é preciso pôr as populações a obedecer, ou é omnipresente para controlar as fúrias domésticas, ou é misericordioso quando necessita de condicionar moralmente as pessoas. Não nego a existência de “deuses”, só não acredito nos “deuses” que fomos criando. Mas, repito, respeito imenso quem tem fé e a fé é incontestavelmente um factor de estabilização das sociedades.
Quanto à viagem não ser lúcida respeito a tua opinião. Quanto a não ser verdadeira, desculpa, é verdadeira para mim... não pretendo é que seja verdadeira para mais ninguém! É o resultado duma reflexão interior que só eu, em determindo contexto, tive! O saber evoluí e o meu certamente vai evoluir, só não digo a ninguém que está errado porque nenhum de nós possuí esse conhecimento!
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