Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

domingo, julho 11, 2004

(111) Apatia

Hoje sinto-me, para variar um pouco, optimista. Optimista até em relação ao futuro deste país onde vivemos o que significa que tomei uma dose forte de alucinogénicos hoje. E qual é a razão deste optimismo? Não sei, seria o mesmo que tentar investigar qual é o sentido da vida ou o sexo dos anjos.

Se temos um património humano riquíssimo a todos os níveis porque não haveremos de ser os melhores um dia? Temos pessoas inteligentes, bem formadas, com boa capacidade de trabalho, enfim!, temos a capacidade de estarmos entre os melhores.

Então porque é que não estamos? É a porra da apatia! É a nossa mentalidade, somos por natureza apáticos e nostálgicos. Falta-nos a capacidade de cortar com o passado sem olhar para trás. Quando tentamos mudar o passado comportamo-nos como se fosse um crime horrendo, como se estivessemos a matar familiares, a esfaquear a nossa própria mãe.

O problema é que a apatia é contagiosa. As novas gerações tentam dar murros na mesa mas o peso da mudança é demasiado. Em pouco tempo a trituradora das motivações instalada em Portugal faz o seu trabalho.

Mudar não é matar, é melhorar... enquanto não percebermos isso estamos parados no tempo enquanto todos os outros caminham seguros para os seus objectivos. Agora surge a pergunta inevitável: onde está o optimismo? Eu respondo sem rodeios, caro leitor! No jeitinho que só o Português sabe dar quando tudo parece perdido... no jeitinho português que desenrasca tudo, caro leitor!