(222) A reeleição de Bush (1): As Ondas de Choque
Dois candidatos, dois caminhos bem distintos! Os Americanos escolheram Bush pelas razões que só a eles dizem respeito. Kerry perdeu por nunca ter tido um rumo claro na política externa, por ser o candidato anti-Bush. O caminho está escolhido, o impacto no mundo vai ser forte.
- Europa: A reeleição foi um balde de água fria na Europa. Muitos líderes europeus, convencidos da derrota de Bush, paralisaram todas as iniciativas diplomáticas no Iraque. Agora a diplomacia europeia fica enfraquecida, quase subjugada, face à estratégia do Presidente reeleito. A única saída para a Europa, se quer ter voz nos próximos tempos, é unir-se. Duvido que consiga!
Ainda sobre a Europa quero sublinhar que, por termos uma única potência no mundo, não temos direito a votar nas eleições internas dessa potência. Querer interferir só fortalece o candidato atacado. A minha humilde sugestão é olhar para dentro e reflectir sobre alternativas para ter peso nas decisões mundiais, não esperar que os outros mudem de opinião. A Europa vive mesmo tempos de completa cegueira e hipocrisia sem saber que posição ter no mundo.
- Portugal: Sampaio tem esperança que o segundo mandato de Bush seja diferente porque já tem a experiência de um mandato. Pergunto-me com frequência se Sampaio ouve o que diz ou se está como os portugueses em geral, já nem tem paciência para ouvir o que diz. Já o Bloco de Esquerda vai ter de mudar de discurso e vai ter que mudar os cartazes demagógicos que tem espalhado pelo país. Sugiro uma reciclagem dos cartazes e a sua transformação em papel higiénico. Mas há outra lição e esta deve ser compreendida por Sócrates. Por pior que Santana pareça ele não pode ser o candidato anti-Santana mas sim uma verdadeira alternativa com convicções claras porque só assim o eleitorado troca o certo (por pior que este seja) pelo incerto.
- Quanto ao Mundo em geral: Vivemos tempos estranhos e perigosos mas não vamos dramatizar. As organizações terroristas perderam com esta eleição a eficácia mediática que tinham. Temos que estar atentos às mudanças de estratégia destas organizações pois estas vão estar mediaticamente enfraquecidas e, logo, mais perigosas porque mais imprevisíveis. O certo é que, tal como estão, perderam visibilidade. É uma oportunidade de ouro para desmantelar estas organizações e haver finalmente a preocupação com as causas destes fenómenos.
A escolha está tomada! Boa Sorte para todos nós! Sem dramatismo...
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