(225) Páginas Soltas (4): O Código Da Vinci, Dan Brown
“A cega ignorância é que nos engana. Ó míseros mortais, abri os olhos!”
Leonardo Da Vinci
Trata-se duma obra de ficção! É extremamente importante encarar este livro desta forma antes de dedicar umas palavras à análise da obra. Estando este ponto bem assente não posso deixar de sentir alguma estranheza pela polémica causada por este livro. Há várias suposições e pretensas revelações bastante curiosas cuja veracidade é, em alguns casos, aceitável e, noutros casos, discutível. Se a polémica centra-se nas supostas “provas” que a Igreja Católica tem “maquilhado” a história do homem lamento desiludir tudo e todos mas Dan brown não é pioneiro em abalar as fundações da religião. Haverá alguém que deixe de frequentar a Igreja por causa deste livro? A resposta é óbvia, até porque a fé tem como alicerce acreditar no improvável. Os testes à fé podem acontecer, até voluntariamente, nos próprios “erros” históricos visíveis aos crentes. Posto isto, relembro que estamos a falar duma obra de ficção e é assim que temos de encarar este livro. Se assim fôr não há polémica, há entretenimento.
A narrativa mais parece um guião de cinema já que a acção desenrola-se de forma quase gráfica na nossa imaginação o que torna o livro “leve” mas também um pouco previsível, já que estão presentes os lugares comuns que a sétima arte já nos habituou. O livro só se torna interessante quando aborda um sem número de curiosidades históricas que dão um ambiente místico à história. O phi, a Mona Lisa, a Última Ceia, o Santo Graal tornam a história curiosa. Mas acreditar em tudo o que Dan Brown afirma é também, ironicamente, uma questão de fé.
Aconselho a leitura deste livro para “exorcizar” a polémica que muito tem ajudado nas vendas do livro. Acima de tudo para aperceberem-se de como um bom golpe de Marketing é eficaz. Vou evitar as dezenas de “clones” deste livro e dedicar mais tempo ao estudo de questões teológicas já que este livro aguçou-me a curiosidade sobre alguns temas.
E a montanha pariu um rato...
7 Comments:
At 12:32 da tarde, Ricardo said…
Caro Micróbio,
Temos é um livro que pariu um milionário...
At 1:56 da tarde, Politikus said…
Grande livro... li-o ainda não estava há venda em Portugal, ainda não l em português, mas sei que a tradução está bastante boa. Levanta questões religiosas bastante polémicas, mas sustentáveis. (algumas)
At 9:54 da tarde, Anónimo said…
Um Romance Histórico com temas religiosos. Perfeito! Euromilhões à vista!
Porquê tanta polémica, livros contra livros?
Simples. Nos nossos dias, nos sec. XX e XXI depois de Cristo, temos a tendência de pôr em causa os Dogmas da Igreja, desacreditar a Igreja, fazer polémica barata para colher milhões.
Para quê tanta ignorância? A ciência que é absoluta, não é imutável, acham que os Dogmas da Igreja o serão?
Claro que não. Só o são para aqueles beatos analfabrutos, que interpretam à letra tudo o que vem na Bíblia.
O LIVRO, não foi escrito por uma única pessoa, é quase intemporal e é uma Maravilha. Um Romance, quem sabe?!
O que acham desta hipótese?
Jesus Cristo, é filho de uma Senhora da má vida, de Nome Maria, que engravidou de um falso enuco do Sudão, que quando pensava abandonar a vida leviana, encontrou um Homem, já maduro, Carpinteiro de profissão e de Nome José, que tendo pena Dela a desposou e criou o Filho como sendo seu, que teve uma infância difícil e se deixou tentar por Madalena, filha de uma antiga profissional do sexo, colega de Sua Mãe, que também ao engravidar de um qualquer, abandonou a vida e contou com a Solideriedade de Maria e a Bondade de José, que a deixaram viver na mesma casa.
Cristo iniciou-se com Madalena. Madalena iniciou-se numa orgia com metade da população masculina da Nazaré e 1/4 da feminina, mas Jesus não se importou, aceitou os bastardos, casou com ela, foram felizes e tiveram 6 filhos.
Acham que eu também tenho Hipóteses de ganhar ums milhões, escrevendo este Romance Histórico, baseado em factos reais ficcionados?
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At 10:23 da tarde, Ricardo said…
Caro Anónimo,
Acho que sim... basta apimentares mais um pouco a história e usares situações mais modernas. Pensa na possiblidade duma personagem transsexual e dum cão com tendências suicidas. O resto garante um best - seller imediato!
At 1:35 da tarde, Anónimo said…
Caro Ricardo.
Se é um Romance Histórico, tem a sua época, não terei de modernizar as coisas, sob pena de soar a falso, mas quanto aos transexuais, relembro-te que Maria Engravidou de " um falso enuco do Sudão ".
O que poderei acrescentar, que seria perfeitamente possível, era que Cristo, foi traído por Judas,devido aos ciúmes que este sentia de Pedro, o amante predilecto de Cristo, quando Jesus resolvia usar o seu lado feminino, pois era Hermafrodita, mas infelizmente estéril femininamente, não gerando descendência, embora haja a possibilidade de Arafat, um menino mulato, que vivia nas redondezas de Nazaré, na companhia única e inseparável de um cão, de comportamentos homossexuais, ser o filho de Cristo rejeitado por Madalena, por ciúmes e dado para adopção, mas que tragicamente ficou órfão, quando os seus pais adoptivos se suicidaram, por não terem dinheiro para pagar as contribuições aos Romanos, restando apenas o cão, que seguindo o exemplo de honra dos seus donos, atirou-se com eles do penhasco, mas felizmente só partiu uma perna, que com um toque da mão de Jesus ficou curado.
SERÁ QUE COM ISTO TUDO, JÁ DÁ UNS MILHÕES COM MAIS UM ZERO, À DIREITA OBVIAMENTE ?!!
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At 2:16 da tarde, Ricardo said…
Caro anónimo,
Acho que os zeros acumulam-se á esquerda porque rapidamente a tão ansiada obra que elaboras transforma-se numa novela mexicana que, como sabes, e da mesma forma que a Igreja Católica, não consegue competir com a Quinta das Celebridades. O melhor é negociares a capa com o Castelo Branco porque uma foto deste na cruz iria certamente aumentar as vendas.
At 5:38 da tarde, Anónimo said…
Caro RICARDO.
Eu não alinho em modernices, nem em mexicanizações, mas fica sabendo que andei a me informar com um eminente historiador da praça, que me afiançou que existe uma forte possibilidade de Leonardo da Vinci, ser PORTUGUÊS, natural da serra do GERÊS.
Zeros à esquerda ?!!!
Pois, pois..., só se te referes ao Sócrates, Carvalhas ou ao Louçã.
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