(317) O Debate (2)
Caricato: Quase vinte minutos a discutir boatos e nem um segundo a discutir Educação, Saúde, Justiça e Europa!
Impostos: Muito estranhas as propostas de Santana Lopes e José Sócrates. Ficamos a saber que a única alteração nas receitas é o combate à evasão fiscal. Santana Lopes falou em baixar alguns impostos o que acho que nem devo comentar. Sócrates não falou na fiscalidade diferenciada que tantas vezes sublinhou que estava no seu programa o que não deixa de ser estranho.
Pensões: Aqui estiveram os dois desastrosos. Aumentar despesa não é saudável nesta fase. Caricata foi a frase de Santana criticando a perspectiva Socialista de ajudar os necessitados e não ajudar na inserção no mercado de trabalho, porque falava-se de ... idosos! Em tom de brincadeira, já estou a ver o meu avô de martelo na mão a ajudar o Estado para poder ser ajudado! Não gosto muito de tiradas demagógicas e aquela do Sócrates que «Não peçam a um socialista para virar a cara para o lado quando existe pobreza», pode ter sido eficaz mas não sou grande adepto.
Função Pública: O debate foi tão averso a compromissos que fico quase sem assunto em todos os temas. Vou destacar o que retirei de positivo dos dois candidatos. Santana Lopes realçou a Central de Compras e deu a entender que ia manter o mesmo número de funcionários (após criticar o Governo Socialista por o ter subido) optando por reorganizar serviços. José Sócrates falou em moderação salarial, em modernização e rejuvenescimento, na redução de efectivos e no combate à burocracia. Muito pouco da parte de candidatos que tinham como obrigação a Reforma da Administração Pública: nada sobre promoções por mérito, prémios de produtividade, concursos nacionais, flexibilização dos despedimentos! Nada!
Continuo a análise no próximo post...
6 Comments:
At 12:50 da tarde, Unknown said…
Acho que há muita coisa a dizer sobre este debate.
Este debate foi o espelho da Nação.
Foi um debate sobre coisas secundárias entre dois homens que aspiram em mandar em coisas secundárias.
É que o Governo de Portugal cada vez mais é um lugar perfeitamente de segunda linha.
A política macro-económica está nas mãos de Bruxelas, a financeira está em Bruxelas e Frankfurt, a estrangeira está a caminho de ficar também em Bruxelas, etc.
O verdadeiro poder está em Bruxelas. A maior função de um Primeiro Ministro português é ser um bom lobista em Bruxelas, de forma a influenciar certas decisões a nosso favor.
O último Primeiro Ministro que tivemos bom nesta actividade foi o Guterres.
Santana Lopes é um desconhecido sem nenhum peso internacional, tal como o Sócrates.
E é por estas razões que eu acho que o debate foi interessante. Mostrou a inutilidade do cargo de Primeiro Ministro!
At 3:13 da tarde, Politikus said…
Análise correcta... Pouco mais há a dizer.
At 6:24 da tarde, armando s. sousa said…
Ricardo, análise correcta.
As matérias de importância vital, para os portugueses não foram, sequer afloradas.
Logo para mim, foi um debate nulo.
At 10:20 da tarde, mfc said…
Foi sensaborão, desinteressante e fraquinho.
At 3:13 da tarde, boavida said…
Esse debate não valeu.Eu já o esqueci.
Cansado de ver tanta informação perder-se e saturado da vida de navegante errante, decidi instalar-me "na mesa do costume" onde terei muito gosto em recebê-lo e oferecer-lhe a bica.
Apareça. Pelo que conheço de si, penso que vai gostar!
At 5:34 da tarde, arte said…
E tudo continua na mesma!Quem tinha dúvidas sobre os grandes problemas do país vai continuar com elas de tão desinteressante foi o debate.Arte por um Canudo.
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