Filho do 25 de Abril

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domingo, julho 03, 2005

481. Produtividade: Educação e Inovação (3)


Salvador Dali - The Dream of Christopher Columbus

A produtividade não aumenta por decreto. Não basta decidir que em 2 ou 3 anos vamos resolver o problema da competitividade porque é um trabalho que tem que ser persistente e longo. E é muito mais fácil dar cabo da produtividade do que fomentá-la...

E aqui surgem os nossos problemas estruturais. Nós não somos intrínsecamente pouco produtivos. Os portugueses, trabalhadores ou estudantes, que emigram têm geralmente bons resultados no que toca à avaliação do seu desempenho.

Por isso é que surge uma questão pertinente, leia-se, porque é que as empresas industriais ou de serviços não conseguem absorver essa capacidade intrínseca de produtividade dos portugueses?

Eu avanço uma possível explicação! Há uma certa megalomania na nossa educação em Portugal. Falando da área que conheço, a economia, estamos preparados para teorizar sobre as mais impressionantes teorias económicas inventadas por um prémio Nobel que vive do outro lado do mundo. Mas não estamos preparados para preencher um formulário de IRC. Claro que o ensino teórico é excelente e claro que a capacidade de adaptação é boa mas este tipo de ensino está divorciado dos interesses específicos das empresas portuguesas. Não há em Portugal redes formais ou informais de cooperação e não falo só das empresas com as universidades e vice versa.

Agora vou partilhar duas curiosidades que o meu irmão me contou! Uma é sobre o tipo de investigação que se faz na FEUP. Há professores de economia que insistem com o estabelecimento de ensino de engenharia que a investigação que lá se faz não é boa para a economia portuguesa, isto é, não interessa desenvolver e financiar tecnologia de ponta quando as empresas portuguesas não a conseguem absorver. O que acaba por acontecer é que os investigadores ganham prémios (alguns monetários) e vendem a frágil patente para o estrangeiro. O que é que o Estado (no fundo Portugal) ganhou com esta política? Colectivamente muito pouco. A outra história tem a ver com o excelente curso de Engenharia Aeronáutica (também há um Curso Avançado de Medicina Aeronáutica) que existe em Portugal. Parece que o curso é tão bom que até exportamos recursos humanos para a NASA. Mas a realidade é que, salvo raras excepções, não capta valor acrescentado para o nosso país. Na Coreia, acrescentava o meu irmão, a inovação resume-se a encontrar soluções práticas para problemas específicos das empresas. Não em investigar o sentido da vida ou a fusão a frio, acrescento este pequeno exagero. Não está em causa o mérito individual dos investigadores mas a falta de estratégia e cooperação global!

Acho que são tópicos de discussão importantes porque, sem duvidar da capacidade dos portugueses, parece óbvio que falta planeamento estratégico e cooperação. E isso necessita duma certa continuidade nas nossas políticas. E principalmente dum sentido de Portugal como um todo onde as universidades e as empresas são parceiros dum objectivo mais amplo, isto é, o Bem Estar individual conciliado com o Bem Estar colectivo...

(Continua...)

16 Comments:

  • At 1:11 da manhã, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    Não podia discordar mais de ti!...

    Para já, em tudo o que dizes, falas como se a produtividade fosse qualquer coisa de individual, qualquer coisa que dependesse de mim e de ti.
    Nada mais falso, a produtividade depende da capacidade de trabalho de cada um e, principalmente, do capital!
    A Autoeuropa, por exemplo, tem uma alta produtividade, a produtividade de um trabalhador da Autoeuropa é muito superior à do empregado da pastelaria onde eu costumo tomar um café todas as manhãs.
    E porquê? Porque o trabalhador da Autoeuropa trabalha mais do que o do café? Não, porque no café o investimento por cada posto de trabalho provavelmente nem chega aos cinco mil Euros e o investimento por posto de trabalho na Autoeuropa deve ter sido, pelo menos, umas cem vezes superior!
    E aqui é que está o grande problema da produtividade portuguesa, falta de capital. Em Portugal a dimensão das empresas não lhes permite ter capital suficiente para ter grandes produtividades.
    Competeria a todos nós, isto é, ao Estado, intervir para inverter esta situação. Infelizmente isto está lhe vedado pela Comissão Europeia.

    Quanto ao ensino, também não podia discordar mais.
    A teoria de que compete ás Universidades fazer formação profissional é absurda e só conduz ao desastre.

    Quanto a, como dizes, o máximo que se consegue é vender a patente ao estrangeiro, tomara que fosse. Portugal tem um indíce muito baixo de registo de patentes.

    Por fim não dês exemplos que não conheces como o da Coreia do Sul...

    Um abraço,

     
  • At 1:16 da manhã, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    Já me esquecia.
    Uma das causas da baixa produtividade portuguesa foi a política seguida nos anos negros do cavaquismo.
    Nessa altura tinha-se acabado de entrar para a então CEE e foi feita uma imensa campanha de propaganda tipo a Europa connosco.
    Deitou-se fora o resto do Mundo e aquela luminária do Cavaco convenceu-se de que se mantivesse Portugal com baixos salários grande parte das fábricas da Europa deslocava-se para cá.
    Só que a queda do muro de Berlim e da União Soviética estragou-lhe todos os planos.
    Foram dez anos perdidos, pior, foram dez anos em que andamos para trás.

    Um abraço,

     
  • At 10:00 da manhã, Blogger pindérico said…

    Às vezes, de tanto querer procurar, esquecemo-nos dos nossos próprios bolsos. E quantas vezes lá está o que procuramos!
    O grande responsável pelos nossos problemas de produtividade, na maior parte das nossas empresas, não será mesmo o mercado? Ou, mais precisamente, a inadequação da estrutura produtiva às características do mercado?

     
  • At 1:01 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ricardo,


    A educação é a base, o alicerce, de uma sociedade que se quer livre e próspera ou, pelo contrário, de uma sociedade que se quer esclavagista.

    Nietzsche descreveu as grandes linhas de uma sociedade futura (agora presente?) como uma ressurreição da sociedade esclavagista antiga e afirmou que «quem quer os fins quer também os meios. Se queremos escravos, é insensato dar-lhes uma educação de senhores».

    Os melhores alunos são os que interiorizam mais facilmente os valores e os comportamentos que servem os interesses dos grupos dominantes, precisamente, por serem incapazes de os pôr em causa; servem os "amos" de uma forma eficiente, ou seja, os melhores são, precisamente, os medíocres. Como salienta Erich Fromm, «os alardeados alunos excelentes são os que conseguem repetir com maior exactidão as afirmações que lhes foram transmitidas. O que não aprendem é a questionar essas afirmações, ver contradições, omissões ou valores».

    Hoje, ao contrário do que se possa supor, inventa-se formas para prorrogar o prazo do confronto com a realidade e submete-se os jovens a cursos e mais cursos: licenciaturas, cursos de formação, cursos de pós-graduação, mestrados, doutoramentos, pós-doutoramentos..., quando a verdadeira questão não reside na intenção de conferir uma mais profunda e mais útil qualificação e competência, mas, outrossim, em proteger certos lobbies e na falta de emprego!

    O famigerado "exército de reserva" de licenciados serve, precisamente, para fazer desvalorizar o trabalho intelectual e, pelas leis da oferta e da procura, fixar o seu preço a um nível mínimo.

    O maior inimigo do poder instituído reside na combinação da inteligência e do conhecimento! Logo, é envidado todo um esforço para que o número de indivíduos que reunem estas condições seja muito limitado!...

    A sociedade tem que se vista como um todo e a Escola faz parte do aparelho ideológico do Estado.

    Um beijo,

     
  • At 1:12 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Não estava à espera de algo diferente do que a tua discordância. Só estamos de acordo em apresentar os nossos argumentos de forma civilizada e que Portugal tem que ser melhor e em pouco mais.

    Eu chamei à atenção neste post da necessidade de haver uma teia de instituições que faça cooperação logo não olho para a produtividade como algo individual. Aliás nós individualmente pouco ou nada podemos fazer.

    Eu estou, bem ou mal, a lançar uns pontos de reflexão que tento separar por categorias o que nem sempre funciona bem. Mas, por isso, não vou falar directamente do capital sempre. Mas indirectamente está lá, por exemplo, quando falo da incorporação da inovação na empresa estou a falar de capital. E também quando falo que a culpa não pode ser concentrada no trabalhador também estou a criticar indirectamente a má gestão do capital.

    A quaestão do investimento também será por mim tratada se houver tempo e energia para acabar esta epopeia da produtividade. Mas falar de produtividade e da sua relação com o capital acaba por trazer muitos temas paralelos como a origem do capital e que capital incorporamos. E é isso que tento fazer.

    Eu não disse que as Universidades têm que fazer formação profissional. Mas as Universidades estão inseridas numa sociedade e têm que preparar, ao mesmo tempo, o futuro trabalhador a mudar a sociedade mas também a se inserir nela. Esse equilíbrio não existe como se as Universidades fossem ilhas no meio dum país. No mercado de trabalho e na inovação defendi a cooperação, não a subjugação.

    Quanto à Coreia estou desejoso que me ilucides sobre o país e, no confronto de ideias, vamos discordar muitas vezes mas vais ver que sabemos os dois o suficiente para iniciar uma discussão.

    Abraço,

     
  • At 1:16 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Esqueci-me de comentar o segundo comentário. Concordo que os anos das oportunidades perdidas foram os anos do Cavaquismo, em todos os aspectos. E ainda hoje estamos a pagar a sua falta de visão e a forma como viciou os sectores do Estado com compadrio e regras paralisantes.

    E também é obvio que o nosso caminho não pode ser baseado em salários baixos. Por isso surge a produtividade pela qualidade e eficácia e não só pelos custos.

    Mas o que é passado não deve ser esquecido mas também não deve ser fonte de lamúria constante...

    Abraço,

     
  • At 1:22 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Parsec,

    Não conheço bem como operam os negócios da SONAE e da PT no Brasil. O primeira empresa é uma empresa de distribuição e o recurso à tecnologia existe mas é facilmente exportada e/ou imitada. Julgo que a SONAE, no Brasil, não tem o poder de mercado que tem aqui com os fornecedorese só por isso deve estar a operar com outra estratégia.

    Quanto à PT julgo que o que exportou foi a sua experiência de gestão do sector. Mas desconheço os pormenores da experiência. Presumo que, como fomos o primeiro país do mundo a inventar o cartão pré pago nos telemóveis que, antes através doutra empresa imitadora ou agora através da PT, tenhamos exportado essa tecnologia. É um exemplo dum espírito inovador que é facilmente imitável e que acaba por não trazer vantagens competitivcas por muito tempo. Só aumenta o ego nacional.

    Fica bem,

     
  • At 1:27 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Faço minhas as palavras de Anastácia. Aliás, copiei o comentário dela para o meu blog. E lancei-lhe um repto. Queremos o livro.

     
  • At 1:33 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Pindérico,

    Quando aprendi na escola o que era a sociedade descobri que era uma forma de organização das pessoas que permitia que o senhor no meio do deserto recebesse um peixe e por aí fora.

    Mas ás vezes olho para a nossa sociedade e acho que ninguém sabe e/ou quer cooperar. Outro dia ouvia, num fórum, que em Inglaterra havia um conjunto de restaurantes numa rua. Se entravas num restaurante e este estava cheio o empregado mandava-o para o restaurante ao lado ou o da frente. E todos fazem isso. O empregado do restaurante se obrigasse o cliente a esperar 30/45 minutos pela refeiçaõ ia provocar que ele nunca mais viesse a esse restaurante. Assim faz com que as pessoas saiam sempre satisfeitas e que voltem.

    Exemplos a importar?

    Abraço,

     
  • At 1:44 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Anastácia,

    "Os melhores alunos são os que interiorizam mais facilmente os valores e os comportamentos que servem os interesses dos grupos dominantes, precisamente, por serem incapazes de os pôr em causa"

    Esta frase transborda razão! Mas confesso que, em Portugal, não percebo como funciona esta lógica! Porque, a ser verdade esta frase, pode parecer que os grupos dominantes não querem que Portugal sai do sítio. Será a melhor maneira de defender os pequenos feudos dos grupos de interesse em Portugal? Acho que, a ser verdade, era uma tremenda falta de visão!

    "O famigerado "exército de reserva" de licenciados serve, precisamente, para fazer desvalorizar o trabalho intelectual e, pelas leis da oferta e da procura, fixar o seu preço a um nível mínimo."

    Acho que outra distorção da nossa sociedade está mesmo aí. Numa sociedade que não absorve tantos licenciados só se explica o seu excesso por questões de mão de obra barata. Por isso os médicos protegem a classe de mais licenciados prejudicando o utente mas protegendo os seus salários. A grande questão é porque é que se abandonou a formação profissional em Portugal no pós Revolução? Mas as "mães de Portugal" preferem os seu filho advogado desempregado do que o seu filho canalizador a ganhr 2500€/mês...

    Adoro a tua visão do mundo. Lírica e romântica! Mas não consigo deixar de ser pragmático, mas não queria deixar de sonhar...

    Um beijo,

     
  • At 1:47 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Subscrevo as tuas palavras. E quero comprar esse livro ou que já existe ou que pode existir. Tenho honra em ter a Anastácia como comentadora regular deste espaço. Contribui para lançar discussões que, à partida, eram pouco óbvias mas que fazem toda a lógica.

    Já agora também te lanço o desafio, caro TNT, de permitires comentários no teu blogue e não só no mail. Era uma forma de fazeres explodir todas as discussões.

    Abraço,

     
  • At 2:08 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Ricardo,

    No que toca a comentários, nem pensar. Seria uma rebaldaria de todo o tamanho, como já foi no passado. Quem quiser comentar, pode postar no seu blog com link e eu vou lá ter.

    No resto, apoio o teu comentário à Anastácia, acho mesmo que deveria haver um pós-doutoramento em canalizações para os licenciados, passando os canalizadores a ser tratados por senhores doutores. Acabava o desemprego de licenciados. Mas será que a culpa é das mães ou dos "filhos da mãe" que as convenceram que estavam a fazer o melhor para os filhos? É que esses canalizadores-doutores já desperdiçaram muito tempo, podiam ter começado aos 16 anos e sá vão começar aos 40. Filhos da mãe!!!

     
  • At 3:07 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Os comentários saem muitas vezes do nosso controlo, é verdade. E muitas vezes o nível não é o melhor.

    Quanto às "opções educativas" nem vale a pena encontrar culpados mas tentar que haja o encontro, no futuro, entre as nossas necessidades e o tipo de ensino!

    Abraço,

     
  • At 5:46 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Coloquei há momentos om comentário a propósito dos chineses.E os chineses fizeram-me lembrar um dos principais problemas que temos. eles trabalham em rede mesmo cá em Portugal, aliás como os Ismaelitas, por isso são tão bem sucedidos.Penso que recursos, e crãneos, estão cá.Agora é cada um o seu altarzinho, o seu pedestalzinho, esbanjamento de dinheiro, acções dupli/triplicadas, dificuldade de avaliação.
    Há uns anos um sobrinho meu foi enviado (prof. L.Antunes) a um Hospital Francês para uma análise do ãmbito neurológico.De imediato foram enviados todas as informações de Sta Maria por DHL, em portugês.Ver tudo.Ficámos estarrecidos, iam ser dias!O puto entrou ás 8H00,foi apresentado ao médico responsável( que já estava a par de tudo), este fez vários telefonemas a colegas, o puto acompanhado sempre pela mãe e uma enfermeira, correu todas as especialidades, fez todos os exames, ás 17H00 os diversos médicos reuniram-se e explicaram á minha irmão o que sabiam de certeza, o que tinham duvidas,apresentaram-lhe Estatisticas que indicavam a evolução (% de positivas,%de negativas) de disfunção, entregaram-lhe a papelada toda, julgo que pelo meio ainda fizeram um telefonema ao L.Antunes,a sua opinião sobre o futuro acompanhamento, e cumprimentos ao Dr.L.Antunes!Agredeciam que qualquer desenvolvimento desviante do previsto fosse comunicado.Eram 18H00.A minha irmã, com alguma experiência na matéria, ainda hoje jura a pés juntos, que aquele acto pdia ser perfeitamente realizado em Portugal.Falta....é o que temos de discutir.
    Nota importante: depois da indicação do L.Antunes o Min. da Saude só autorizou o pagamento das viagens e da estadia ao puto(tinha 3 anos), a mãe não estava incluida.ISTO É VERDADE.

     
  • At 1:24 da manhã, Blogger Ricardo said…

    C. Indico,

    A cooperação que eu falava no post e nos comentários existe, de facto, entre a comunidade chinesa. Não há supermercado ou loja que pertença aos chineses que nãos disponha dos mesmos produtos e marcas. É impressionante.

    Quanto ao caso que contaste é, a todos os níveis, surpreendente. Eu não quero especular sobre a situação mas parece-me óbvio que falta ... (também acho melhor não desenvolver)!

    Abraço,

     
  • At 4:45 da tarde, Blogger José Carrancudo said…

    O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

    Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.

    Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.

     

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