513. Semi Regresso
Já estou de volta. Dez dias voam a uma velocidade espantosa. A minha viagem foi na Europa (Não, Raio, a minha saúde mental está intacta) e até fui apanhado (não é, Ruvasa?) a consultar blogues na Hungria. Como não tenho por hábito falar da minha emocionante (coufgh, coufgh) vida privada em "público" e muito menos das aventuras nocturnas (he he), resta-me aqui deixar umas impressões gerais sobre as principais cidades que visitei:
Viena - É a cidade dos palácios, cuja beleza e austeridade são contagiantes. Foi a fase da viagem que gostei mais, tanto pela beleza e organização da cidade durante o dia como pelo ambiente nocturno. O calor atrapalhou um pouco (perto ou até 40 graus durante alguns dias) mas não impediu que conseguisse visitar tudo o que queria e aproveitar a diversidade de opções que a cidade oferece aos seus habitantes e visitantes. Fica, para mim, como uma cidade modelo;
Bratislava - É impossível ignorar a pobreza que atravessa a cidade. Na Europa andamos pequenas distâncias e verificamos diferenças abismais entre estilos e condições de vida. Fiquei, todavia, encantado com a simpatia dos eslovacos em contraste com a frieza dos austríacos;
Budapeste - Talvez uma das cidades mais estranhas que visitei. Cheguei num sábado à noite e na véspera do Grande Prémio de Fórmula 1 em Hungaroring (finalmente percebi o frenesi que a Fórmula 1 provoca numa cidade) e o primeiro impacto foi de espanto (para não usar outras palavras). O turismo sexual via-se por todo o lado, duma forma bastante agressiva. Apesar de, nas noites seguintes, o ambiente tenha ficado mais calmo nunca ultrapassei a imagem que Budapeste tem uma noite pesada. Quanto à cidade em si é extremamente cénica (como Praga que visitei o ano passado) apesar da gestão do património histórico ser um pouco como a portuguesa, leia-se, algo negligente (ao contrário de Viena). A cultura e o os equipamentos desportivos são bastante acessíveis aos turistas e habitantes da cidade. Apesar de ser uma cidade com clara vitalidade não posso dizer que fiquei rendido mas o cansaço e a ordem da viagem podem ajudar a explicar esse estado de espírito.
Agora estou de volta. O Porto estava deserto à minha espera e com um odor de terra ardida que dificultava a respiração. É impressionante como os incêndios nos arredores do Porto cobrem o centro da cidade num manto de fumo. Já "matei" saudades do café e da água, os dois produtos que o turista português mais sente falta. A comida portuguesa, apesar de ser das menos saudáveis do mundo, também deixa saudades. Nos próximos dias o blogue ainda vai estar em regime de semi férias e as fotos da viagem vão dominar este espaço.
12 Comments:
At 2:28 da tarde, Unknown said…
Ricardo,
A comida portuguesa ser das menos sauáveis do Mundo? Onde é que foste descobrir esta?
Ou já andas pelos Macdonalds pensando que são restaurantes portugueses...
Espero que te tenhas divertido nas férias. Se o conseguistes é de os parabéns pois pelos sitíos onde andastes...
Um abraço
At 3:05 da tarde, Anónimo said…
Comida portuguesa pouco saudável? Só se for a portoguesa. Quanto mais a norte, pior. Se calhar andaste a comer batatas cozidas e salsichas de viena o tempo todo. Sê bem-vindo.
At 6:43 da tarde, armando s. sousa said…
Sê benvindo Ricardo.
E a comida tradicional portuguesa, é uma das mais saudáveis do mundo.
Um abraço e bom fim de semana.
At 7:51 da tarde, Ruvasa said…
Viva, Ricardo!
Gosto de te ver de regresso.
Qual é melhor? Buda ou Pest?
Abraço
Ruben
At 12:57 da manhã, Ricardo said…
Raio, TNT e Armando,
A minha afirmação, polémica pelos vistos, em relação à comida merece, de facto, algumas explicações extra. Eu cresci na Madeira, terra onde se come bom e muito peixe, onde os legumes são servidos em quantidade e a fruta tem qualidade e diversidade. Deve ser pela "moda" dos discursos independentistas e excluí a Madeira de Portugal.
De facto o TNT tem razão... a comida PORTOguesa e do Norte em geral é que é extremamente desequilibrada. Experimentem almoçar no Porto, num qualquer restaurante de média qualidade, e desafio-vos a conseguirem comer uma refeição saudável. Peçam legumes e verão a cara de horror que passa pelo empregado que está mais habituado a misturar as batatas fritas com o arroz.
Raio, obrigado pelos Parabéns. De facto diverti-me. E, apesar de seres o meu mais antigo blogamigo, confesso que continuo a achar enigmáticas as tuas declarações em relação a países da Europa. Terás conhecido Satanás numa das esquinas medievais da Europa para te horrorizar umas férias lá?
Abraço(s)
At 12:59 da manhã, Ricardo said…
Ruvasa,
É bom estar de volta! Eu apaixonei-me por Viena, mais do que por Buda, Óbuda ou Peste. Mas entre Buda e Peste que venha Buda, um pouco mais afastada do turismo sexual agressivo da cidade.
Abraço,
At 1:32 da manhã, Unknown said…
Ricardo,
Na Madeira só comi espetadas e bifes creio que de espadarte.
Gostei de ambos.
Quanto à Europa eu dantes até gostava, viajei por algumas nações aqui ao lado, Galiza, País Basco, Andalusia, Catalunha e fui mesmo mais longe, França, Bélgica, Alemanha, Liechtenstein, Aústria, Itália, antiga Checoslováquia e, claro, Reino Unido.
Mas actualmente em que nos estão permanentemente a martelar com Europa, Europa, Europa, já a deito por todos os poros e não imagino férias na Europa, férias para mim é num local remoto onde não possa ouvir falar da Europa.
Como vou fazer a meados deste mês em que arranco para o outro lado do Mundo.
Um abraço,
At 1:53 da manhã, Ricardo said…
Raio,
Sem recusar outras oportunidades que possam aparecer (porque nunca sabemos para onde o vento sopra) ainda quero ir aos países Bálticos, à Holanda e aos países nórdicos antes de viajar para outros locais. Tem a ver com os meus interesses...
Espero que descanses, de facto, a tua mente do tema Europa... porque és a única pessoa que conheço que vive obcecada com isso.
O que eu espero é que haja sempre hipótese de ir visitando o mundo porque viajar, sem dúvida, é uma experiência enriquecedora.
Abraço,
At 1:24 da manhã, Unknown said…
Ricardo,
Deves conhecer pouca gente. A maior parte das pessoas que eu conheço está farta da "Europa".
Aliás, dá uma volta pelas agências de viagens e vê os anúncios de férias... a Europa está nitidamente em baixa. Excepto talvez na agência de viagens do El Corte Ingles...
Quanto a ti, desculpa intrometer-me, mas talvez fosse útil conheceres novos horizontes e largares esta Europa que te obceca...
E, termino este comentário com o fim de um poema bastante conhecido:
"Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"
Um abraço
At 10:20 da tarde, Anónimo said…
Caro Ricardo.
Seja bem vindo. Quanto a comidas saudáveis, ou não, temos que partir do principio de que a vida é finita e curta, por isso, comida desiquilibrada, só aquela que não nos sabe bem!
Um abraço.
At 12:43 da manhã, Ricardo said…
Caro Velho,
De acordo! Mas acrescento que, mesmo conhecendo a minha mortalidade, sabe-me bem quando como comida saudável bem confeccionada.
Abraço,
At 10:26 da manhã, José Fernandes dos Santos said…
Bom regresso e parabéns pelas belas fotos.
Quanto à comida posso garantir que não há nada melhor que a portuguesa. Vão por mim!
Um abraço,
JFS
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