Filho do 25 de Abril

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quinta-feira, julho 21, 2005

507. Campos e Cunha




Confesso que foi com alguma surpresa que recebi a notícia da demissão de Campos e Cunha. Em primeiro lugar porque acho que estava na direcção correcta e em segundo lugar porque esperava que tivesse o apoio incondicional do Primeiro Ministro. Eu já referi várias vezes que o país não deve ser governado a partir das Finanças mas eu acho que as medidas até agora apresentadas, com excepção do aumento da taxa do IVA, iam na direcção correcta. Adicionalmente já contava com uma segunda vaga de medidas de redução das despesas sociais já no próximo Orçamento. Talvez esta segunda vaga explique o mal estar no executivo.

Mas o PS, e o país, têm que se habituar que não podemos continuar a viver acima da nossa produtividade e que, dos anos 80 para cá, tornamos o Estado excessivamente pesado e protector no mau sentido. Isso porque os serviços públicos estão ineficientes e a protecção social num mar de fraudes e regimes especiais inaceitáveis perante a nossa produtividade. O novo Ministro das Finanças, que conheço da faculdade, é um bom nome mas não sei se vai ter a força suficiente para prosseguir a contenção que é inevitável.

Campos e Cunha nunca me pareceu um político. Admirei sempre isso. Mas pareceu-me algo frágil no combate feroz, político e pessoal, que a oposição travou com ele. Por isso dificilmente seria um ministro duradouro. Mas nunca pensei que a sua passagem fosse tão breve pelo executivo. De qualquer maneira o meu obrigado pelo papel que teve enquanto ministro. Não tenho nada (ou quase nada) a apontar de negativo no seu curto trabalho.

20 Comments:

  • At 11:54 da manhã, Blogger Unknown said…

    Campos lá vai e só deixa saudades na oposição onde passou de besta a bestial num ápice.

    Temos de ter consciência de que os economistas estão a paralizar o país (este e outros).

    Por mim, com a longa noite cavaquista, fiquei farto de economistas!

    A saída de Campos e Cunha é uma boa notícia porque mostra que o nosso Primeiro Ministro não se deixa enredar pelos cantos paralisantes dos professores de Economia.

    A função de um Ministro das Finanças é a de ajudar e apoiar o Primeiro Ministro a cumprir o seu programa de governo e não a sabota-lo ou a mandar para os jornais recados subliminares.

    Espero que o novo Ministro das Finanças tenha aprendido a lição.

     
  • At 12:39 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Como deves ter lido neste post e não é uma novidade eu acho que o país não deve ser governado a partir das finanças. Mas isso é diferente de eu dizer que há medidas que não deviam ter sido feitas. Por isso, e com excepção do aumento do IVA, não tenho nada a apontar ao ministro cessante.

    Obviamente que, hoje em dia, não é fácil ter-se esta pasta porque está enraizado na Comunicação Social e na população o objectivo do défice acima de tudo. Acho isso negativo sem colocar em questão que o défice tem e deve ser controlado com o máximo rigor. Por isso o Ministro das Finanças tem a tentação de gerir todas as políticas do Governo o que, naturalmene, sai das suas funções óptimas.

    "A saída de Campos e Cunha é uma boa notícia porque mostra que o nosso Primeiro Ministro não se deixa enredar pelos cantos paralisantes dos professores de Economia."

    Raio, o próximo Ministro das Finanças é um Professor de Economia. Espero que não estejas farto dos economistas porque era sinal que estás farto de vir aqui. E não é verdade que estes não são úteis. Se pensares bem tudo é economia. Desde o cálculo que é feito no pagamento da água até à maneira como um empresário se comporta tudo passa pelas regras da economia. Só assim avançamos, isto é, só assim tem sido possível produzir um conjunto diverso de passos em frente porque, como sabes, só quando a economia em sentido lato consegue tornar um produto ou serviço eficiente é que este passa a ser utilizado. Temos inúmeros exemplos de boas ideias noutras áreas técnicas que nunca poderam ser utilizadas porque não conseguiam ter viabilidade económica. Tudo é economia, feliz ou infelizmente.

    Abraço,

     
  • At 7:25 da tarde, Blogger Pedro F. Ferreira said…

    Ricardo, vou economizar nas palavras :) Cunha foi, para mim, um mau ministro. Mas o novo também não começou da melhor maneira.
    http://as2x3.blogspot.com/2005/07/honra-rigor-lealdade.html

     
  • At 8:06 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Quem manda nisto ( inclusive no Governo (?) ) é a Máfia da Construção.

     
  • At 9:38 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Se se mantiverem as medidas que se estão a implementar em Portugal, não tarda nada, teremos todos os indicadores de um país sudesenvolvido!

     
  • At 11:08 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Anónimo e hémnon:
    Estou a repetir-me.
    Comprem uma viagem para a R. Dominicana, aluguem um carro e saiam do resort.
    ATENÇÃO:é perigoso!,todas as agências bacárias têem 2 ou 4 tipos com shot-guns,............................................
    agora tenho que sair.
    Mas volto ao tema. De qq modo olha para o Brasil, a roubalheira, o Lula ,Nós país do 3º Mundo?.Do 4º temos, sabes qual é?

     
  • At 12:12 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Apesar de não poder jamais concordar que alguém possa usufruir dos privilégios de Campos e Cunha, nunca me preocupei com a sua situaçao particular. Se se investigar mais, ver-se-á que há muitos mais "filhinhos do papá". Preocupo-me muito mais com afirmações de um Metelo que reconhece, ouvi hoje na TSF, que não se deve brincar com os interesses das corporações. Estamos a falar de milhares de milhões de euros, e que ninguém se atreva a defrontar esses interesses. Um aviso claro ao Zé Pagode, que paga para isso tudo. O Sr. Metelo que pondere bem as suas afirmações. O Zé pode despedi-lo.

     
  • At 11:20 da manhã, Blogger Unknown said…

    Acho extremamente cansativo todos estes textos sobre o nosso país.
    Somos do terceiro ou do quarto mundo, somos nabos, somos incapazes, somos isto e aquilo.
    Tudo isto só mostra um terrível provincianismo que nos vem desde há muito tempo.
    Portugal é um dos países mais ricos do mundo.
    Existem cerca de 200 países e territórios autónomos no mundo.
    Seja qual for o critério utilizado Portugal está quase sempre entre os trinta primeiros, portanto bem instalado a meio do quartil superior.
    O pior é que existe nitidamente uma manobra concertada para nos despromover, manobra essa que começa a estar entranhada na nossa cultura.
    Notícias como as de hoje, a do Paes do Amaral ter vendido 30% do seu grupo de Comunicação Social a espanhóis (com uma opção sobre o resto) só podem piorar este panorama!

     
  • At 3:05 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Nunca pensei que o mundo estivesse tão atrasado! Se Portugal, com o nível de corrupção que tem, com as enormes desigualdades e assimetrias, com mais de 20% da população a viver abaixo do nível mínimo de subsistência, com os elevados níveis de toxicodependência, com um elevado número de pessoas infectadas com o HIV, com as enormes listas de espera (para consultas e intervenções cirúrgicas) nos hospitais, com um elevado número de excluídos, etc e tal, está nos trinta primeiros, então, este planeta está entregue à bicharada!

     
  • At 5:47 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Anónimo

    Se não te importares, tem um pouco de mais maçada do que eu e muda o teu nome, pois o anónimo por estas bandas costuma ser eu.

    Agradecia-te encarecidamente, para eu não ter muito trabalho.

    Um abraço

     
  • At 6:17 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro anónimo:

    Acontece que eu sou um simples cidadão anónimo. Mas, como não queres ter trabalho (tão pouco sei o que esta palavra possa querer significar) passarei ao total anonimato que tanto prezo. Este teu pedido é consentâneo com os valores vigentes: "anónimo há só um, eu e mais nenhum". Viva o monopolismo!

    Um abraço

     
  • At 8:37 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Já não se pode ser economista, quanto mais ANÓNIMO!!!
    Gostei desta troca de palavras!!!eh,eh,eh....

     
  • At 5:27 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Viva caros comentadores residentes,

    Houve aqui vários comentários de natureza diferente e cabe-me adicionar que:

    1. Não achei Campos e Cunha um mau ministro. Vou aprofundar este tema amanhã porque quero também sublinhar a inevitabilidade da sua substituição;

    2. Não somos um país do terceiro mundo mas também estamos longe do nosso potencial. O que é preocupante é a nossa incapacidade actual de aproveitarmos o nosso potencial. E por isso, como sabem, defendo que a paralisia tem mais a ver com a dificuldade em nos adaptarmos a um mundo globalizado do que propriamente estarmos na UE;

    3. Anónimos ou anónimo, o nome pode significar muito pouco mas sempre cria uma identidade. Deviam reflectir nisso apesar de agradecer o momento surrealista que provocaste/provocaram.

    Abraço(s),

     
  • At 4:23 da tarde, Blogger Unknown said…

    A um dos anónimos,

    "Portugal, com o nível de corrupção que tem"

    Nem sequer por padrões europeus é elevado. Está abaixo de outros países europeus como Itália ou Grécia. É sensivelmente igual ao de Espanha e levemente abaixo do de França.
    Embora tenha piorado com os governos de Durão...


    "as enormes desigualdades e assimetrias"

    Há muito, muito pior.

    "com os elevados níveis de toxicodependência"

    ??? é mais baixo do que, por exemplo, na Suiça.

    "com um elevado número de pessoas infectadas com o HIV"

    ??? depende dos critérios utilizados.


    "com as enormes listas de espera (para consultas e intervenções cirúrgicas) nos hospitais"

    Não são piores do que as da Irlanda, Reino Unido ou Canadá...

    Este comentário do anónimo revela um imenso provincianismo. O daqueles que acham que passada a fronteira está tudo bem.
    É triste, muito triste e, com a Comunicação Social cada vez mais na mão de estrangeiros, este tipo de intoxicação tende a aumentar pois prejudica o nosso desenvolvimento e torna as empresas portuguesas mais baratas para os estrangeiros.

    É uma desgraça ver portugueses, mesmo anónimos, a alimentarem esta propaganda.

    Um abraço

     
  • At 7:55 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Raio:
    A corrupção nem se devia comparar. Ou é suficiente não estar entre os primeiros corruptos? A corrupção, mesmo em grau "moderado", corrompe a democracia. Se os políticos não mostrarem empenho em bani-la, legislar de forma a impedir que exista, vão, mais dia menos dia, para Caxias.

     
  • At 12:46 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Ricardo,

    Isto está muito interessante, é fácil perceber que, perante hipotéticos cenários futuros - sendo o futuro sempre incerto, neste contexto, o grau de incerteza é indesmentivelmente superior -, as pessoas avançam e recuam nas opiniões que emitem.
    Penso que já me permiti dar uma humilde opinião sobre as medidas tomadas por este governo: considero-as contrárias à conjuntura económico-social do país. Ou seja, aplicar medidas contraccionistas ou restritivas, numa fase em que a economia está muito longe de estar em expansão, pode ser fatal, podemos entrar numa recessão.
    Por outro lado, se o estado se vê obrigado a combater o défice e, em consequência, a diminuir as despesas e/ou aumentar as receitas, por certo, não estará correcto fazê-lo à custa dos mais carenciados e de quem tem rendimentos fixos, por um lado, e, por outro, lançar-se em obras megalómanas.
    Até hoje, muito embora vivamos em "democracia", ainda não houve uma informação abalizada sobre qualquer estudo que pudesse ter sido feito de custos/benefícios para os anunciados projectos. E, falar-se em referendos (que estão fora de questão) sem essa informação prévia, é, no mínimo, algo surrealista.
    Ora, os portugueses podem ter que se deparar com mais uns elefantes brancos para "inglês ver" e, perdoem a minha franqueza, mas penso que posso dizer que considero esta atitude - de roubar aos pobres para dar aos ricos - própria de países terceiromundistas.
    Se se fala em reduzir o peso do estado na economia, é um contra-senso defender medidas keynesianas que levam o estado a fazer investimentos autónomos cujo efeito multiplicador viria, posteriormente, a provocar o efeito propulsor (e, repito, era bom que provassem que isto se vem a verificar). Em que ficamos, aposta-se, ou não, num estado-previdência?
    Raio, vê se dás uma imagem mais positiva do nosso país, ou seja, vê se não te deixas envolver por esse espírito provinciano. Se, por um lado, afirmas, (...) Tudo isto só mostra um terrível provincianismo que nos vem desde há muito tempo.
    Portugal é um dos países mais ricos do mundo.
    Existem cerca de 200 países e territórios autónomos no mundo.
    Seja qual for o critério utilizado Portugal está quase sempre entre os trinta primeiros, portanto bem instalado a meio do quartil superior.
    O pior é que existe nitidamente uma manobra concertada para nos despromover, manobra essa que começa a estar entranhada na nossa cultura.
    Por outro, num comentário do post seguinte, és peremptório em afirmar que não há luz ao fundo do túnel, que o fim é o abismo. Então, em que ficamos, somos, ou não, um dos países mais ricos do mundo e, em consequência, temos arcaboiço para arcar com uns pequenos desaires?
    O anónimo mostra um certo pessimismo, é certo, mas não devemos querer ser os primeiros nos aspectos negativos que são apontados. Devemos, isso sim, pretender resolver os nossos problemas independentemente de haver outros em pior situação.
    Quanto à corrupção, concordo com o TNT, quanto mais cedo se combater melhor, pois pode fazer perigar a já tão frágil democracia.

    Um beijo,

     
  • At 8:06 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Anastácia,

    A eloquência dos teus argumentos deixa-me, muitas vezes, desarmado! Mas, mesmo assim, vou tentar comentar uns pontos do teu comentário.

    (...)"aplicar medidas contraccionistas ou restritivas, numa fase em que a economia está muito longe de estar em expansão, pode ser fatal, podemos entrar numa recessão."

    Exactamente! Por isso tenho sido visceralmente contra o aumento do IVA.

    "Por outro lado, se o estado se vê obrigado a combater o défice e, em consequência, a diminuir as despesas e/ou aumentar as receitas, por certo, não estará correcto fazê-lo à custa dos mais carenciados e de quem tem rendimentos fixos, por um lado, e, por outro, lançar-se em obras megalómanas."

    Aqui é que está o verdadeiro problema! Este ponto é, compreendo, o de mais difícil entendimento. Mas a realidade é que nem o mundo é perfeito nem o sistema económico que o homem criou funciona da forma mais racional possível.

    Numa altura em que os recursos escasseam (e não deviam ter escasseado tanto se tivéssemos feito o que os espanhois fizeram) não podemos nem devemos cortar só no lado do investimento. Foi o que Durão fez e a crise agravou-se. Estar a cortar agora no investimento é provocar que da próxima vez que for necessário fazer cortes estes ainda seriam mais duros. Dizer isto não é o mesmo que dizer que qualquer investimento serve. Estou atento à qualidade do investimento uma vez que ainda não posso avaliá-la mas não estou contra o conceito deste tipo de investimento.

    Eu vou estar do teu lado se e quando perceber que os projectos em andamento ou não têm rentabilidade e vantagens, ou estão mal dimensionados ou se o Estado assumir a fatia de leão dos riscos. Mas, para já, e num plano puramente teórico não tenho nada contra este tipo de investimentos. O peso do Estado não deve diminuir na economia, na minha óptica. O que deve diminuir é a ineficácia do Estado. E quando falo em melhor e menos Estado refiro-me a isso e não a uma diminuição das suas funções.

    Em segundo lugar é também necessário precisar que a crise não está só a ser paga pelos mais carenciados. Todas as medidas do Governo relacionadas com regimes especiais e idade de reforma atingem, na sua maioria, pessoas empregadas e que já atingiram um bom nível salarial.

    Um beijo,

     
  • At 3:13 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Eu cá continuo à espera que alguém se digne explicar-me as vantagens desses projectos com que C. & Cunha discordava e que motivaram o seu despedimento. Estou disposto a apertar ainda mais o meu cinto se me explicarem que com o TGV e o aeroporto passarei a viver melhor no futuro. Da mesma forma que eu já expliquei a energia eólica.

     
  • At 3:40 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Ricardo,

    A adopção da teoria keynesiana, como bem sabes, ficou a dever-se ao facto de se considerar imprescindível a intervenção do estado na economia para promover políticas de emprego devido à insuficiência dos mercados.
    Ao sector público competia desempenhar o papel de empregador e de investidor, papel atribuído a um estado social; no entanto, as pressões para a privatização de sectores de actividade e para a redução das despesas públicas estão a desmembrar o estado-previdência.
    A privatização de todos os sectores que possam gerar riqueza é outra das pressões que as corporações económicas fazem sobre os estados que, paulatinamente, perdem o controlo sobre quase todas as actividades. E, como se pode ler por essa blogosfera fora, fala-se em privatização do aeroporto e, até, do TGV.
    Deste modo, o sector privado vai-se fortalecendo devido às fusões e concentrações.
    As privatizações são um contributo dos estados para a criação de grandes empresas que, por seu turno, vão racionalizar ao máximo os recursos e pôr no desemprego milhões de pessoas.
    Agora pergunto, como se resolverá a próxima crise (a nível mundial) de sobreprodução?

    Um beijo,

     
  • At 7:17 da tarde, Blogger Unknown said…

    Anastácia,

    "Raio, vê se dás uma imagem mais positiva do nosso país, ou seja, vê se não te deixas envolver por esse espírito provinciano. "

    Eu tento dar uma imagem positiva do país e creio não ter espírito provinciano.

    "Por outro, num comentário do post seguinte, és peremptório em afirmar que não há luz ao fundo do túnel, que o fim é o abismo. Então, em que ficamos, somos, ou não, um dos países mais ricos do mundo e, em consequência, temos arcaboiço para arcar com uns pequenos desaires?"

    Não é um pequeno desaire, é um grande desaire!

    Portugal cedeu a sua independência a instâncias em Bruxelas e Frankfurt, instâncias não democráticas e que ignoram completamente os problemas do nosso país.
    Assim, o ainda chamado Governo da República Portuguesa não possui competência para resolver os nossos problemas e executar o mandato que lhe foi concedido pelo povo.

    Aparentemente estamos de pés e mãos atados, pelo menos até à próxima revolução.

    É que a crise em Portugal interessa a muita gente, a começar pelos nossos vizinhos espanhóis que nos podem ir comprando mais barato!

    Enquanto houver uma empresa para vender em Portugal a crise continuará.

    "Devemos, isso sim, pretender resolver os nossos problemas independentemente de haver outros em pior situação."

    Só é pena é que os instrumentos financeiros e macro-económicos necessários para resover os nossos problemas já não estejam nas nossas mãos.

    Um beijo

    TNT,

    Concordo que a corrupção é grave.
    Mas corrupção sempre existiu e sempre existirá.
    Só podemos ver se estamos no bom ou no mau caminho comparando-nos com outros.

    E aí estavamos a andar bem até ao governo do Durão Barroso. É que a partir do momento em que este governo tomou posse os indíces internacionais de corrupção subiram e Portugal desceu dois ou três lugares no ranking internacional da corrupção.

    Um abraço

     

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