Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

segunda-feira, julho 18, 2005

501. Como colar o Plano Espanhol com o Programa Português?


(clique na imagem para ampliar)

O Governo Espanhol anunciou o Plano Estratégico de Infra-estruturas e Transporte (PEIT), o equivalente ao nosso Programa de Investimentos em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP). As diferenças estão à vista na ambição mas não podemos comparar a dimensão e a realidade económica actual dos dos países. Pior, para nós claro está, é o grau de profissionalismo com que os projectos foram apresentados. Repare-se que o projecto espanhol está numa fase muito mais adiantada no que se refere aos investimentos ferroviários.

Mas há um “pormenor” que me inquieta! É impressão minha ou estes investimentos não são complementares? É que ainda não decidimos, em definitivo, o nosso trajecto e o Plano Espanhol já prevê não só um trajecto pouco consensual entre nós como uma linha de transporte combinado de pessoas e mercadorias. Parece que é possível tecnicamente uma linha mista de alta velocidade e até pode ser uma boa ideia mas o que me preocupa é que ainda não conheço a posição portuguesa em relação a este assunto (quem souber que me indique onde posso perceber a estratégia portuguesa)...

6 Comments:

  • At 8:10 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Caro Ricardo

    Respondendo ao teu título, diria que retirando o rectângulo, moendo toda a sua pedra e utilizá-la na protecção dos grandiosos Portos Intercontinentais que os espanhóis construiriam para abastecer toda a Europa.
    Desculpa-me mas não me dá para mais…

     
  • At 8:15 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Eterno Anónimo,

    O nosso rectângulo ainda tem uma palavra a dizer, não pode é perder mais tempo em mesquinhices políticas. Porque cheira-me que os espanhois não vão querer construir uma linha em direcção ao abismo ou parar o TGV na fronteira...

    Abraço,

     
  • At 12:26 da tarde, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    O problema basico é que os politicos portugueses têm por princípio nunca hostilizar Espanha.
    O problema começou ainda durante a longa noite cavaquista quando Espanha negociou o TVG Madrid-Sevilha e, por arrasto o TGV para toda a península ibérica sem dizer nada ao governo português e o bronco do Cavaco aceitou e calou.
    Depois no tempo do Guterres o governo português ainda teve alguns laivos de autonomia. Apresentou um plano muito aceitável embora do desagrado de Espanha.
    Ouviram-se logo uma data de vozes a protestar. Como o plano previa que a ligação do Porto a Madrid ficasse pronta dois anos depois da de Lisboa Ludgeros e outros lá do Norte desataram logo a ganir de que o Porto ficava prejudicado.
    Mas quando os espanhois apresentaram ao Durão um plano que trama o Porto e que o Durão aceitou, nem uma voz se levantou.
    A Espanha é um problema para Portugal e o poder que a Espanha tem cá permite-lhe ter sempre uma cambada de sabujos a defendê-la.
    Quer o queiramos quer não temos de admitir que a adesão de portugal e Espanha à CEE/CE/UE tramou-nos completamente.
    A continuarmos assim, indefessos como estamos, o país está condenado a desaparecer e a tornar-se uma das mais pobres regiões de Espanha.

    Um abraço,

     
  • At 1:05 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    A tua lógica é coerente e chama a atenção para problemas pertinentes mas quando chega à UE eu perco-me completamente. Nunca percebo como não te faz confusão saltares tantos passos para chegares às conclusões que já estão impressas na tua mente.
    A conclusão do teu comentário é uma deriva completamente fora de contexto com o objectivo de culpar, uma vez mais, a UE pelos nossos males.

    Eu repito a resposta que dei ao anónimo. Aqui ninguém pode impor linhas ou então que as acabem na fronteira. Mas o contrário também é válido. E como os espanhois também não querem as nossas opções temos que alcançar compromissos que não vão agradar nenhuma das partes a 100%.

    O problema que chamo à atenção é que a nossa negociação tem sido fragilizada pela nossa falta de profissionalismo. Os governantes vão mudando e continuamos sem uma estratégia negocial. Não nos definimos nos trajectos, nos percursos, no tipo de transporte (passageiros ou misto), nos custos, entre outros. E quanto mais hesitamos mais força negocial vamos perder...

    Abraço,

     
  • At 8:48 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Olá!
    Eu ainda estou à espera que alguém me explique o investimento no TGV.
    Será desta?
    Abraços

     
  • At 2:38 da tarde, Blogger Ricardo said…

    TNT,

    Eu também estou à espera. Já é hora de nos definirmos para podermos analisar a obra não teoricamente mas baseado em estudos concretos.

    Abraço,

     

Enviar um comentário

<< Home