Filho do 25 de Abril

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sábado, julho 09, 2005

493. X-Files: Carcavelos, 10 de Junho



Sempre achei o suposto “arrastão” um caso muito mal explicado! Resolvi não comentar. Vou continuar a não falar do que desconheço mas convém deixar aqui duas notas:

1. Não devemos aceitar as notícias televisivas ou jornalísticas sem fazer uma filtragem. Basta usar o nosso bom senso e inteligência;

2. Independentemente da raça, religião ou classe social dos responsáveis por um crime ou por uma situação pouco clara não devemos retirar conclusões sobre o todo a partir de uma parte. Estamos no século XXI e já não há a desculpa da ignorância para sermos intolerantes e preconceituosos.

11 Comments:

  • At 11:05 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Não foi o que os média( ou midia) disseram, não foi o que a D.Andriga disse.Aliás, enjoa-me cada vez mais este tipo de informação. Depois dou-te a informação do que sei.Mas não houve Arrastão!, e a Andriga, quer-se aproveitar disso para queimar a Policia.É triste estar assim.

     
  • At 12:57 da manhã, Blogger Platero said…

    O "arrastão" é um cruzamento entre X-Files e Twillight Zone!

     
  • At 1:29 da manhã, Blogger mfc said…

    Afinal havia a outra... versão!!

     
  • At 1:39 da manhã, Blogger Unknown said…

    Também tive sempre muitas dúvidas sobre o arrastão. quanto mais não fosse porque veio demasiado a propósito.

    Um abraço,

     
  • At 12:58 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Alguém me explica o que querem dizer.
    Gosto de enigmas e de séries de ficção, mas não desta história.
    Não ameacem contar mais tarde. Digam o que sabem e quanto ao enigmático comentário do Raio, não te quererás referir ao Velho dia da Raça, 10 de Junho antes de Abril de 74?!

     
  • At 2:25 da tarde, Blogger Ricardo said…

    C. Indico, Platero, mfc, Raio e Anónimo,

    Vou continuar a não falar do que não conheço! Reafirmo com ainda mais vigor as duas notas que servem de lição para este caso!

    Abraço,

    P.S. Anónimo: Pelos vistos nunca houve um arrastão nem nada que se pareça! Entre mal entendidos entre as forças policiais e uma comunicação social que preferiu o sensacionalismo criou-se um mito! Hoje já há histórias mais bem contadas que reduzem substancialmente o nº de "agitadores", que exclui a existência de roubos e que desmistifica as fotos que não têm nada a ver com um arrastão mas com a agitação provocada pela normal chegada da polícia para controlar o tal pequeno grupo.

     
  • At 2:34 da manhã, Blogger Unknown said…

    Anónimo,

    Não não me referia ao 10 de Junho, referia-me a estar em preparação uma timida alteração à Lei da Nacionalidade, mais nada.
    Criar um conflito racial numa altura destas vem demasiado a propósito para que não se desconfie.

    Mas, sempre te digo, que o significado da palavra raça do antigo 10 de Junho era diferente do que hoje se entende por raça.

    Quanto ao resto, é óbvio que existiram alguns disturbios na praia de Carcavelos. Até mesmo roubos.
    Como acontecem em qualquer país. Nada de anormal. O que não impede de que estas factos tenham de ser combatidos.
    Mas de aí até um ataque concertado de 500 operacionais a uns milhares de banistas vai uma grande distância.

    Um abraço

     
  • At 4:30 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    O que se passou em carcavelos não pode sequer ser comparado, em gravidade, com o que se passou na imprensa portuguesa. Este exercício de sencionalismo, alarmismo e até de um certo racismo é algo que nos deve fazer reflectir. Noutros países com maior exigência jornalística por parte dos telespectadores rolariam cabeças!

    Abraço,

     
  • At 11:49 da manhã, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    Por favor não me venhas com comparações com outros países. Já sei que somos piores do que os outros, não batas mais no ceguinho.
    Mas concordo contigo de que mais grave do que os roubos de Carcavelos foi a reacção aparentemente concertada da imprensa portuguesa.
    Carlos Magno na Antena 1 fez uma interessante crónica a este respeito.
    Citou outros casos como a guerra ao ex-ministro Fernando Gomes, altura em que todos os dias ocorriam assaltos a bombas de gasolina, assaltos em auto-estradas ou quase violações de figuras mediáticas no meio de um assalto, ou como a do ex-Primeiro Ministro Santana Lopes em que todos os dias havia barraca provando a sua impreparação para o cargo que ocupava.
    E podia-se citar outros casos como a guerra feita no tempo de Guterres em que todas as semanas havia barraca e grossa.
    E aqui é que está o cerne do problema, existem ou não existem manobras concertadas abrangendo toda (ou quase toda) a Comunicação Social?
    Esta dúvida tem de ser esclarecida pois está a afectar a confiança que se possa ter na Comunicação Social no seu todo.
    As campanhas acima descritas dificilmente podem ser consideradas obras do acaso. Tal como dificilmente pode ser considerado obra do acaso a unanimidade que existe na Comunicação Social sobre a União Europeia e o Euro.
    Se a Assembleia da República se quiser mostrar útil e fazer mais alguma coisa além de aprovar de cruz o lixo legislativo que Bruxelas nos manda, devia era abrir um inquérito parlamentar sobre estas manobras aparentemente concertadas da Comunicação Social.
    Para começar pegava-se nas peças jornalísticas que apareceram iguais em diversos órgãos de comunicação social e ia-se investigar de onde provinham...

    Um abraço

     
  • At 3:02 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Quando implícitamente fazia uma comparação com outros países falave, por exemplo, do que aconteceu nos EUA em relação às provas "falsas" que a CBS promoveu em relação ao Presidente Bush. Imediatamente, para manter a credibilidade, rolaram cabeças. A imprensa americana não deixa de ser exageradamente nacionalista mas há uma forte preocupação com a credibilidade.

    Eu não bato no ceguinho, procuro é que sejamos exigentes. Esta "má" imprensa podia ter resultado em violência racial e ter consequências bem graves.

    Infelizmente não vejo crediblidade suficiente nas comissões parlamentares para investigar o assunto. Pelo menos no figurino actual em que estão completamente descredibilizadas. Enquanto os deputados não tiverem outro estatuto que não seja o de votarem sempre e em qualquer assunto como um bloco conforme as indicações das cúpulas dos partidos vai ser complicado eu acreditar em comissões que chegam a resultados completamente irreais.

    Concordo, nos exemplos que citaste, que há movimentos concertados por parte da imprensa. Há até outros casos como o da Casa Pia ou a Moderna onde a falta de rigor global atingiu proporções preocupantes.

    Abraço,

     
  • At 12:49 da tarde, Blogger Unknown said…

    Ricardo,

    Esqueci-me da Casa pia ou do caso Moderna. Tens toda a razão.
    Mas, para desculpar o meu esquecimento, posso afirmar sem perigo de errar que se citasse todos os casos de manipulação colectiva de factos pela Comunicação Social, não sei se os discos do blogspot aguentavam...

    Quanto às Comissões Parlamentares, também concordo com o que dizes.
    Talvez uma Comissão Parlamentar não fosse o melhor processo para investigar estes factos.
    Mas tinha-se de arranjar um meio qualquer para o fazer.

    Um abraço

     

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