486. Produtividade: Considerações Finais (5)
Salvador Dali - Joven Virgen Autosodomizada por su propia Castidad - 1954
O meu objectivo era escrever um conjunto extenso de posts sobre a Produtividade com o intuito de “provar” que não temos desculpas para fazer mais e melhor. Adicionalmente queria recentrar a discussão deste país nas questões que realmente interessam e não na eterna questão das contas orçamentais. O balanço orçamental é um pilar para o desenvolvimento sustentado mas não pode ser o início e o fim do rumo que traçamos.
Mas vou ficar por aqui! Essencialmente por duas razões. Por falta de vontade e tempo para desenvolver as outras áreas em que Portugal podia ser mais competitivo e porque acho que já cumpri o meu objectivo de demonstrar que há muitas medidas simples orientadas para a produtividade que devem ser implementadas e cujo sucesso só depende de nós. Fica por destacar a importância de serviços públicos como a Justiça com maior qualidade porque nas questões económicas só há justiça se a alcançarmos em tempo curto; das infraestruturas de transporte e comunicação ao serviço da economia; da motivação no local de trabalho; do sector energético e das questões ambientais; da importação e utilização de tecnologia e muitos outros temas que espero aprofundar noutra oportunidade.
Acima de tudo temos que sair deste pessimismo que está instalado no país porque o futuro depende de nós. Não podemos ter medo de cortar com um passado que já está esgotado e que cria injustiças (não Raio, não estou a falar da UE). Nem precisamos de tentar manter tudo como está com medo de nunca mais conseguirmos conquistar o Bem Estar que temos. O futuro exige cortes constantes com o passado. Se estivermos à espera que tudo se resolva sem sacrifícios tentando manter artificialmente o que já não é sustentável estaremos a constatar que não acreditamos que podemos melhorar como sociedade! Disse!
4 Comments:
At 11:01 da manhã, Didas said…
Temos Conchita, mas infelizmente só quando joga a selecção.
At 1:14 da tarde, Anónimo said…
Toda a produtividade foi bem ilustrada por obras-primas da pintura de Dali.
Soberbo!
Os textos, teriam alguma ilusão óptica?
Não consegui descortinar, embora ao tentar concentrar-me fixamente nas letras, tive a leve impressão de ver “ Pérolas lançadas a porcos famintos mas orgulhosos “, “ Nossa Senhora de Fátima a dar uma estalada a Lúcia “, “ Amália a tocar guitarra no Panteão Nacional de Santa Engrácia “, “ Eusébio a ser coroado rei de Portugal “, “ Alberto João Jardim a ser torturado por chineses “.
Deve ser do Absinto, que estava mais forte do que o habitual.
Se não for peço desculpa e os teus quadros seguem o magistral exemplo do Mestre Dali.
Força amigo que a malta está contigo… enquanto não estiver a dormir.
Bons sonhos.
At 12:39 da manhã, Ricardo said…
Conchita...
Aproveito a resposta da Didas e subscrevo-a...
At 12:43 da manhã, Ricardo said…
Anónimo...
A utilização dos quadros do Dali teve dois objectivos. Primeiro foi a oportunidade de colocar obras no blogue dum pintor que admiro e que deixou um legado impressionante. Depois quem melhor que Dali para relatar o surrealismo do país em que vivemos. E o título deste quadro (Joven Virgen Autosodomizada por su propia Castidad) é a melhor descrição que consigo fazer, neste momento, de Portugal! Mas as tuas sugestões de títulos também têm a dose certa de surrealismo!
Abraço,
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