549. Tróia
Foto via Pura Economia (Clique na imagem para ampliar)
Este mega projecto que a SONAE está a construir em parceria com outros grupos económicos é um projecto arrojado. Por ser elitista e megalómano tem merecido imensas críticas mas, na sua maioria, injustificadas. Porque é um projecto privado (independentemente da génese do negócio) e porque a zona estava sub aproveitada e num abandono quase total. Não há qualquer tipo de razão económica ou social que justifique uma política pública neste local para a transformar numa zona de lazer menos elitista. O importante é a criação de 5000 postos de trabalho directos e 10000 indirectos, além do aumento (potencial) que vai provocar no turismo em Portugal.
Mas não posso deixar de comentar duas situações. A primeira tem a ver com o discurso de Belmiro de Azevedo. É, de facto, intolerável a burocracia do Estado. Por mais complexos ou numerosos que sejam os processos o tempo de análise destes não pode durar tanto tempo. O licenciamento deve ser feito com rigor (e infelizmente nem isso é) e não pode ultrapassar o ponto em que o investimento pode começar a perder a razão de ser (por exemplo em 8 anos pode haver alterações no perfil de viagens que o mercado alvo deste tipo de projecto está disposto a fazer). A ideia de dar prioridade aos PIN (Projectos de Interesse Nacional) é boa mas não pode ser um álibi para não serem feitos esforços para que os outros projectos tenham licenciamento (ou não) mais célere. A segunda situação foi o triste papel que Sócrates foi fazer a Tróia. Podia ir assistir a uma implosão mas escusava de participar numa festa privada com toda aquela pompa fictícia (com alavancas fictícias). Não é de admirar então que tenha tido que ouvir os empresários a fazerem, com altivez, puxões de orelhas públicos à ineficácia do Estado versus o paraíso que é o sector privado.
9 Comments:
At 11:56 da manhã, armando s. sousa said…
Olá Ricardo,
Finalmente uma solução para Tróia e uma solução de qualidade, que certamente vai fazer de Tróia um destino priveligiado no roteiro turístico de Portugal. Sobre a fraca figura dé Sócrates, já escreveste tudo.
Um abraço.
At 12:01 da tarde, Anónimo said…
Concordo com a triste figura do Sócrates. Tenho é pena que este governo não tenha também a sua implosão. Um abraço
At 12:33 da tarde, Anónimo said…
1-É um investimento muito importante, não local, mas nacional.Turistas do 3º anel do Liverpool ou Ajax estamos cheios.
2-Um caso exemplar das "maluqueiras á portuguesa"
Explico: esta espera não tem 8 anos.Tem quase 30.Porque haviam milhares de portugueses, antes do 25/04,a partir de 1968,titulares de ocupação , com investimentos médios de 300 contos!
Na altura era considerado um resort modelo, a nível europeu.
3-Foi a resbaldaria que se sabe.
4- Belmiro, e bem ,aproveitou-se da situação.
5- Mas pagar 1$00 por cada titulo de 1.000$00 ? Terá sido justo?
Eventualmente não havia alternativa?
6-Os ex-admnistradores que mandaram fazer obras de recuperação e não pagaram ás várias empresas, encheram-se, onde estão?
7-Portanto á demora, há que acrescentar estas roubalheiras impunes do Estado!
8- Quanto ao papel de Sócrates, não gostei, mas não critico.
Era convidado.Teve de ouvir pelos outros.
Afinal,foi por pressão directa sua que este imbróglio já está resolvido.
Haja esperança.
At 9:47 da tarde, Anónimo said…
subscrevo tudo.
At 1:28 da manhã, Ricardo said…
André,
Gostei da parte em que escreves que vais "tentar"...
see ya
At 1:29 da manhã, Ricardo said…
Savonarola,
Por favor, até pareces anarquista...
Abraço,
At 1:32 da manhã, Ricardo said…
Índico,
Por alguma razão referi que não ia abordar a génese do negócio. É muita areia para o meu camião.
O que é importante é que a situação foi desbloqueada e todos esperamos que seja uma iniciativa com sucesso...
Abraço,
At 2:11 da tarde, Anónimo said…
Haja esperança!
Eu tenho.
At 3:54 da tarde, xipsocial said…
Os mamarachos que feriam a vista de quem se passeava por aquela bela zona desapareceram. No futuro é que não sei se as vistas irão melhorar!Por mim ficava assim e pronto. A zona costeira que vai até Melides encontra-se ameaçada por empreendimentos turísticos, que podem trazer muito capital mas levam uma paisagem selvagem única.
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