Filho do 25 de Abril

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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

793. A vida atribulada de Rui Rio


Rui Rio

Rui Rio, Presidente da Câmara do Porto, anda com uma vida atribulada:

1. Arguido no caso "Túnel de Ceuta": O alegado desrespeito de uma ordem do tribunal denunciado pelo IPPAR está na origem da sua constituição como arguido. Se é o caso serve de exemplo para que os autarcas não se esqueçam dos reais limites da sua actuação. O IPPAR e a Ministra da Cultura confirmam que as queixas foram retiradas logo que foi alcançada uma solução de compromisso entre as partes para a obra.

O Primeiro de Janeiro explica, deste modo, o processo:

"A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, embargou a obra do Túnel de Ceuta a 2 de Maio do ano passado alegando que os trabalhos tinham sido iniciados ilegalmente na Rua D. Manuel II. “O decreto de embargo surge como medida de reposição da legalidade e tem por fim único assegurar a defesa da salvaguarda de um conjunto patrimonial de alto valor à escala nacional”, justificou na altura o ministério, referindo-se ao Palácio dos Carrancas onde está sediado o Museu Nacional Soares dos Reis.

Por esta via a autarquia foi impedida de executar qualquer obra à superfície a partir do Instituto de Medicina Legal, nomeadamente as rampas de saída do túnel e os arranjos urbanísticos à volta do Jardim do Carregal. Contudo, um dia depois desta decisão o executivo aprovou uma recomendação da Assembleia Municipal que apontava para o reatamento da obra. O vice-presidente de então, Paulo Morais, confirmou que a intenção não era violar a decisão do ministério, mas também não explicou como seria possível continuar a empreitada legalmente. Dias depois Rui Rio justificou a continuação dos trabalhos no local por questões de segurança e com a necessidade de tapar o buraco das obras no cruzamento entre as ruas D. Manuel II, Rosário e Aires Gouveia."

2. "Soprar" o balão no local de trabalho: A decisão do executivo da CMP em instituír o controlo dos níveis de álcool no local de trabalho é polémica. Pessoalmente não é algo que, em teoria, seja agradável, ou seja, soprar o balão no local de trabalho mas também é verdade que quem não deve não teme. Mesmo assim é uma decisão que dificilmente vou apoiar por ser um sinal de desconfiança para com os trabalhadores e por tornar o local de trabalho, cada vez mais, um local "policiado". Continuo a defender que o trabalhador deve ser avaliado pelo seu desempenho e parece-me óbvio que, se consumir álcool no local de trabalho, não pode ter um bom desempenho e daí, e só daí, é que deviam surgir as consequências. Só entendo esta decisão por saber como é difícil a mobilidade de recursos humanos no sector público. Espero que não se torne uma regra generalizada.

4 Comments:

  • At 6:59 da tarde, Blogger Rui Martins said…

    Esta história é muito esquisita e a ser assim como é contada reflecte a existência um grau de desnorte muito alto na PJ; o que é mau para todos nós... De Rio, admiro uma coisa: a força para se opôr ao grande tirano do Norte, conhecido como Pinto da Costa. Rui Rio teve a coragem de o enfrentar frontalmente e de apesar da força que a Bola tem na nossa Sociedade vencer duas eleições. É obra!

     
  • At 8:12 da tarde, Blogger Senador said…

    Boa noite,

    Relativamente ao controlo do alcool no local de trabalho posso dizer que já foi feito em outras câmaras municipais e com resultados satisfatórios. Custa sempre porque é uma invasão da nossa privacidade mas tem efeitos ao nível melhorar o serviço prestado e da produtividade.
    Veremos se no Porto resultará...

    Abraço

     
  • At 8:56 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Na Madeira foi pedido um exame psiquiátrico, por parte da maioria ditatorial, a um Deputado da oposição, na Assembleia Legislativa.
    Porque não fazer uma petição no Porto, entregá-la à Assembleia Municipal, para averiguar da sanidade mental do “Rui vai ao Rio” ?!
    E já agora também quem votou na oposição, pedir um exame psiquiátrico a quem publicamente afirme ter votado em “Rui caga no Rio”.

     
  • At 10:06 da tarde, Blogger Pedro Morgado said…

    Quanto ao processo depois de o não ser ainda o não era, parece que o IPPAR já retirou a queixa...

    Quanto ao controlo de álcool, é mesmo isso: "quem não deve não teme!". Não tenho uma opinião muito formada, mas à primeira vista não me choca...

     

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