Filho do 25 de Abril

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domingo, maio 28, 2006

855. Linha Violeta do Metro


Linha Violeta do Metro do Porto

Ontem foi inaugurada a Linha Violeta do Metro do Porto que liga a cidade ao Aeroporto Sá Carneiro (acho sempre irónico o nome deste aeroporto), a última linha da primeira fase do Metro que já revolucionou por completo a mobilidade na cidade e em algumas cidades contíguas. É o primeiro aeroporto em Portugal que fica ligado à rede de Metro e o tempo que separa o centro da cidade do aeroporto é meia hora.

Bem sei que este processo de construção do Metro foi muito atribulado e que foi feito com pouco rigor mas acho lamentável que a segunda fase seja adiada. É compreensível mas é lamentável. Enquanto não há soluções para o congestionamento das cidades e para o problema da dependência energética na área dos transportes (que agrava a Balança Comercial diariamente) acho este tipo de investimentos prioritário. Por isso sempre defendi que este tipo de projectos não tem necessariamente que ter retorno visível (apesar de obviamente os custos operacionais deverem ser compensados na medida do possível pelas receitas de exploração) porque a poupança na factura energética e os benefícios na vitalidade da economia urbana compensam os custos de investimento (desde que não sejam inflacionados).

Também não sou contra "obrigar" que, em áreas onde o valor imobiliário ou comercial aumente exponencialmente com uma nova estação, haja uma contribuição, por parte dos principais beneficiários, para os custos de investimento.

3 Comments:

  • At 12:52 da manhã, Blogger Frederico Lucas said…

    Caríssimo Ricardo,
    A ligação do Metro ao Aeroporto é uma excelente notícia.
    Concordo consigo que a rede tem de ser ampliada. As grandes cidades têm que crescer em raios de 50 kms, para se tornarem "habitaveis".
    A actual solução de uso de automóvel não serve a Portugal: Quer na balança comercial, quer no impacto ambiental
    Mas parece que quem nos governa não vê isso.

     
  • At 3:15 da manhã, Blogger Unknown said…

    Caro Ricardo,

    "Também não sou contra "obrigar" que, em áreas onde o valor imobiliário ou comercial aumente exponencialmente com uma nova estação, haja uma contribuição, por parte dos principais beneficiários, para os custos de investimento"

    Exacto, é o princípio do ganhador pagador em oposição ao estafado e injusto utilizador pagador.

    Já uma vez escrevi um artigo sobre este tema em que, se a memória não me falha, tu escrevestes um comentário a discordar...

    É sempre agradável ver alguém que tem a lisura intelectual de reconhecer quando está errado.

    Se todos fossemos assim o país seria muito melhor e, claro, à muito que teriamos mandado os senhores de Bruxelas dar uma volta.

    Um abraço

     
  • At 7:25 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    O preço dos bilhetes individuais no Metro não é nada meigo e só há uma menor carga para o utilizador se este usar intensivamente o metro e tiver um passe. E concordo que seja o utilizador a pagar os custos operacionais apesar de ser importante lançar os passes sociais neste meio de transporte (o que vai acontecer em breve).

    Já os custos de investimento podem ser pagos, em parte, pelo ganhador pagador porque mesmo que este não utilize directamente o metro tem benefícios económicos com este. Não é uma ideia original, já a vi defendida noutros blogues.

    Não me lembro em que contexto defendi o ganhador pagador e para que sector mas admito que o tenha feito, sinceramente não me lembro. Se foi o caso e se o contexto é igual nenhum "mal" advém disso porque, como diria Mário Soares, só os burros (os animais) é que não mudam de opinião...

    Abraço,

     

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