Filho do 25 de Abril

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segunda-feira, dezembro 11, 2006

941. Diário de Viagem (10)

Dia 10: Salzburgo

Hoje foi um dia particularmente calmo. Aproveitei para conhecer, a pé, um pouco melhor a cidade de Salzburgo. O que distingue as cidades bonitas das inesquecíveis é, para além da sua beleza natural e história, o rigor da sua organizacäo como cidade no seu todo. É fatal, quer para o turismo quer para a qualidade de vida, um crescimento desordenado da cidade.

O nível da qualidade de vida duma cidade mede-se, essencialmente, pela qualidade dos espacos públicos, pela correcta distribuicäo das áreas de construcäo, pela qualidade arquitectónica dos seus edifícios, pela eficácia da mobilidade (que também incluí circuitos pedonais e até vias para bicicletas), pela conservacäo dos seus monumentos e história, enfim, numa cuidada integracäo de todos estes aspectos. Todos estes elementos proporcionam, adicionalmente, um incremento na seguranca dos cidadäos e turistas.

Dito isto, e para näo fugir muito à cidade em si, posso afirmar que é muito agradável passear pelas ruas de Salzburgo. Nota-se um especial cuidado nos aspectos que acabei de referir e, no global, é uma cidade eficiente sobre todos estes critérios. Os monumentos e os demais pontos de interesse da cidade convivem com o que os rodeia em harmonia. Deste modo nem o frio afasta a populacäo local e os turistas das ruas e outros espacos públicos. A maior crítica é a fraca aposta numa iluminacäo de Natal mais pujante apesar de haver inúmeros mercados de Natal nas pracas da cidade.

Em suma considero que a aposta na qualidade de vida das cidades é fulcral e há pouca margem para o erro uma vez que uma má decisäo marca a cidade de forma prolongada.

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