03 de Maio de 2004 (25) – O Filho do 25 de Abril, comentando os comentários
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Sobre o post 22, 1 de Maio: Dupla Comemoração, “O Raio” escreveu:
“Acho uma certa piada a estes raciocínios de "europeistas convictos".
A Turquia não respeita os direitos humanos mas os dez que entraram respeitam?
Como é? É respeitar os direitos humanos manter entre 30 a 40% da população como não cidadãos como fazem os países bálticos?”
http://cabalas.blogspot.com
Os meus raciocínios reflectem opiniões, como os teus que eu respeito. Sou o primeiro a afirmar que o alargamento foi feito cedo demais, mas vai ser um factor de estabilidade para a região. O problema da Estónia, Letónia e Lituânia é, sem dúvida (e nisso tens razão), a integração dos vários grupos étnicos. Mas a União Europeia e estes países perceberam que só a entrada na União condiciona a influência nefasta da Rússia nas tensões sociais uma vez que este país estava a tentar recuperar o domínio nestes países. Ainda a favor do alargamento a estes países, as reformas rápidas e “obedientes” que têm processado no sentido da economia de mercado, assim como a abertura do mercado à UE, já o principal parceiro comercial dos países bálticos. Quanto à Turquia a questão é muito mais complexa porque envolve mentalidades e religião, é um processo difícil. Disse!
Sobre o post 23, 2 de Maio: O Tempo, Simão escreveu:
“Caro Ricardo:
Sobre o TEMPO quero apenas dizer-te o seguinte (segundo o que penso e a minha Fé): ele não existe em si e por si porque é somente a unidade de medida da mutabilidade das coisas, mutabilidade essa que prova a existencia de Deus, ou melhor para sermos rigorosos na linguagem, que Deus É, senão vejamos.
A natureza carcteriza-se pela sucessão dos acontecimentos: tudo tem uma causa, e tudo por sua vez se torna causa de uma outra consequencia, que por sua vez também se torna causa de outra consequencia, etc. Ora, é ilógico persarmos que esta sequencia factual é eterna, pelo simples facto de que é temporal, ou melhor, ser ela o motor da temporalidade. Por isso, terá que haver um Princípio para tudo. E qual será? Segundo o raciocinio que acabámos de desenvolver terá que ser uma causa incausada, ou seja, uma Causa com uma consequencia que por sua vez é causa de outra, mas que não foi causada. Eu explico: o Principio de tudo É a Causa que não foi causada, ou seja, a Causa que nunca foi consequencia, e que assim é a primeira Causa da sequencia temporal da natureza! A essa Causa, então intemporal e assim eterna, a eternidade por excelência, chamos Deus! Aquele que é o Criador!
Sem mais,
Simão A. (TRIBUNO)”
http://tribuno.blogspot.com
Sobre a causa que não foi causada, isto é, que não foi consequência de nada é onde a minha racionalidade choca, mas que não descarta. Tudo é possível e mesmo as nossas opiniões sobre a fé evoluem no tempo, que segundo a opinião manifestada, “é somente uma medida da mutabilidade das coisas”, e eu acrescento, também das pessoas. A fé de cada um é não exportável, é uma crença forte e estruturada. Disse!
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