Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

domingo, maio 02, 2004

02 de Maio de 2004 (23) – O Tempo

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Não, não vou filosofar sobre o estado climatérico. Vou filosofar sobre o outro tempo que é uma constante sucessão de segundos, minutos, horas, dias, anos, décadas, séculos, enfim!

Dizem que o tempo não tem princípio nem fim. É difícil, para mim, assimilar isso. Que o tempo nunca venha a acabar, que é eterno e infinito eu aceito (que modéstia intelectual). Que eu conte os milénios até o fim da eternidade parece-me uma tarefa possível, mas um trabalho para toda a eternidade.

Agora, o tempo não teve um princípio!?! Então nunca houve um começo, uma criação, um início. Como é possível? Tudo apareceu do nada... não!, porque antes já existia algo... o tempo. Quem criou o tempo... não!, porque o tempo sempre existiu, não pode ser criado. Como tudo surgiu... não!, sempre existiu, mas como? Como pode ter existido sempre o tempo se tudo tem um príncipio e um fim.

Os crentes dirão, Deus criou tudo e Deus sempre existiu. Mas quem criou Deus?

O “menos infinito”, a “eternidade” fazem-me confusão. Aceitam-se esclarecimentos...