Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

segunda-feira, maio 03, 2004

03 de Maio de 2004 (26) – A Confiança na Política, a Desconfiança na Sociedade

.
Os partidos estão obsoletos, porque já não representam eficazmente os cidadãos. Mas continuam a satisfazer minorias sedentas de cargos, poder , dinheiro e influência. Os apoios alcançados na ascenção política dum líder partidário são negociados ao pormenor e cobrados logo que este alcança os seus objectivos políticos. Sem favores não há ascenção mas, uma vez lá, a cobrança por essa ascensão é o príncipio do declínio do político.

Sou favorável à existência de cargos políticos, de confiança política! A carga ideológica dum Governo deve reflectir-se nos cargos de coordenação da política geral. Mas estes cargos são específicos, são limitados, não devem generalizar-se. Mais importante, devem estar vinculado ao próprio Governo, isto é, não devem ser sujeitos a indemnizações ou acumulações de cargos altamente prejudiciais ao país, quando o Governo cessa funções.

Os restantes cargos devem ser sujeitos a critérios rigorosos de avaliação uma vez que, definido o rumo, é preciso levá-lo à prática com competência. Os cargos meramente executivos, mesmo que tenham imensa importância para a empresa, devem ser entregues aos técnicos, não aos políticos. Haverá ainda credibilidade na política para explicar estas ideias aos cidadãos e aos militantes dos partidos? Não me parece. Revolução nos partidos, já! Disse e não repito, para bom entendedor meia palavra basta!