Filho do 25 de Abril

A montanha pariu um rato - A coerência colocada à prova - A execução de Saddam Hussein - O Nosso Fado - "Dois perigos ameaçam incessantemente o mundo: a desordem e a ordem" Paul Valéry, "Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa, salvar a humanidade", Almada Negreiros - "A mim já não me resta a menor esperança... tudo se move ao compasso do que encerra a pança...", Frida Kahlo

quinta-feira, setembro 23, 2004

(170) Banalidades

Ainda não é o regresso, que está para breve, mas apenas umas breves considerações sobre uma das banalidades que definem a nossa vida antes de retomar o blog de forma regular. Tenho estado, nestes últimos dez dias, na Ilha da Madeira que está em pré-campanha eleitoral para as eleições regionais. O apelo para descrever o meu ponto de viista sobre a Insustentável Leveza da Democracia na Madeira é grande, mas esta análise vai ficar para mais tarde. Nada mais banal que uma refeição e ontem fui pela primeira vez efectuar esta operação banal num restaurante Japonês.

Gosto de experimentar tudo o que é diferente na Gastronomia. A refeição maximizou a quantidade de sabores diferentes. Para começar Sushi composto por carnes cozidas (California Roll e Chikin Maki). A combinação do Sushi com Gengibre é bastante feliz. Mas Comida Japonesa sem peixe crú é o mesmo que pensar no Portas e não nos lembrarmos na qualidade ética do Jornalista (do Independente), do Gestor (da Moderna) e do Ministro (do PP). Sashimi Moriawase é uma mistura de peixes crús (atum, chicharro, robalo, salmão e polvo) servidos com um molho de soja com uma mostarda verde. Mas faltava o Yaki-Niku (como era um conjunto de carnes grelhadas como vaca, pato, porco e galinha chamava-se Sanzoku-Yaki) para fugir à monotonia de quem vive numa ilha onde não há Alternância Democrática. Nada como experimentar tudo para não criar vícios na alimentação.

Para finalizar o frio e o quente. Um gelado de chá verde (Maccha Ice) e um Sake (Ozeki) quente. Parece o nosso Primeiro Ministro nos seus extremos, um silêncio glaciar sobre o Túnel do Marquês e uma arara enérgica quando quer falar de intenções em todos os blocos noticiosos e programas sociais.

Banalidades! A vida é composta por um conjunto diversificado de banalidades. Obrigado Jardim, Santana e Portas. Vocês compõem a nossa vida, são o sal (ou o gengibre) do nosso quotidiano, são o tal conjunto diversificado de banalidades e de pessoas banais que compõem o nosso dia a dia. Seja uma refeição num restaurante novo, uma nova intenção de Santana, uma nova loucura de Jardim ou mais um filme de guerra aos fantasmas de Portas tudo é importante e faz das nossas vidas o que realmente são, banais mas de alguma forma mais divertidas.