Filho do 25 de Abril

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sexta-feira, outubro 22, 2004

(208) Uma questão de (falta de) credibilidade

Santana Lopes conseguiu, da forma que todos nós conhecemos, ser Primeiro Ministro de Portugal. O que Santana demorou a perceber é que as circunstâncias em que subiu à cadeira do poder, leia-se ao poder, colocavam-no numa situação de partida muito frágil. O ex-autarca não tinha o Estado de Graça que só os governantes eleitos podem usufruir. Logo um Primeiro Ministro sem período de experiência precisa, mais do que algum outro, de credibilidade.

O arranque desastroso e descoordenado deste Governo fizeram deste um nado morto. Com tantas propostas mal estudadas e logo desmentidas e reconfirmadas a pouca credibilidade que Santana tinha desapareceu de vez. A consequência são más notícias para o Governo e para o país.

O processo de descredibilização tende a agravar-se:

- Cada vez assiste-se a mais erros com a crescente necessidade de apresentar propostas que contrariem de forma rápida a imagem de falta de credibilidade;

- O populismo tende a tomar conta das propostas com o desgaste contínuo da imagem do Governo e com a aproximação das eleições. A descoordenação torna-se cada vez mais visível (confrontem-se os discursos de Santana e Bagão, por exemplo);

- Os agentes económicos cada vez vão ter menos respeito pelas propostas do executivo. Todos vão reagir com crescente violência e humor às propostas e declarações do Primeiro Ministro.

O que Santana ainda não percebeu é que o seu Governo já não tem fôlego. Ou se já percebeu está a tentar, em desespero, lançar medidas e controlar a sua imagem via Comunicação Social. O país é que perde, assim como Lisboa já perdeu.

Não resisto a dar um exemplo (hoje não vou falar do IRS e do IRC, das taxas moderadoras, da sesta). A proposta dos professores com horário zero fazerem assessoria a juízes é um erro de avaliação, demonstra a necessidade em ser popular e teve como reacção gargalhadas gerais, com a ausência de respeito da Imprensa e sindicatos para levarem sequer em consideração a proposta.

Portugal à deriva! Até quando?

2 Comments:

  • At 12:26 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    É a estes senhores que nós estamos entregues e que fazem de cargos públicos/políticos uma utilização errada com repercursões na nossa vida dária!

    http://estoufarto.blogs.sapo.pt

     
  • At 9:12 da tarde, Blogger Politikus said…

    Sinceramente este Governo é uma verdadeira palhaçada...

     

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