(264) Basta...
... de turbulência política! No meio de tantas incongruências, espectáculos mediáticos e multiplicação de intervenções há uma coisa que não podemos esquecer, Portugal atrasa-se cada vez mais! Não vou discutir o papel do Presidente, a demissão do Governo ou o conteúdo dos discursos políticos. Só vou relembrar que chegou a hora de discutir Portugal e o seu futuro! Vamos separar o acessório do essencial e quebrar este ciclo depressivo e humilhante para Portugal. Espero que a campanha seja feita pela positiva e nunca é cedo para começar!
5 Comments:
At 12:13 da manhã, arte said…
Tenho as minhas desconfianças que assim será.Com o conflito Santana/P.R. ainda vai dar que falar.Deleites Pensamentos Ag
At 2:59 da manhã, mfc said…
Felizmente acabou, mas devo confessar que foram 4 meses divertidos, tantos eram os disparates!
At 4:02 da tarde, Unknown said…
Não alinho com as criticas desmesuradas a Santana Lopes. Acho que é um mau Primeiro Ministro mas é o menos mau Primeiro Ministro que o PSD nos deu.
Prefiro-o ao Durão ao Cavaco ou ao cinzento Nogueira.
E, não alinho nesta guerra interna do PSD contra o Santana, guerra esta em que o PS e o BE parecem alinhar. Só o PC do Jerónimo parece não alinhar lá muito.
Parece já ninguém se lembrar da forma como o Cavaco Silva destruíu as nossas hipóteses de futuro, parece já ninguém se lembrar de uma certa valorização da moeda em 6% que destruíu a nossa economia na primeira metade dos anos oitenta, parece já ninguém se lembrar das fraudes do Fundo Social Europeu, parece já ninguém se lembrar do caos que foi o lançamento do IVA e a reforma fiscal do IRS/IRC, parece já ninguém se lembrar do Centro Cultural de Belém, orçamentado em sete milhões de contos e que custou mais de 70 milhões só tendo sido efectivado parte do projecto, parfece já ninguém se lembrar da catástrofe que foram os dez anos de estado laranja...
Quanto à demissão da Assembleia da República pelo Nosso Presidente só peca por quatro meses de atraso...
E aqui coloca-se uma interessante questão, porquê? Sim, porque é que o Sampaio entrou agora numa de machão?
A meu ver por uma razão muito simples, foi a única forma de adiar para as calendas gregas o Referendo sobre a Constituição Europeia.
Com esta dissolução o Referendo só poderá ser feito lá para meados, no mínimo, de 2006 muito próximo da data limite para ratificar a Constituição o que dará um bom pretexto para não o fazer...
At 5:50 da tarde, Ricardo said…
Raio... concordo contigo que os Governos de Cavaco cometeram demasiados erros mas a qustão de fundo não é essa. A política de Cavaco foi aprovada pelos portugueses e aí a legitimidade era incontestável. O problema deste Governo era ter nascido frágil e não ter tido capacidade de ter sentido de Estado e credibilidade junto a todos os agentes económicos. É impossível governar sem respeito e credibilidade! Quanto à teoria do referendo acho-a tão pouco credível que nem a vou comentar...
At 4:28 da tarde, Unknown said…
Não contesto que o Santana devia ter ido a eleições. A culpa é do Durão, Sampaio e do próprio Santana que se devia ter recusado a pegar num governo ferido de alguma ilegitimidade.
Segundo parece foi o próprio Durão que quando viu seguro o lugar de Presidente da Comissão, apresentou como condição de que só iría se não houvesse eleições tendo o próprio Chirac telefonado ao Sampaio a pedir para não haver eleições.
Mas o que eu digo é que não alinho nesta guerra de Cavacos e quejandos tentando apresentar o Santana como o cúmulo da incompetência. Mais, acho mal o PS alinhar nisto pois está a legitimar Cavacos & Co.
Quanto à tese de que isto tudo serve para adiar o referendo sobre a Constituição para as calendas basta ver os resultados do Eurobarometro saídos agora (precisamente agora, http://europa.eu.int/comm/public_opinion/archives/eb/eb62/eb62first_en.pdf).
À pergunta sobre se apoia a Constituição Europeia 61% dos portugueses respondem que sim, mas Portugal fica como o 19º de entre 25 países nesse apoio (à cabeça vem a Bélgica com 81%).
Pior, 28% dos portugueses estão indecisos, é o maior valor de indecisos entre toda a União Europeia (próximos só a Grécia e o Reino Unido ambos com 25%).
Se levarmos em consideração de que as sondagens do Eurobarometro estão sempre um pouco orientadas para o apoio à UE (os valores dos referendos estão sempre muito abaixo), de que ainda não houve qualquer campanha e que a maior parte dos que apoiam a Constituição o fazem sem saberem exactamente o que é que ela significa, os perigos de um NÃO ou de uma abstenção demasiado elevada são muito grandes. Por outro lado não vejo como é que se evitaria, para já, o referendo.
Assim a dissolução da Assembleia da República parece-me demasiado a propósito.
Sim, tudo o que aconteceu era mais ou menos previsível. Porque é que o Sampaio só agora é que dissolveu a Assembleia? Porque é que não o fez antes, na altura em que todo o país o pedia?
Só renego a minha hipótese de que a dissolução não teve nada a ver com o Referendo quando me apresentarem qualquer facto novo que explique a mudança de atitude do Sampaio. Até agora ninguém o apresentou.
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