(368) A Saúde Financeira do País
[o défice está] "acima dos cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB)", [um] "desequilíbrio que não pode ser mantido por muito mais tempo"
"É tal o irrealismo do Orçamento do Estado herdado do Governo anterior que me vejo obrigado a alertar já esta Assembleia e todos os portugueses para a evidência de alguns factos"
"dentro de seis meses" [o Governo vai apresentar um plano quinquenal para reduzir a despesa corrente do Estado], "que não poderá assentar em cortes horizontais cegos"
Campos e Cunha, Ministro das Finanças
Não é o regresso do "discurso da tanga", mas é criticável que o Governo volte a criticar o passado depois de ter prometido que não o faria. É a realidade - dirão alguns! Concordo! Mas prefiro que só se fale do futuro, o passado já está julgado. A realidade é dura e vai requerer medidas duras!
Tenho que confessar que depois de ler uma grande parte do programa do Governo fiquei surpreendido com a qualidade do mesmo. Apesar de genérico (em abono da verdade como deve ser) há imensas medidas que eu venho defendendo aqui há muito tempo. O capítulo dedicado à Administração Pública está promissor e a orientação geral da política fiscal também tem a minha concordância. Não vou aqui enunciar as medidas porque elas estão claras no programa. A minha única dúvida é se o programa vai ser executado ou não porque o conteúdo parece-me bom.
O problema é que se o Pacto de Estabilidade e Crescimento não fôr revisto nós temos um défice acima dos 3% que deve rondar os 3 mil milhões de Euros por ano. Como devem calcular para resolver este desequilíbrio não vai ser nada fácil e uma vez que as receitas extraordinárias só adiam os problemas a solução vai exigir muito de nós. Chamem-me idealista mas pelo menos agora vejo um rumo, algo que já não via há pelo menos 5 anos. Vamos ver para crer!
2 Comments:
At 1:44 da tarde, Didas said…
mais do mesmo em diferente formato?
At 4:28 da tarde, armando s. sousa said…
Os portugueses no passado dia 20 de Fev. julgaram o passado. Se este Governo não começar a trabalhar sériamente, será passado, muito antes do que deveria ser.
Um abraço
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