Filho do 25 de Abril

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segunda-feira, março 28, 2005

(376) “Estórias” da Páscoa

A solidão é um estado que todos temos dificuldade em aceitar, quando involuntário!

Esta é a “estória” de duas pessoas solitárias, ambas na terceira idade! “Ele” é viúvo, “Ela” habituou-se a trabalhar e viver para uma patroa que morreu e deixou-lhe a casa. Ambos estão sozinhos! “Ele” sugeriu uma união de facto (ou casamento, pouco importa) oferecendo companhia. “Ela” tinha que cuidar da casa dele e cozinhar para fugir à solidão. Era o acordo, é o pragmatismo da vida. Mas há mais um dado curioso nesta “estória”. “Ele” tem “outra” opção! “Ela” sabia que só era a primeira escolha até à Páscoa, data em que tinha que dar uma resposta definitiva porque “Ele” tem uma segunda escolha em Lisboa para o caso dela não aceitar a proposta! Foi sincero!

“Ela” recusou a proposta e chora por estar sozinha! “Ele” provavelmente já “convocou” a outra!

É impressão minha ou a realidade é bem diferente daquela que nos é mostrada no cinema?

3 Comments:

  • At 3:03 da tarde, Blogger Pedro F. Ferreira said…

    No entanto a realidade de que falas neste post daria um excelente ponto de partida para uma ficção.

     
  • At 9:29 da tarde, Blogger pindérico said…

    E se eu confessasse que não estou a atingir?!
    Abraço

     
  • At 10:29 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Pindérico... ao reler o post constato que tens razão ao achá-lo confuso. A inspiração não era grande. O objectivo era tão só contar uma história que achei triste. Dois idosos que não têm nada em comum sem ser a solidão a tentarem negociar a companhia um do outro. Não baseado no amor como o cinema tanto nos mostra mas em questões práticas como limpar, cozinhar... enfim, coisas pragmáticas.

    Constata-se que não tenho muito jeito para escrever sobre as pessoas. São muitos anos só a olhar para números.

    Abraço,

     

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