(377) A Terceira Idade (1 de 2)
No actual contexto financeiro do país é difícil defender medidas que aumentem a despesa mas vou fazê-lo na mesma. Antes disso vou enquadrar o que defendo explicando a minha posição ideológica sobre qual deve ser o papel do Estado.
O Estado serve, antes de mais, para defender os seus cidadãos. O Estado serve para potenciar a riqueza, para garantir a segurança (física e social), para facilitar o acesso à educação e formação, para fomentar infraestruturas (económicas e sociais), para assegurar um sistema universal de saúde com qualidade, entre outros importantes papeis.
A minha forma de encarar a economia e o papel do Estado definem-me como Socialista (ou Social Democrata). Se eu pertencesse a um partido em Portugal certamente seria o PS ou o PSD mas no primeiro diriam que pertencia à ala liberal do partido e no segundo diriam que pertencia à ala mais à esquerda. Defendo um Estado que influencie a economia "real" via regulamentação e não por intervenção directa o que conota-me como liberal mas, ao mesmo tempo, não concordo com a privatização de sectores como a Saúde, Educação e Segurança Social. Defendo que o Estado não deve deixar de ter uma intervenção social abrangente porque apesar da economia precisar de ser competitiva a nível fiscal o Estado tem que ter meios para assegurar o mínimo de dignidade a que todos nós temos direito. Por isso desconfio sempre de choques fiscais e de subidas de impostos. O Estado não deve gastar nem mais nem menos do que o necessário para cumprir o seu papel...
Posto isto já se torna mais coerente da minha parte defender mais despesa não reprodutiva em situações de drama social. E um dos maiores dramas da nossa sociedade envelhecida é a falta de apoio do Estado à terceira idade. No próximo post vou desenvolver esta ideia...
(Continua)
2 Comments:
At 1:01 da tarde, Anónimo said…
Não posso estar mais de acordo, este Estado como está não nos serve e em termos de protecção social ( não só à terceira idade )as falhas são enormes! As grandes medidas a tomar estão mais k identificadas e estudadas, o problema é de coragem política para as implementar!
At 4:09 da tarde, Pedro F. Ferreira said…
Até agora, concordo com a tua posição relativamente ao papel que o Estado deve ter na saúde, educação e segurança social... aguardo a continuação. Um abraço.
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