(412) Páginas Soltas (16): Nos Bastidores de Hollywood, de Mário Augusto
Antes de escrever este post ainda reflecti se esta obra de Mário Augusto encaixava melhor na categoria de revista ou livro. É que apesar do evidente formato de livro todo o seu conteúdo tem mais semelhanças com uma revista do que com um livro. E o mais curioso é que nem é mais semelhante com uma revista de especialidade de cinema mas sim com uma revista social.
Eu não quero fazer uma crítica demasiado destrutiva ao livro porque simpatizo com o seu escritor e porque a leitura nem foi desagradável. O pior são as expectativas que cada um de nós tem ao comprar um livro. Eu esperava conhecer pormenores sobre a carreira de certos actores, sobre o método de interpretação e reflexões sobre o mundo do cinema. Mas o que encontrei foram muitas perguntas de circunstâncias, descrições do humor e simpatia dos protagonistas e o grau de amizade que cada um tem (ou não tem) com o autor das entrevistas. Muito pouco para as expectativas que tinha criado.
Mas tenho que ser justo. O formato das entrevistas a que o Mário Augusto tem acesso (as “junkets”) não permite que as entrevistas saiam dum ambiente ultra controlado. E provavelmente o que o grande público quer saber são as curiosidades da vida pessoal e das filmagens dos protagonistas dos filmes e não entrevistas técnicas sobre a Sétima Arte.
O livro é globalmente leve e de leitura fácil e os direitos de autor revertem para a Fundação do Gil (paralisia cerebral). Inclui também um DVD com 90 minutos.
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