Filho do 25 de Abril

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quinta-feira, janeiro 19, 2006

715. Os tempos de Mário Soares

Seguindo o exemplo de O Espectro vou também colocar a ligação duma crónica que Eduardo Lourenço escreveu para o Público que é indispensável ler. Um texto inesquecível!

O texto completo encontra-se aqui, na Selecção de Crónicas de Imprensa, do Tiago Mendes

(...) É uma bela aposta a de Mário Soares, perdida ou ganha. Com a sua carga romanesca e a sua trama paradoxal. (...)

2 Comments:

  • At 12:01 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    01:26 2006-01-11ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS EM PORTUGALFazendo uma volta pelas ruas de Lisboa, se vê confrontado com vários nomes nos cartazes: Mário, Francisco, Jerónimo, António, Manuel...e Cavaco. Se quatro candidatos se apresentam com frontalidade, utilizando seu nome, por quê é que o outro tenta se esconder atrás de um sobrenome supostamente composto por duas palavras, quando seu nome de família é Silva e o nome dado - Aníbal? De facto, o nome Cavaco Silva é nada mais do que um mito elaborada e inteligentemente construído ao longo destes últimos dez anos, quando esse político (que finge não o ser) se viu fora do poder ao qual ele se tinha habituado. Qual será esse mito e qual a verdade atrás do nome Cavaco Silva? Primeiro de tudo, há que admitir que o candidato Aníbal Silva é admiravelmente melhor preparado para a presidência comparado com aquela triste figura de 1995, derrotado por Jorge Sampaio, que demorou horas a sair do seu gabinete e cumprimentar o vencedor, tal como na altura da primeira guerra do Golfo, quando se refugiu num bunker nas entranhas da terra debaixo de Lisboa, pronto para o Armageddon. Só faltava perguntar ao Saddam se era zangado com Portugal também. Aníbal Silva com certeza já saberá quantos cânticos têm os Lusíadas, já saberá comer em público, já saberá começar com os talheres de fora e acabar a refeição com os de dentro. Esperemos que saiba já dizer algo quando vai a uma reunião, pois ser presidente tem tudo a ver com isso e esperemos que saiba desenhar a bandeira de Portugal, seu país. A campanha dos adversários de Aníbal Silva tem sido atacada por alguns porque passam algum tempo a atacar o primeiro. Não é verdade. Têm estado a defender seu próprio espaço (Mário Soares e Manuel Alegre dentro do espaço PS, Jerónimo de Sousa – PCP/CDU, Francisco Louçã – Bloco de Esquerda e António Garcia Pereira – Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses) mas também tiveram de dedicar algum tempo ao Aníbal Silva porque o próprio, com medo de ser apanhado comas calças na mão, se recusa a falar. Sabe que quando abre a boca, estraga tudo. É o caso de uma absurda candidatura de um homem que tem medo de falar e espera passar o teste por não fazer erros. Por isso evidentemente que alguém tem de falar de Aníbal Silva para que o eleitorado saiba quem é e o que representa. Para saber isso, basta falar com qualquer pessoa com memória activa que tenha tido a sua vida atingida pela mancha de Cavaquismo entre 1985 e 1995. Aníbal Silva era então Primeiro Ministro, depois de ter sido antes Ministro das Finanças (mas teima em dizer que não é político, esse que anda na vida política em Portugal há quase trinta anos, então é o quê?) e durante esse período deu umas provas claras sobre quem é. É um mito que Aníbal Silva é um economista competente. É medíocre. Foi primeiro ministro numa altura em que o dinheiro jorrava pelas fronteiras dentro e na época imediatamente após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Preparou o país para esse desafio? Não, não foi capaz. Os males económicos de Portugal têm seu raiz nos anos em que Aníbal Silva dirigia a economia portuguesa. É um mito que Aníbal Silva é bom dirigente. Tão bom foi, que teve de fugir do seu partido no final do seu mandato. O PSD era então um caos, era o partido mais odiado em Portugal e deixou-o em queda livre. É um mito que Aníbal Silva sabe dirigir equipas e que está a vontade entre as pessoas. Até a imprensa estrangeira na altura em que era primeiro ministro o descrevia como “ríspido” e “espinhoso”, o seu grupo no parlamento europeu foi descrito como uma cambada de “mafiosos” por um MEP inglês e ele era conhecido como aquele que entrava mudo nas reuniões internacionais e saia calado. Em fim, o candidato Cavaco Silva é um mito. Nem usa o seu próprio nome, nem é competente como economista, não sabe dirigir instituições, politicamente e um falhado, anda na política há trinta anos e depois diz que não é político. Afinal, o candidato Aníbal Silva é um homem qualquer que pensa que vai brincar com os interesses do país como andou a brincar durante dez anos duma vergonhosa legado em que levou o tecido social de Portugal à beira da ruptura e criou todas as bases durante a década após a adesão de Portugal à CE para deixar Portugal no lamentável estado em que está. E mais uma coisa. Quem começou a mania dos primeiros ministros fugirem do seu lugar foi ele. O candidato Cavaco Silva não tem quaisquer qualidades pessoais, nem o perfil, para ser bom presidente de Portugal, como se verá muito cedo se porventura for eleito. Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru

     
  • At 5:19 da tarde, Blogger A. Cabral said…

    Nao compreendi a analise final de Eduardo Lourenco sobre o "drama que e' a esquerda." Talvez alguns problemas na transcricao do texto para o blog mas perdi-me nas nomeacoes encadeadas, e nao lhes consigo dar sentido.
    Alguem percebeu e tem a gentileza de me explicar?

     

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