Filho do 25 de Abril

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terça-feira, julho 11, 2006

878. Jardim e o apelo ao apoio da República (2)

"Quem tem de explicar as dificuldades (...) e a perca de competitividade da região devem ser os responsáveis e os sucessivos governos da região, não é o Governo"

"A Madeira não tem mais legitimidade que as outras regiões do país na mesma situação"


Fernando Teixeira dos Santos, à entrada duma reunião da UE, em Bruxelas (Fonte: Público)

11 Comments:

  • At 8:58 da tarde, Blogger Quico said…

    As más práticas governativas revelam-se em periodos de vacas magras.

    A Madeira não é excepção e chegou o momento de avaliar os resultados dos investimentos faraónicos que se fizeram naquela região.

    Porque, ao contrário do que muitos pensam, os recursos financeiros estatais não são inesgotaveis e este é o momento de colher os resultados desses investimentos. Se os mesmos não melhoraram a produtividade local nem incrementaram o turismo, não resta à RAM alternativa à redução de encargos.

     
  • At 11:44 da manhã, Blogger Unknown said…

    Caro Ricardo,

    A perca de competitividade da Madeira não se deve ao governo regional nem ao governo da república deve-se a más opções tomadas com a integração europeia.

    O que o Senhor Ministro está a fazer é a sacudir a água do capote porque, embora ele pouco possa fazer quanto à perca de competitividade é membro de um governo que cala a brutalidade a que Bruxelas nos sujeita.

    Um abraço

     
  • At 6:19 da tarde, Blogger Pedro Morgado said…

    Por mim eram a independência já! Tanto para a Madeira como para os Açores :)

     
  • At 6:37 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Raio,

    Obrigado pelos (interessantes) comentários! Há aspectos em que concordo e outros que não me revejo e, na segunda área, sinto que não tens razão, ainda mais no caso madeirense.

    Se a Madeira tem o nível de infraestruturas actual muito o deve à UE e se tem o nível de endividamento actual pouco pode culpar a UE. Não há desculpas. Há opções visíveis a quem quiser ver que foram tomadas medidas lesivas à saúde das finanças públicas por parte do Governo Regional.

    A UE tem tido políticas erradas, a agricultura e as pescas são um bom exemplo, mas não explicam a ruptura financeira na Madeira, até porque esta região sempre dependeu de áreas - como o turismo - que não foram afectadas pela UE, muito pelo contrário (aeroporto, estradas). O problema da Madeira é difícil de resolver mas o caminho não é gastar até onde é possível gastar, utilizando qualquer tipo de expediente.

    Abraço,

     
  • At 6:38 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Pedro Morgado,

    Essa afirmação vem a propósito de que tipo de raciocínio?

    Abraço,

     
  • At 12:14 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Este é um assunto que nos deixa sempre vastissimas duvidas.
    O Pedro Morgado deve estar um pouco como a maioria dos Portugueses (eu me incluo), desconhecem a realidade financeira na Madeira e na via das duvidas: VENDE-SE!
    Quando seremos esclarecidos sobre o DEVE e HAVER economico dos arquipelagos?
    Quanto a Portugalidade não ouso contestar, os Açorianos e Madeirenses são tão Portugueses como os Continentais!
    Urge saber é de numeros fidedignos!

     
  • At 12:22 da tarde, Blogger Barão da Tróia II said…

    Tou com o Pedro Morgado, "Independência Ontem" e uma ficha de adesão aos Palops.

     
  • At 10:48 da tarde, Blogger Pedro Morgado said…

    Não se prende com nenhum tipo de raciocínio em particular... É mais uma questão emocional - custa-me ver Trás-os-Montes sem beneces, nem contingentes, nem regalias e esses tipos das ilhas a viver às nossas custas..

     
  • At 1:41 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Pedro,

    Como sabes aprecio o teu blogue, a tua escrita e os teus pensamentos mas confesso que nunca estive tão afastado da tua forma de pensar como com esta situação.

    Sabes que sou crítico regular, não de AJJ como pessoa, mas da sua governação. Mas é preciso, mais do que nunca, fazer estas 4 notas:

    1. Usar a linguagem dos "tipos" é usar a mesma linguagem que AJJ usa. É também fazer generalizações e eu cresci na Madeira, minha mãe é madeirense e nós, tipos das ilhas, não vivemos à custa de ninguém...

    2. A Madeira gera receitas e tem custos de insularidade que outras regiões não têm. O que está em causa não é esses montantes mas sim o endividamento para além disso, prática aliás muito usada em inúmeras câmaras do país, infelizmente. Até nisso estamos iguais, mesmo que seja na mediocridade;

    3. Já expliquei, noutros textos, a realidade madeirense e algumas teorias sobre o porquê da constante reeleição de AJJ. Tem a ver com receio em mudar, tem a ver com o estatuto das autonomias que não promove a alternância e outras razões. Mas é preciso não confundir e generalizar os dislates discursivos duma pessoa com a população dum local porque senão tínhamos que começar a ver autarquia por autarquia e no meio das Felgueiras, dos Loureiros, dos Machados ... íamos ter generalizações nada bonitas;

    4. Quanto à independência... reafirmo que não é um desejo dos madeirenses e reafirmo que me custa que apeles a isso, por mais razões que meia dúzia de políticos te deram para proferir tais afirmações.

    Abraço,

     
  • At 3:27 da manhã, Blogger Pedro Morgado said…

    Caro Ricardo,

    Em primeiro lugar quero que fique bem claro que nem me ocorreu quando escrevi aquele comentário que tu eras da Madeira (apesar de já o saber das nossas trocas de ideias acerca de futebol).

    Todas as generalizações são obviamente injustas. Como tal, penitencio-me por ter generalizado. Mas, na blogosfera, a escrita é bastante impulsiva. Como disse no comentário anterior "É mais uma questão emocional", um estado de espírito.

    Custa-me ver fechar Maternidades na minha terra, quando os estudantes de lá não podem estudar Medicina porque não conseguem classficicações para tal... E, os da Madeira, que por acaso tem mais médicos por habitante que o Distrito de Bragança, podem entrar com 9 ou 10 a Matemática (como sucedeu com alguns colegas meus!) e média final bem mais baixa.

    Custa-me ver que as pessoas da minha terra são, em média, muito mais pobres do que as da Madeira, mas no entanto pagam 21% de IVA, enquanto que as da Madeira têm redução no preço do imposto.

    Custa-me ver que na minha terra se justificavam canais de emissão regional que não existem por manifesta falta de viabilidade económica, mas que o Estado financia um Televisão Regional para a Madeira.

    Custa-me ver jogadores e treinadores de futebol rejeitarem representar o meu clube porque os clubes da Madeira e dos Açores pagam salários bem mais elevados com os dinheiros que recebem de subvenções estatais.

    Como me custa ouvir outras boçalidades que, da Madeira, nos chegam através do líder regional.

    Pode ser que chegue a hora da Madeira contribuir para outras regiões mais pobres de Portugal. De os madeirenses pagarem os mesmos impostos que os restantes habitantes do país. De os clubes da Madeira fazerem concorrência leal com os clubes do continente. De os estudantes serem colocados no curso por mérito e não por contingente.

    Caro Ricardo,

    A terminar deixo-te um abraço, afirmando que nada me move contra os madeirenses (aliás, tenho 2 afilhados madeirenses e alguns amigos da Madeira) e gostei muito de visitar Porto Santo, há 3 anos!

    Abraço.

     
  • At 8:33 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Pedro,

    Está na hora de encerrar esta querela. O que me deixou "inquieto" com o teu comentário não foi o que explicaste no último comentário. No que acabaste de escrever explicaste, indirectamente, porque é que AJJ é sempre reeleito (comparativamente a região da Madeira está melhor que outras regiões do país) e foste de encontro ao que eu defendi, ou seja, que não deve ser o Governo da República a pagar más opções (novamente) financeiras regionais.

    Por isso, Pedro, estou 100% de acordo com o teu último comentário (com uma pequena excepção, mas isso agora não interessa) e o problema foi, tão somente, a tua defesa da independência e o uso de uma expressão muito jardinista ;).

    Abraço,

     

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