949. As voltas que o mundo dá...
A Al Qaeda, segundo a Lusa, declarou que não está disposta a negociar com os EUA e que estes têm tentado negociar com a organização por intermédio dos sauditas. Estas notícias são impossíveis de verificar mas acredito que, em conflitos desta natureza, hajam negociações.
Esta é uma questão complexa e polémica. Também acredito que há valores inegociáveis mas, no fundo, tudo o que é acessório - e, por vezes, mesmo parte do que é essencial - é negociado ao mais alto nível. E é cada vez mais óbvio que já tem havido, por ambas as partes, negociações.
Mário Soares defendeu, há alguns anos, que até com a Al Qaeda era possível negociar e que já haviam negociações. A reacção foi violenta e este foi acusado de já estar desconectado com a realidade. Se começarem a aparecer indícios que as negociações existem, por parte de fontes mais credíveis, e, num futuro longíquo, começarem a disponibilizar documentos que provam estas negociações será que quem acusou Mário Soares de ingenuidade e loucura vai fazê-lo com o mesmo vigor em relação a quem realmente negociou? Acho que não, a memória é curta e selectiva.
Pacheco Pereira afirmou, em directo num debate numa estação de televisão, que se fosse provado que não existiam armas de destruição em massa - hipótese que este não acreditava - isso seria um golpe na confiança na Democracia e que todos os que defendiam a oportunidade do conflito tinham que reapreciar a sua posição. Já temos a confirmação que nunca existiram e que consequências isso teve, mesmo no pensamento de Pacheco Pereira, quanto à oportunidade do conflito? Nenhuma consequência...
As voltas que o mundo dá. Uma coisa é certa... o mundo não é preto e branco.
1 Comments:
At 12:09 da manhã, Anónimo said…
Duvido que venham a existir conversaçãoes com a intencionalidade de serem conclusivas. O James Baker é um excelente ardiloso,diretista extremado, ensombrado, que se calhar mudou mais a politica externa dos EUA do que Kissinger, um adorador e manipulador dos média. Na balança das conversações o peso do desiquilibrio será sempre a existência do Estado de Israel.
Apesar da total incompetência e corrupção material e intelectual dos seus dirigentes politicos, militares e religiosos, morrem todos, vão para onde??
Eu bem sei que Esta Pergunta é Apocalíptica!(?, na ortografia:do apocaplise....)Muitos, sempre é assim não querem que a gurra termine.
E são, neste caso, Ocidentis e Orientais.
E , nós o Povo, na parede do fuzilamento, alguns até contentes!
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