Filho do 25 de Abril

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terça-feira, maio 22, 2007

1159. Carmona Rodrigues


Ainda não está confirmada a candidatura de Carmona Rodrigues à Câmara Municipal de Lisboa mas essa opção está a ser equacionada. É evidente que tem excelentes hipóteses porque, inacreditavelmente, os portugueses adoram os Zés Marias, ou melhor, nada como ter a aura de vítima neste país. Se juntarmos a isso a ideia que o discurso anti-partidos é cada vez mais popular em Portugal acho que Carmona Rodrigues, pelo seu discurso dúbio neste campo, pode ter uma excelente votação. Utilizando as palavras do Fernando, considero que este tipo de independente é totalmente dispensável para o país mas o cidadão que vota é soberano. Não contem comigo para apelar às assinaturas deste candidato tão só com o propósito de enfraquecer a votação dum partido.

A confirmar-se esta candidatura prevejo, num raciocínio nada complexo, como consequências mais imediatas: i) uma descida considerável nas intenções de voto de Fernando Negrão; ii) uma dificuldade acrescida, porque Helena Roseta também concorre, para encontrar soluções de governabilidade no pós-eleições; iii) as eleições transformadas num referendo ao contributo dos partidos na Democracia. Sobre este terceiro ponto, dada a performance dos principais partidos na última década, não me espanta se ainda muita tinta correr à custa da descredibilização dos partidos em Portugal.

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4 Comments:

  • At 9:24 da tarde, Blogger BF said…

    Não é que até podes ter razão! Isto de partidos não é grande coisas mas independentes também não me cheira…
    Não é que ao passar os olhos pela lista da candidata defendida pelo menino, encontro alguns nomes independentes que não me inspiram nenhum bom presságio. Manuela Júdice – Ex Directora da Casa Fernando Pessoa, Biblioteca e Espaço Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. Recordo muito bem que esta Senhora quando foi Directora do referido espaço cultural, passava o tempo a viajar para Paris onde passava semanas acompanhando o marido, Nuno Júdice na altura Adido Cultural na Embaixada de Portugal Director do Instituto Camões em Paris. Na prática, na altura a CFP era dirigida por uma técnica dos quadros da CML A Drª Manuela Júdice só recebia o vencimento e ainda tinha como Director da Publicação, de qualidade tenho de admitir (tenho o nº 1 e não só), da Revista Tabacaria, o Marido, Poeta, Adido Cultural, e Director de Instituto Camões Nuno Júdice - que estava em França !!!!!!!!!!!!!!!!!!
    Assim não Ricardo. Assim não vale a pena independentes.
    Até comprei o ultimo livro da Drª Manuela Júdice (O Meu Primeiro Pessoa)
    Mas mais promoção de clãs à conta do erário público e neste caso da CML …. Não

    Já Agora.. Também amo demais Abril para deixar que os seus valores sejam camuflados.......
    Bjs

     
  • At 12:44 da manhã, Blogger Ricardo said…

    Cara Papoila,

    Não conheço com o mesmo rigor os nomes da lista de Helena Roseta e muito menos os casos que aqui apresentas. Não coloco em questão a sua veracidade e tomarei em conta estes apontamentos. O meu apoio, porque não se trata duma intenção de voto, é, obviamente mutável e na devida altura tecerei mais considerações sobre esta candidatura. Neste momento vou esperar pelos programas e pelo total conhecimento da lista e, após isso, retiro mais ilações.

    Reconheço em Helena Roseta rigor ético mas não estou a passar nenhum cheque em branco nem à política, nem à lista, nem ao programa.

    Obrigado pela chamada de atenção.

    Bjs,

     
  • At 11:20 da manhã, Blogger Nuno Raimundo said…

    Ricardo, Parabéns pelo post no Público.

    Quanto a Independentes:
    Se os Partidos trabalhassem bem , defendessem o seu eleitorado, etc..
    Entãoi não faria sentido a existência de Independentes.
    Mas como não é o caso.; eles fazem sempre muita falta para tentar equilibrar as coisas...

    Abr...Prof...

     
  • At 4:57 da tarde, Blogger Ricardo said…

    Profano,

    Considero que mesmo que os partidos "funcionassem" melhor que há espaço para os independentes. Nesse caso poderiam era ter uma menor influência eleitoral por não haver essa necessidade tão latente no eleitorado.

    Abraço,

     

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