(56) Páginas Soltas: O Pianista – Wladyslaw Szpilman
“Amanhã tenho de começar uma nova vida. Como consegui-lo, não tendo atrás de mim nada a não ser morte? Que energia vital podia extrair da morte?”
Já tinha adorado o filme porque conseguia apresentar um tema tão melindroso (Ocupação Nazi da Polónia) duma maneira tocante, mas sem sentimentalismos baratos. Descobri depois da leitura do livro que há, de facto, um retrato muito objectivo, sem dramatismos porque a própria situação dispensa exageros.
Quando reflectimos sobre a História do Homem não devemos esquecer que temos sempre algo a aprender, que não estamos a observar um fenómeno irrepetível e que nada temos a ver com ele. O homem já provou, ao longo da sua existência, que em determinados contextos é capaz de acções verdadeiramente bárbaras. Temos é de evitar que certos contextos se repitam e tentarmos melhorar como espécie.
Tenho de qualquer forma a lamentar que algumas lições importantes deste período estejam a ser esquecidas. A Xenofobia, a Intolerância Racial e o Anti-Semitismo parecem renascer na Europa. O Belicismo, o Imperialismo e a Intolerancia Cultural reinam nos EUA. O Fanatismo, o Terrorismo e a Intolerância Religiosa florescem no Médio Oriente. E ironicamente, em Israel, ressurgem as Campanhas de Terror, Desalojamento, Campos de Refugiados e Colonatos que fazem temer o pior. A situação actual não é comparável à da Segunda Guerra Mundial mas o que é bastante preocupante é a tendência.
Não posso deixar de aconselhar também o filme, realizado brilhantemente por Roman Polanski, e com uma interpretação assombrosa de Adrien Brody.
1 Comments:
At 1:23 da manhã, Romance Rosa de Sarom said…
o filme o pianista sera ara sempre eterno..os meus parabens.. por tudo..que li no seu blog..
miguel westerberg
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